Falta coordenar oferta do turismo gastronómico em Portugal

O antropólogo sociocultural Xerardo Pereiro considera que, apesar de a gastronomia estar cada vez mais a afirmar-se como produto turístico em Portugal, falta coordenar e melhorar a oferta para atrair novos mercados.

Doutorado pela Universidade de Santiago de Compostela e investigador do Centro de Estudos Transdisciplinares para o Desenvolvimento da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), o especialista disse que as pessoas viajam cada vez mais à procura das produtos tradicionais e que a alimentação em si, e não apenas a gastronomia, tem "muito a ganhar" com esta tendência, já que há uma valorização da agricultura tradicional.

Com o escoamento dos produtos locais, o turismo alimentar ou gastronómico ajuda as pequenas produções, sobretudo no actual contexto de crise. "Não podemos ter unidades hoteleiras e restaurantes a oferecerem alimentos vindos da China, quando em Portugal temos produtos de primeira qualidade", salientou.

Xerardo Pereiro acredita que é necessário haver uma "mudança de visão" e reconhecer os alimentos como um negócio para dinamizar as economias locais, criar emprego e gerar riqueza. "Os alimentos são um negócio com muitas possibilidades, uma potencialidade em crescimento e uma saída para a crise económica", insistiu.

O antropólogo, que participou esta semana no 3.º ciclo de Conferências sobre Turismo da UTAD, em Chaves, lembrou que a alimentação é crescentemente um elemento central na escolha de destinos turísticos e que a relação entre alimentação e turismo é complexa e mutável.

O especialista ressalvou que hoje há novos segmentos de mercados turísticos que procuram novas vivências em torno da questão da comida, como, por exemplo, em zonas rurais. Por isso, o turismo gastronómico pode ser entendido como algo mais do que comida no prato.

@Lusa

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