
Candidato à Federação Distrital do PS
A regionalização é o “único e melhor caminho” para retirar o Norte e o distrito do Porto da crise em que se encontra, defendeu Renato Sampaio. O candidato à Federação Distrital do PS compromete-se a liderar “um poderoso movimento cívico de afirmação regional”.

A região Norte tem vivido nos últimos anos uma situação de “dificuldade conjuntural e atraso estrutural”, resultando, por exemplo, num valor de Produto Interno Bruto (PIB) per capita que é o mais baixo do País. Este é o dado que, no entender de Renato Sampaio, é o mais significativo e o mais importante no retrato da crise que a região atravessa.
O único candidato à federação não tem dúvidas que a regionalização é o caminho a seguir, sendo certo que o “percurso tem de ser feito de forma segura para não fazer do tema uma arma partidarizada de combate político”. Lembrando que há orientação do Governo para, nesta legislatura, começar a preparar o processo de criação regiões administrativas, Renato Sampaio defende que o referendo que obrigatoriamente terá de ser realizado tem de ser muito bem preparado. “Não podemos correr o risco de voltar a perder um referendo porque tal significaria a inexistência definitiva de regiões administrativas, o que seria muito mau para o Norte e distrito do Porto”, frisou, deixando claro que o PS/Porto vai “empenhar-se até às últimas consequências num grande debate sem preconceitos ou ideias feitas, liderando aquilo que deve ser um poderoso movimento cívico de afirmação regional”.
Comentários
Assim como faz todo o sentido separar a A. M. L. da Região "Ribatejo-Oeste".
As duas verdadeiras Regiões Metropolitanas portuguesas deveriam possuir estruturas semelhantes e muito diferentes das das restantes Regiões Administrativas, que terão que lidar com problemáticas espaciais e técnicas profundamente diferentes.
Até por uma questão de equilíbrio e homogeneidade socio-económica entre Regiões, é lógico que se Lisboa e Porto se incorporarem em Regiões mais vastas, estas terão um peso desmesurado face às restantes, o que não me parece nada positivo.
Mas pode ainda haver soluções intermédias, por exemplo A. M. L. e A. M. P. como super-autarquias locais, com competências especiais, dentro das suas Regiões.
É uma questão que, quanto a mim, merece ainda muita reflexão...