António Ribeiro Telles foi um dos que mais se destacou na defesa dum modelo culturalista e ecológico de regionalização. As suas palavras traduzem bem as virtudes que foram desde cedo reconhecidas à regionalização, num conglomerado de potencialidades que a prática nunca viria a testar :
"A regionalização não se resume a um projecto de descentralização do Estado; é também uma forma de dignificação das populações, fazendo-as participar activamente, através dos órgãos regionais, num processo esclarecido de desenvolvimento, evitando-se assim a existência de programas de crescimento económico onde a dignidade do homem e a realidade física das regiões são esquecidas, e evitando-se ainda a macrocefalia progressiva do país, as assimetrias regionais e a emigração (...) a região administrativa deve resultar, por um lado, da história, da geografia e da cultura e, por outro, das possibilidades ecológicas que o seu território possui quanto à capacidade de suporte, em condições de plena dignidade, de vida humana".
TELLES, António Ribeiro
Portugal-Hoje, 26 octobre 1981
"A regionalização não se resume a um projecto de descentralização do Estado; é também uma forma de dignificação das populações, fazendo-as participar activamente, através dos órgãos regionais, num processo esclarecido de desenvolvimento, evitando-se assim a existência de programas de crescimento económico onde a dignidade do homem e a realidade física das regiões são esquecidas, e evitando-se ainda a macrocefalia progressiva do país, as assimetrias regionais e a emigração (...) a região administrativa deve resultar, por um lado, da história, da geografia e da cultura e, por outro, das possibilidades ecológicas que o seu território possui quanto à capacidade de suporte, em condições de plena dignidade, de vida humana".
TELLES, António Ribeiro
Portugal-Hoje, 26 octobre 1981
Comentários
Mas adiante. A grande "bomba atómica" da Regionalização é o caciquismo. Anulando este, a adopção da Regionalização é inevitável e imparável.
A cruzada contra o Caciquismo (felgueiras, pintos da costa, valentins, ferreiras, etc.) deve ser a mesma cruzada pela regionalização. Para que Portugal deixe de ser um país-estado centralista no modo sec-xvii e regresse às suas origens autonómicas, descentralizadas e municipalistas do século XI-XII...
Para melhor entender, gostava que desenvolvesse essa ideia de Regionalização "Municipalista".
Cumprimentos,
Como se diz cá no Norte, "quem não se sente não é filho de boa gente".
Cumprimentos,