PS quer relançar debate mas não referendo.
O Partido Socialista quer relançar o debate da Regionalização mas avisa que este tema não está previsto no programa do Governo. Quinta-feira, Jorge Sampaio afirmou que o desejo da Regionalização entre os portugueses é mais forte hoje do que em 1998, quando se realizou o referendo.
No Fórum TFS, o porta-voz do PS, Vitalino Canas, afirmou que a Regionalização é essencial para o «país cumprir determinados objectivos», mas avisou que por enquanto o Governo se vai limitar a debater o assunto.«Nesta legislatura a Regionalização não está prevista no programa do Governo. Mas claro que temos interesse em discutir o tema e em explicar que a Regionalização é essencial para cumprir alguns objectivos do país», disse o porta-voz do PS.«Creio que hoje em dia muita gente percebe que a irracional organização do Estado, a nível local e nacional, só se resolve num processo de reorganização administrativa. Assim como outros problemas, como a desertificação, também só podem ser resolvidos com a Regionalização», sublinha Vitalino Canas.
Também o PCP considera importante discutir este tema, e por isso os comunistas já entregaram no parlamento uma proposta para voltar a referendar o assunto em 2007.
Já o CDS-PP aceita retomar a discussão, ma só se o modelo de regionalização apresentado em 1998 sofrer alterações.
O PSD desvaloriza o tema. O vice-presidente social-democrata, Azevedo Soares, afirma que antes de se discutir este tema, o país tem outras prioridades.
O Partido Socialista quer relançar o debate da Regionalização mas avisa que este tema não está previsto no programa do Governo. Quinta-feira, Jorge Sampaio afirmou que o desejo da Regionalização entre os portugueses é mais forte hoje do que em 1998, quando se realizou o referendo.
No Fórum TFS, o porta-voz do PS, Vitalino Canas, afirmou que a Regionalização é essencial para o «país cumprir determinados objectivos», mas avisou que por enquanto o Governo se vai limitar a debater o assunto.«Nesta legislatura a Regionalização não está prevista no programa do Governo. Mas claro que temos interesse em discutir o tema e em explicar que a Regionalização é essencial para cumprir alguns objectivos do país», disse o porta-voz do PS.«Creio que hoje em dia muita gente percebe que a irracional organização do Estado, a nível local e nacional, só se resolve num processo de reorganização administrativa. Assim como outros problemas, como a desertificação, também só podem ser resolvidos com a Regionalização», sublinha Vitalino Canas.
Também o PCP considera importante discutir este tema, e por isso os comunistas já entregaram no parlamento uma proposta para voltar a referendar o assunto em 2007.
Já o CDS-PP aceita retomar a discussão, ma só se o modelo de regionalização apresentado em 1998 sofrer alterações.
O PSD desvaloriza o tema. O vice-presidente social-democrata, Azevedo Soares, afirma que antes de se discutir este tema, o país tem outras prioridades.
10/Fevereiro/2006
Comentários
Mas não devemos esperar demasiado dos Partidos e das respectivas agendas políticas. Já se viu repetidamente que os dirigentes partidários apenas vêem a Regionalização na sua perspectiva mesquinha e contabilística do "quantas é que nós ganhamos" e como vampirizar o Poder Regional para melhor fazer oposição para voltar rapidamente ao Governo. Não nos iludamos.
A Regionalização é uma reforma estrutural, não deve ser levada a cabo por nenhum Governo, nenhuma Assembleia da República, antes devendo elevar-se a uma dignidade verdadeiramente constitucional, já que é mesmo disso que se trata: uma reforma do Estado, com efeitos perenes no Regime, muito para além de legislaturas e, até, gerações.
Cabe-nos apenas iniciá-la, preparar-lhe a gestação. E isso é uma tarefa da Sociedade no seu conjunto. Uma tarefa delicada e morosa. Mas mais vale dar passos firmes e bem direccionados, do que estatelarmo-nos outra vez.
E há ainda tanto a aprender e a discutir! Julgo que seria útil a criação de uma comissão para promover o debate e a sustentação desta discussão, de preferência com estudos sérios e de qualidade, levados a cabo por especialistas isentos e competentes.
Porque há muito de técnico, não só de político, neste problema.
E talvez com mais e melhor informação sobre o assunto muitas opiniões, até de gente muito bem colocada na hierarquia do Estado, evoluíssem mais depressa...