Região Norte a mais pobre da UE 15 - para reflexão da Classe Política do Norte

The lowest ranked region amongst the old Member States was Norte in Portugal (57%).

A Região Norte tinha em 1998 um PIB de 65% da UE a 15. Em 2003 recuou para 57% da UE 25. Isto é um verdadeiro descalabro.

Quem são os responsáveis?

Se o país fosse regionalizado eu saberia exactamente a quem pedir responsabilidades. Assim a culpa é distribuida por muita gente e "morre solteira".

O que é preciso mais, para definitivamente, a classe política, as instituições e todas as forças vivas da região, perceberem que este modelo político-administrativo não serve os nossos interesses.

Agora a titulo de comparação e para reflexão:

1 - As duas únicas regiões politico administrativas deste país (Açores e Madeira) apresentam valores altamente positivos. Assim:

Madeira
PIB 1998 - 57,5% media UE 15

PIB 2003 - 90,4% media UE 25 (valor algo inflacionado pelas actividades offshore)

Açores
PIB 1998 - 51,1% média UE 15
PIB 2003 - 61,2% média UE 25

2 - Os números na nossa vizinha Espanha, já com Regionalização instituida há muito tempo, dizem-nos que as suas regiões mais pobres ultrapassaram em 2003 o nível de riqueza médio de Portugal, segundo os últimos dados estatísticos das regiões europeias publicados hoje (18 de Maio) pelo Eurostat, em Bruxelas.

Comentários

Suevo disse…
Mesmo assim o povo do norte continuará vassalo de Lisboa, é caso para dizer que só têm aquilo que merecem. A culpa não é dos lisboetas, é dos nortenhos, um povo submisso.

É a triste realidade.
Anónimo disse…
O Algarve continua a ser uma região pobre e continua abaixo dos 75% a 15 ou a 25 países. A riqueza do Algarve continua a mesma mas entraram na UE regiões ainda mais pobres que fizeram baixar a média europeia e que colocaram o Algarve acima dos 75%. Foi o PIBpc médio da UE que veio ao nosso encontro e não fomos nós que ficámos mais ricos e fomos ao seu encontro. Por outro lado o PIBpc algarvio não pode ser aferido na mesma óptica de outras regiões, face às características próprias da principal actividade económica da região: o turismo (o volume de receitas que gera é enorme mas também entra e sai da região em grandes quantidades - a riqueza que por cá fica é diminuta). Aliás, sobre a riqueza do Algarve, é bastante revelador que em Portugal (2004) nas actividades mais relevantes no emprego algarvio, os salários médios na Hotelaria e Restauração são -34% inferiores ao salário médio nacional e os salários médios no Comércio são -5% inferiores ao salário médio nacional. A Hotelaria e Restauração não só tem o salário médio mais baixo como tem a mais alta taxa de salários mínimos (14,5% contra 5,8% do total de todos os sectores).
Números impressionantes!

Falam por si...
Al Cardoso disse…
Contra factos nao ha argumentos, porque sera que o PM nao realiza o referendo a regionalizacao ja?
Sera que o aborto e mais importante?
Este governo e que me parece um bom aborto!
Pelo contrário, caro al cardoso, parece-me claro que a melhor forma de abortar de vez a Regionalização será empurrá-la de novo para um referendo mal preparado e prematuro.

Por isso não posso estar mais de acordo com a estratégia cautelosa do Governo actual, que quanto a mim releva de uma efectiva intenção de avançar com uma verdadeira Regionalização.
Anónimo disse…
O Norte precisa não só de ser uma região administrativa de Portugal, mas também de fazer uma maior Euroregião com a Galiza, por forma a serem económicamente mais desenvolvidos e a completarem-se culturalmente. Será assim que Portugal poderá evoluir de forma favorável, numa Europa moderna.
Caro Anónimo,

Da parte da Galiza há hoje um forte empenho (com acções concretas), no alargamento da cooperação entre as duas regiões. Pena é que, do lado português, não exista um interlocutor no mesmo patamar politico/administrativo, limitando assim, e muito, o potencial desta cooperação.