O diploma publicado em Diário da República prevê que a oferta
de alojamento estudantil duplique em 10 anos em várias cidades do país.
A oferta de alojamento estudantil vai aumentar nos próximos
anos. Pelo menos é este o objetivo do diploma publicado ontem em Diário da
República que aponta a transformação de palácios, pousadas da juventude, um
mosteiro e até as instalações do Ministério da Educação em residências
estudantis.
Para Vital Moreira “Lisboa é mais uma vez a grande ganhadora
de um programa nacional de investimento”, pois “60% das novas camas no programa
de alojamento de estudantes do Ensino Superior” vão ficar na capital.
Mas esta situação não constitui propriamente uma novidade,
defende o constitucionalista no seu blogue Causa Nossa.
Não é “nada que surpreenda excessivamente quem se habitou a
ver, por via de regra, os contribuintes de todo o país a financiarem os
privilégios da capital, neste caso favorecendo as universidades de Lisboa”.
Vital Moreira critica também o facto de o “centralismo do
nosso país” ser caracterizado pela “concentração de universidades públicas em
Lisboa, nada menos do que três, mas já tendo sido quatro antes da fusão das
antigas universidades Clássica e Técnica”.
E, por fim, o comentador refere que, “enquanto a Universidade
do Porto tem universidades públicas concorrentes nas capitais de distrito mais
próximas (Braga e Aveiro), Lisboa conseguiu acumular universidades públicas, ao
mesmo tempo que beneficiava da falta de universidades concorrentes em Setúbal e
Santarém”.
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