Douro e Serra da Estrela contra fim dos pólos turísticos.
Os
presidentes entidades regionais de turismo dos pólos do Douro e da Serra da
Estrela vieram ontem reagir ao anteprojeto de proposta de lei de alteração que
propõe a extinção dos pólos turísticos, acusando o Governo de estar a «cortas
as asas» a estes territórios, cujo desenvolvimento fica assim posto em causa.
“Para
o futuro da nossa região e para o futuro do interior do país, isto é
profundamente negativo e é, também, profundamente negativo para os [15]
trabalhadores” do pólo, afirmou à Lusa Jorge Patrão, presidente do Turismo da
Serra da Estrela.
Na
opinião do responsável, “tudo o que sejam medidas que violentem o interior são
machadadas nas populações”, defendendo que, no caso da Serra da Estrela, esta
“é uma das poucas marcas que é sólida e capaz de atrair investimentos” para a
região.
Já
António Martinho, presidente do Turismo do Douro, considera que a anunciada
extinção dos pólos turísticos vai “cortas as asas” a este território e defende
que a proposta é “centralista” e “assustadora”.
“Lamento
que se estejam a cortar as asas a um território que tem mostrado
potencialidades para contribuir para a riqueza do país, através da captação de
fluxos turísticos”, afirmou António Martinho à Lusa, acrescentando que, neste
processo, “o Douro foi tratado de uma forma desprezível”, porque “nem sequer
foi ouvido”.
E,
tal como Jorge Patrão, também António Martinho defende a sustentabilidade da
entidade, afirmando que, apesar do orçamento inicial de 670 mil euros ter sido,
nos anos seguintes, cortado em 20% e 30%, o Turismo do Douro “ainda foi capaz
de diminuir em 300 mil euros a divida que herdou das regiões de turismo.
Acho
que não pode ser acusada de falta de eficiência”, considerou.
Recorde-se
que o anteprojeto de proposta de lei de alteração, a que a Lusa teve acesso
esta semana, prevê a extinção dos todos os pólos turísticos, nomeadamente
Douro, Serra da Estrela, Leiria-Fátima, Oeste, Alqueva e Alentejo Litoral,
mantendo as cinco entidade regionais de turismo do Norte, Centro, Lisboa,
Alentejo e Algarve.
No
documento, a explicação avançada para a extinção dos pólos turísticos refere a
necessidade de “adaptação às novas realidades da Administração Pública, mas
igualmente para assegurar uma maior eficiência no seu funcionamento e na
prossecução dos seus fins”, de acordo com informação da Lusa.
@LUSA
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FrteNrte
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