O presidente da Federação Distrital de Vila Real do PS, Rui Santos, diz que, caso os compromissos assumidos pelo Partido Socialista (!!!) não fossem concretizados e Vila Real saísse a perder da reorganização administrativa, assumiria as suas responsabilidades e se demitiria.
Já o deputado do PS na Assembleia da República, eleito pelo círculo de Vila Real, Jorge Almeida, afirma que está solidário com as reformas levadas a cabo pelo poder central mas há que marcar uma posição em defesa da região. A reorganização administrativa, na lógica da NUT II, tem de resultar numa regionalização poli-nucleada, com distribuição de competências pois, a região e os socialistas da região, não estão interessados numa nova lógica de regionalização centrada no Porto. Tem de haver uma distribuição de competências e de serviços.
Já o deputado do PS na Assembleia da República, eleito pelo círculo de Vila Real, Jorge Almeida, afirma que está solidário com as reformas levadas a cabo pelo poder central mas há que marcar uma posição em defesa da região. A reorganização administrativa, na lógica da NUT II, tem de resultar numa regionalização poli-nucleada, com distribuição de competências pois, a região e os socialistas da região, não estão interessados numa nova lógica de regionalização centrada no Porto. Tem de haver uma distribuição de competências e de serviços.
Como se pode constatar, estes senhores políticos do distrito de Vila Real (com algumas nuances) continuam a acreditar que seria viável a criação de uma Região Administrativa em Tras-os-Montes.
Este, é apenas mais um exemplo, das muitas dificuldades que esperam o processo de Regionalização.
Comentários
Ninguem levantava dúvidas se o discurso não as levantasse por si só.
em primeiro lugar, não sou inimigo da regionalização, bem pelo contrário.
O meu post teve como intenção agitar as águas , é um tema bastante importante e talvez não é aprofundado o suficiente .
Falei apenas em termos de discurso , que na minha opinião , pode e deve ser melhorado , deve agregar mais do que tem sido até aqui, "falar" em demasia em Porto em detrimento de Norte , não me parece que seja tão mobilizador.
Quanto à capital , sem ser o mais importante , tem bastante simbolismo e tenho dúvidas se o Porto fosse a melhor escolha.
Gostei bastante do seu post com o qual me identifico bastante
Um abraço.
Conhecendo bem o Porto e menos bem o Nordeste e o Noroeste, parece-me que a solução ideal, na minha concepção descentralizada de regionalização, seria a criação de DUAS Regiões a Norte, uma de características metropolitanas - a R. M. do Porto, englobando o chamado "Grande Porto" (com ou sem Aveiro) - e outra de características mais rurais e urbanas, polinucleada, que englobasse todo o restante Norte, ou seja, o Minho, Trás-os-Montes e o Alto Douro (mais a parcela do Douro Litoral que não se entendesse dever integrar a R. M. P.). A sede regional seria em Braga, em Guimarães, rotativa, ou mesmo policêntrica, à semelhança da U. Europeia, cuja Comissão está em Bruxelas e o Parlamento em Estrasburgo.
Mas concordo que nada disto é o mais importante e que o que mais interessa é ultrapassar os bairrismos exacerbados (a Norte, ao Centro e a Sul) e COMEÇAR de algum modo, porque este processo, como em tudo na vida, não tem que ser perfeito logo de início, pode ir sendo afinado e melhorado com a experiência e o decorrer do tempo.
Agora se nunca se começar...
Cumprimentos e que esta discussão possa alargar-se e aprofundar-se até ao próximo Referendo, são os meus votos.
Esse argumento não cola porque no ultimo referendo não se falou numa região norte, falou-se numa região transmontana e a resposta dos transmontanos foi esmagadora.
Votaram todos na continuação do centralismo lisboeta, e não podiam sequer dizer que do outro lado estavam os centralistas do Porto.
No entanto acredito que Tras-os-montes tem muito mais a ganhar com uma região norte que só com Tras-os-montes. Devemos criar uma unica região a norte, se de facto no futuro comprovar-mos que esse modelo não serve Tras-os-montes então estariamos sempre a tempo de afectuar ajustamentos, mas acredito que o Porto é a capital do Norte por natureza.
Fala-se mais do Porto por varias razões, uma delas é que no Porto o sim à regionalização já ganhou no ultimo referendo, o problema foram "voces".
Trás-os-montes por sí só não possui massa critica nem sequer tem voz. Nisso tem muito a ganhar estando ligada ao Porto.
Vou até mais longe, e temo que Trás-os-montes estando separada do Porto (ou do Norte Litoral se preferir) caminhe para o despovoamento quase total.
O Douro por exemplo perdeu um terço da sua população nos últimos 30 anos.
Trás-os-montes (incluindo parte dos distritos de Viseu e da Guarda) tem 60% do território da região norte, mas em termos de população só tem 12,5% (dados de 2001 creio, mas se estiver errado corrija).
Portanto se investiram 18% numa região que terá 12% da população não será esse o problema em si. Existem outras situações bem mais “estranhas” e que ninguém refere, se quiser posso-lhe dar alguns exemplos.
Se preferir, apenas 31% dos transmontanos foram favoraveis à criação das regiões, o que me parece um resultado desastroso, o que não quer dizer que o resultado de Entre douro e minho não tenha sido também ele muito mau.