Historia da Regionalização - Consulta Pública (3)

- ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE BRAGA

A Associação Comercial de Braga tem cerca de 134 anos, é composta por mais de 3000 sócios e abrange todo o distrito de Braga.

Sobre a Regionalização afirmaram:

- face às propostas em apreço, a nível das associações de empresários há uma grande simpatia em volta do espaço do Minho acompanhada por um grande sentimento contra a hegemonia do Porto;

- a sua leitura prende-se com a identificação da região do Minho e não em termos da grande região do Norte;

- não pretendem ficar ligados ao Porto;

- a regionalização é administrativa, tal como vem prevista na Constituição da República Portuguesa e é componente dominante da reforma da Administração Pública;

- a nível da Assembleia da República dever-se-iam estudar critérios de definição dos espaços das regiões uma vez que, entendem que têm sido utilizados critérios para uma regionalização política, no sentido da que ocorreu em Espanha ou nas Regiões Autónomas, e não administrativa, no sentido de uma desconcentração e descentralização do aparelho que lhe dá corpo;

- só admitiriam a criação da região Norte perante uma regionalização política;

Comentários

Al Cardoso disse…
Tambem so concordo com uma regionalizacao nos moldes delineados se for politica, senao sera so para iludir as pessoas e passar tempo.
Alem disso a serem criadas essas regioes nunca as capitais deveriam ser localizadas nas grandes ou medias cidades.
Suevo disse…
É a habitual vassalagem dos minhotos a Lisboa, nada que nos possa surpreender.
O Minho enquanto “região” separada do “Douro Litoral” não tem qualquer sentido, alias a região historicamente sempre foi “entre Douro e Minho”, no caso Transmontano existem de facto diferenças em relação a “entre Douro e Minho” agora quererem um região somente minhota cheira-me a argumento de vassalos bracarenses de Lisboa, já que como é sabido localidades como Guimarães no século XIX preferiam pertencer ao Porto do que a Braga, são rivalidades de cariz quase tribalista.

Nunca é demais relembrar que é por causa dos minhotos que não temos regiões, afinal de contas no anterior referendo foram contra (o Porto foi a favor) e no próximo arranjarão novamente desculpas para serem novamente contra, eles gostam do centralismo Lisboeta. Ou serão contra porque não é politica, ou serão contra porque não gostam duma região norte, ou serão contra porque a capital é no Porto (muito longe de Braga… 50 km de auto-estrada…certamente Lisboa é mais perto), ou serão contra porque o país é muito pequenino e há que investir é em Lisboa, e em Lisboa é que devem decidir tudo porque é a capital do país, arranjarão sempre argumentos.

Se depender dos bracarenses em particular,e dos minhotos no geral, o centralismo lisboeta irá até intensificar-se no futuro.

Em qualquer aldeia ao redor de Guimarães por exemplo, seja ela Fafe,Vizela,Braga,etc eles odeiam mais os vimaranenses que qualquer centralista sentado no Terreiro do Paço.
Suevo disse…
Quanto ao :

"- só admitiriam a criação da região Norte perante uma regionalização política"

Eu também defendo no mínimo uma regionalização política MAS vindo esta frase donde vem e da maneira que é dita... parece-me mais uma exigência com o intuito de desculpabilizar um eventual voto contra a regionalização muito ao estilo do :

“não somos contra a regionalização, mas somos contra esta regionalização”
Confesso que me causa alguma perplexidade tanta preocupação semântica: "regionalização vs. descentralização", "política vs. administrativa"...

Será que não é o conteúdo o que mais interessa?

A Regionalização que está prevista (e que eu também defendo) é de FACTO uma descentralização administrativa e política, mas é totalmente incorrecta qualquer comparação com a Espanha ou as nossas Ilhas, que têm processos AUTONÓMICOS.

O Minho tem uma forte identidade cultural, assim como Trás-os-Montes e o Ribatejo, por exemplo, mas o traçado geográfico das Regiões não pode estar assente APENAS nesse critério. Senão lá teríamos as Regiões de Miranda do Douro e de Barrancos (que até têm dialectos próprios...).

Há que procurar o maior realismo possível, porque a definição das Regiões (mapa, competências, meios, órgãos políticos. etc.) é um processo complexo e sujeito a critérios multifacetados que urge conjugar, no respeito pelas vontades maioritárias, obviamente, mas com um elevado sentido de compromisso.

Senão haverá sempre os tais "pretextos", microscópicos ou não, para se ser contra.

E se, ao invés, procurássemos evidenciar aqueles verdadeiros MOTIVOS para sermos, em conjugação de esforços e vontades, todos A FAVOR?