10/Março/2006
Hermana Cruz entrevista Lider do PSD/PORTO (Distrito)
- Agostinho Branquinho
Branquinho avisa que vai negociar a regionalização, mesmo que o tema não esteja na agenda do PSD. Até porque, considera que as políticas centralizadoras do Governo estão a levar a uma "mexicanização do país".
"Enquanto o PSD tinha uma estrutura assente em diversas regiões e o Porto tinha um papel dominante, o partido teve grandes vitórias. Quando passou a ser dominado por uma elite, definhou. O desafio que tem esta liderança é ser capaz de perceber esta questão".
Branquinho compromete-se a lutar pela regionalização, apesar da orientação interna ser em prol da descentralização. "Uma coisa é a agenda do presidente do partido, que respeito, outra é a agenda do PSD/Porto", diz, adiantando que, na próxima semana, envia uma carta aos partidos dizendo-se "disponível para envolver o PSD" na discussão.
Para Branquinho, "o PSD profundo está de novo a respirar" com o debate das regiões. "Nota hostilidade do Governo contra a região Norte", diz, avisando que a concentração de investimentos públicos em Lisboa está a levar à "mexicanização do país". "É a cidade do México e depois temos a província, o deserto", constata.
Hermana Cruz entrevista Lider do PSD/PORTO (Distrito)
- Agostinho Branquinho
Branquinho avisa que vai negociar a regionalização, mesmo que o tema não esteja na agenda do PSD. Até porque, considera que as políticas centralizadoras do Governo estão a levar a uma "mexicanização do país".
"Enquanto o PSD tinha uma estrutura assente em diversas regiões e o Porto tinha um papel dominante, o partido teve grandes vitórias. Quando passou a ser dominado por uma elite, definhou. O desafio que tem esta liderança é ser capaz de perceber esta questão".
Branquinho compromete-se a lutar pela regionalização, apesar da orientação interna ser em prol da descentralização. "Uma coisa é a agenda do presidente do partido, que respeito, outra é a agenda do PSD/Porto", diz, adiantando que, na próxima semana, envia uma carta aos partidos dizendo-se "disponível para envolver o PSD" na discussão.
Para Branquinho, "o PSD profundo está de novo a respirar" com o debate das regiões. "Nota hostilidade do Governo contra a região Norte", diz, avisando que a concentração de investimentos públicos em Lisboa está a levar à "mexicanização do país". "É a cidade do México e depois temos a província, o deserto", constata.
Comentários
Contra as élites de Lisboa e Fafe, será isso?
Concentração de investimentos em Lisboa??? Acaso saberá este senhor o que custa ao País a construção do Metro do Porto? E o que custou a transformação do Aeroporto de Pedras Rubras em Aeroporto Sá Carneiro? Face ao tráfego aéreo então previsto (e confirmado)? E o que custa aos lisboetas a não inclusão no PIDAC da conclusão da CRIL???
Entedamo-nos. Se desatarmos aos tiros uns aos outros, vou ter que dar razão aos detractores da Regionalização, como Eduardo Lourenço (que nem sequer é lisboeta...), que afirma peremptoriamente num recente Artigo que publicou sobre este assunto: «- Para quê tentar o Demónio?»...
É por isso que não posso deixar de concordar com a estratégia do Governo: novo Referendo, mas com tempo para esclarecer todos (pelos vistos muito boa gente ainda...) e para acertar em soluções duradouras e consensuais sobre o assunto.
Sem embargo de iniciativas louváveis, como até pode ser a do PSD/Porto, que espevitem as mentes e cativem interesse para o tema, mas por favor: com a indispensável pedagogia na argumentação...
Sendo um Estado Federal, é constiuído por Estados, à semelhança dos E. U. A., em que a capital, Cidade do México, constitui ela própria um Distrito Federal autónomo (o que não a impede de albergar uma miséria humana indescritível nos seus subúrbios incontáveis e gigantescos...).
Cada Estado está organizado em Províncias, com Governadores eleitos democraticamente.
Que tal uma visitinha de estudo ao México para uma comitiva de políticos portugueses, de Norte a Sul?
Mas não vão só a Cancún ou a Acapulco...
Nunca tinha pensado nessa! A tal visita ao México, o dos mexicanos, não é má ideia. Podíamos ter evitado aquele acidente do nosso Primeiro lá nas neves da terra dos relógios!
Mas não será mais fácil ir aqui ao lado, aos nossos vizinhos, nem digo à parte mais desenvolvida, mas por exemplo a Salamanca e Valladolid, para ver a diferença? De caminho, tanto a rapaziada de Lisboa, como a do Porto, sempre poderiam passar pelo Nordeste Transmontano e "descobrir" que afinal temos o deserto aqui bem perto de nós!
Gracinhas à parte, é evidente que a teoria da "guerra" Norte/Sul só dá argumentos aos detractores da Regionalização.Aliás, onde é que uma coisa acaba e começa a outra?!
Fomentar as "guerras" Norte/Sul, ou Lisboa/Porto (que, felizmente, só têm adesão popular entre nós ao nível do futebol...), é na prática uma boa e barata forma de "argumentar" (não argumentando...) contra a Regionalização...