Regionalização é o caminho

Renato Sampaio
Candidato à Federação Distrital do PS

A regionalização é o “único e melhor caminho” para retirar o Norte e o distrito do Porto da crise em que se encontra, defendeu Renato Sampaio. O candidato à Federação Distrital do PS compromete-se a liderar “um poderoso movimento cívico de afirmação regional”.

A regionalização é a grande prioridade de Renato Sampaio, candidato à Federação Distrital do PS/Porto, como forma de retirar o Norte e o distrito da crise em que se encontra. Na apresentação da moção que levará ao Congresso Distrital em Maio, Renato Sampaio sublinhou que a regionalização “é o único e melhor caminho para o nosso futuro colectivo”.

A região Norte tem vivido nos últimos anos uma situação de “dificuldade conjuntural e atraso estrutural”, resultando, por exemplo, num valor de Produto Interno Bruto (PIB) per capita que é o mais baixo do País. Este é o dado que, no entender de Renato Sampaio, é o mais significativo e o mais importante no retrato da crise que a região atravessa.

O único candidato à federação não tem dúvidas que a regionalização é o caminho a seguir, sendo certo que o “percurso tem de ser feito de forma segura para não fazer do tema uma arma partidarizada de combate político”. Lembrando que há orientação do Governo para, nesta legislatura, começar a preparar o processo de criação regiões administrativas, Renato Sampaio defende que o referendo que obrigatoriamente terá de ser realizado tem de ser muito bem preparado. “Não podemos correr o risco de voltar a perder um referendo porque tal significaria a inexistência definitiva de regiões administrativas, o que seria muito mau para o Norte e distrito do Porto”, frisou, deixando claro que o PS/Porto vai “empenhar-se até às últimas consequências num grande debate sem preconceitos ou ideias feitas, liderando aquilo que deve ser um poderoso movimento cívico de afirmação regional”.

Comentários

Al Cardoso disse…
Aplaudo so com as reticencias, de que a Regiao Norte e a Zona Metropolitana do Porto deveriam ser coisa separada, a ver vamos.
Anónimo disse…
A Região Norte separada da Área Metropolitana do Porto? Não será a isto que se chama dividir para reinar? Creio que está provado, desde Marcelo Caetano, qual a divisão natural das regiões. O resto é voltar à divisão em Províncias. E essa não resultou. A Europa já conhece Portugal com 5 regiões no continente. Nada de invenções. Sob pena de... baralhar e dar de novo
Al Cardoso disse…
O mais provavel e que o anonimo creia que se deve criar a regiao Norte com sede no Porto, a do centro com sede em Coimbra, etc etc. Entao em vez de tudo centrado numa cidade passariamos a ter cinco centralidades, nao era merda mas cago-a o cao. (desculpem a frontalidade).
Parece-me evidente a vantagem em separar a A. M. P. da Região "Norte", dadas as distintas realidades e problemáticas.

Assim como faz todo o sentido separar a A. M. L. da Região "Ribatejo-Oeste".

As duas verdadeiras Regiões Metropolitanas portuguesas deveriam possuir estruturas semelhantes e muito diferentes das das restantes Regiões Administrativas, que terão que lidar com problemáticas espaciais e técnicas profundamente diferentes.

Até por uma questão de equilíbrio e homogeneidade socio-económica entre Regiões, é lógico que se Lisboa e Porto se incorporarem em Regiões mais vastas, estas terão um peso desmesurado face às restantes, o que não me parece nada positivo.

Mas pode ainda haver soluções intermédias, por exemplo A. M. L. e A. M. P. como super-autarquias locais, com competências especiais, dentro das suas Regiões.

É uma questão que, quanto a mim, merece ainda muita reflexão...