As razões que terão sido responsáveis pela sua preservação serão mais políticas que administrativas: os distritos coincidem com os círculos eleitorais, o que implicou um peso de caciquismo e de clientelismo eleitoral que nunca seria ultrapassado. Aliás, a implantação distrital dos partidos terá sido um dos óbices fundamentais à regionalização, já que esta desestabilizaria o percurso dos quadros partidários ancorados no núcleo distrital, destinado a desaparecer uma vez consumada a regionalização.
"Sempre tivemos, portanto, entidades administrativas supra-municipais. O que variou foi a sua natureza: em certos períodos, quando havia liberdade e descentralização, eram autarquias locais, com os seus dirigentes eleitos pelas populações; noutros períodos, quando havia ditadura ou política fortemente centralizadora, eram meras circunscrições do Estado chefiadas por agentes de confiança nomeados pelo Governo central"
Comentários
Estamos aqui para agitar tudo que esteja relacionado com esta problemática.
Um abraço,
Respeitar a tradição é bonito, mas limitar-se a macaqueá-la ad aeternum é morrer...
Desde o tempo da ditadura passando pelos finais dos anos 70 e inicios dos anos 80 em que as tentativas de distritalização do Oeste foram mais acentuadas até aos dias de hoje a artificialidade do distrito foi sempre "combativa" pela natural tendência da população oestina que quer se goste ou não se goste é ao fim e ao cabo a delimitação geográfica com a qual os portugueses ainda mais se identifição, as províncias.
Quanto a mim ficaria bem uma Região que substituísse a actual LVT e que, a esta, subtraísse a AML e incluísse apenas o Ribatejo e o Oeste, ou Estremadura, não vos parece?
Poderia chamar-se Região Ribatejo e Oeste, com capital em Santarém e delegações sub-regionais em Tomar e nas Caldas da Raínha.