As razões que terão sido responsáveis pela sua preservação serão mais políticas que administrativas: os distritos coincidem com os círculos eleitorais, o que implicou um peso de caciquismo e de clientelismo eleitoral que nunca seria ultrapassado. Aliás, a implantação distrital dos partidos terá sido um dos óbices fundamentais à regionalização, já que esta desestabilizaria o percurso dos quadros partidários ancorados no núcleo distrital, destinado a desaparecer uma vez consumada a regionalização.
"Sempre tivemos, portanto, entidades administrativas supra-municipais. O que variou foi a sua natureza: em certos períodos, quando havia liberdade e descentralização, eram autarquias locais, com os seus dirigentes eleitos pelas populações; noutros períodos, quando havia ditadura ou política fortemente centralizadora, eram meras circunscrições do Estado chefiadas por agentes de confiança nomeados pelo Governo central"
Comentários
acho uma piada a desculpa do nao termos tradiçao regional, como se isso fosse justificaçao para nao se fazer agora, que ridiculo é esse senhor.
Vamos agora olhar para o passado e caso nao tenhamos feito uma coisa certa e que nos melhora, entao nao a podemos fazer agora porque nao é tradiçao lol
Já agora não é tradiçao Portugal ter empresas grandes, então vamos fazer um esforço para que nunca haja.
Não é tradição termos uma empresa de automóveis nossa, então vamos fazer um esforço para que nunca se crie uma...
não é tradição termos um país rico e com bom poder de compra, logo vamos fazer um esforço (como se fosse preciso) para sermos pobres.
enfim é com cada uma
É tradiçao alguem deitar-se da ponte abaixo hoje.. vou-me deitar
Urge reparar este erro através da substituição destas regiões artificias por outras, com autonomia, que correspondam às necessidades e às realidades das populações.
São para extinguir, sem dó nem piedade. Mas atenção, em seu lugar não devem colocar-se as Regiões - continuamos a baralhar as coisas!
As Regiões serão entidades autárquicas (autonómicas, nas Ilhas) intermédias entre as Administrações Central (Governo) e Local (Municípios e Freguesias), mas com legitimidade política e eleitoral própria.
Os Distritos são meros órgãos descentralizados do Poder Central e deverão ser substituídos por outros órgãos semelhantes, se bem que preferencialmente em menor número e coincidentes com as futuras Regiões, por óbvias razões de natureza funcional.
Mas continua a fazer todo o sentido, para mim, o Estado ter serviços descentralizados por todo o País, só que não com base nessa divisão totalmente falhada que foram os Distritos...