No Congresso Euronorte-96, realizado pela Associação Industrial Portuense, pôde assistir-se a um debate de três dias sobre a regionalização, onde o convidado especial seria Jordi Pujol, presidente (na altura) do Governo Autónomo da Catalunha. Confrontado com o cepticismo manifestado por alguns dos presentes a propósito da regionalização, Pujol reforçaria as convicções regionalizadoras dos dirigentes nortenhos asseverando que não deveria haver reservas quanto a esse projecto - "não tenham medo das regiões", aconselhou. Servindo os intentos da maioria dos organizadores e participantes no Congresso, a presença de Pujol veio conferir ao Euronorte-96 um cariz decididamente regionalizador, preparado em parte como antítese às teses anti-regionalização emanadas da capital.
Nuno Rogeiro - "eis um verdadeiro problema pós-ideológico: a regionalização. Homens de esquerda - como Miguel Sousa Tavares e António Barreto - estão contra ela, ao lado de homens de "direita" - como Paulo Portas e o seu candidato presidencial, Cavaco Silva. E homens de "direita" - Vieira de Carvalho, Fernando Nogueira, Marcelo Rebelo de Sousa - estão por ela, assim como homens de esquerda (chega mencionar o Comité Central do PC?).
A Regionalização cria novas barreiras, divide quase todos os partidos e mesmo assim ainda não foi discutida a sério, ou na praça pública. Antes de ser conhecida nos seus verdadeiros recortes é já uma guerra. Mau sinal, para um primeiro sinal".
"O Laboratório do Professor Pardal", O Diabo, 9 de Abril de 1996
Nuno Rogeiro - "eis um verdadeiro problema pós-ideológico: a regionalização. Homens de esquerda - como Miguel Sousa Tavares e António Barreto - estão contra ela, ao lado de homens de "direita" - como Paulo Portas e o seu candidato presidencial, Cavaco Silva. E homens de "direita" - Vieira de Carvalho, Fernando Nogueira, Marcelo Rebelo de Sousa - estão por ela, assim como homens de esquerda (chega mencionar o Comité Central do PC?).
A Regionalização cria novas barreiras, divide quase todos os partidos e mesmo assim ainda não foi discutida a sério, ou na praça pública. Antes de ser conhecida nos seus verdadeiros recortes é já uma guerra. Mau sinal, para um primeiro sinal".
"O Laboratório do Professor Pardal", O Diabo, 9 de Abril de 1996
Comentários
Confundir aparências com a realidade é um erro grave.
Digamos que António Barreto é um dos portugueses mais reaccionários e que mais vergonha tem da sua natureza.