REGIÃO NORTE - Porto, Braga ,Trás-os-Montes ...



Antonio Alves - comentário aqui

A região Norte tem 4 milhões de habitantes, o distrito do Porto tem mais de 2 milhões e cresce. O Grande Porto tem uma área de influência de mais de 3 milhões de habitantes.

Os trasmontanos e bracarenses que escolham. O Porto por sí só é suficiente para ser uma região autónoma. O Norte sem o Porto não sobrevive.

Esse discurso do centralismo do Porto é uma das mais bem sucedidas mentiras postas a circular pelos inimigos da regionalização. As principais vozes que se ouvem em defesa do Douro e Minho até são ligadas ao Porto. Quem tem defendido a reabilitação da Linha do Douro, do Comboio moderno para Vigo que atravessará o Minho? Quem tem berrado em defesa da indústria do Ave? Quem tem feito coro em defesa do desenvolvimento turístico do vale do Douro?

Infelizmente, tanto no Minho como no Douro não têm faltado autarcas que se vendem rapidamente por um prato de lentilhas. O fecho da Linha do Douro do Pocinho à Barca, da Linha do Corgo de Vila Real em diante, da Linha do Pocinho a Duas Igrejas, assim como a da Amarante ao Arco de Baúlhe, são exemplos eloquentes da pusilaminidade de muitos autarcas do Douro e Trás-os-Montes que trairam as suas populações por 10 reis de mel cuado.

Tenho a certeza que a maioria dos portuenses não se incomodaria se colocassem a capital noutro sítio qualquer (por mim pode ser Braga, pelo significado histórico e até devido às minhas origens familiares, mas qualquer outra me serve).

A regionalização implicará necessariamente uma outra ordem e não a cópia do pior que existe neste momento - Lisboa. Um modelo que se apoia na multipolaridade que é característica da Região Norte. Deve adoptar-se o funcionamento em rede, com as valências distribuidas. Por exemplo: transportes e economia no Porto, indústria em Braga, Cultura em Guimarães, agricultura e turísmo em Vila Real, pescas em Matosinhos. Outras hipóteses podem ser apontadas.

Aqui existem vários centros de excelência: Porto, Braga, Guimarães, Vila Real e até Aveiro se esta cidade decidir juntar-se ao Norte. Repare-se que se traçarmos um raio de 60 km com centro no Porto englobamos na sua circunferência um conjunto de grandes e dinâmicas cidades portuguesas. Por aqui não existe um eucalipto que tudo seca em volta como acontece no sul.

O peso demográfico do Grande Porto é suficiente para garantir o papel desta metrópole em qualquer modelo. Mesmo que existam tiques centralistas qual será melhor: um centralismo a 400 km de distancia e de costas voltadas para o Norte, ou um a 50/100 km e com grandes afinidades, até pela imensa mole de naturais, com o Minho, o Douro e o Vouga?

Decidam-se: para o Porto basta que a área metropolitana vote sem margem para dúvidas na regionalização que ela far-se-à pelo menos na Grande Área Metropolitana do Porto. Não haverá governo capaz de aguentar a pressão política a menos que se disponha a enfrentar uma revolta. A partir desse dia será insustentável manter o Porto na menoridade política. Quem quiser vir atrás que venha. Acabaram-se os tempos das contemporizações. A hora é de acção. Caminhemos juntos!

Comentários

antonioj disse…
Aveiro juntar-se ao Norte??? Enfim, só faltava mesmo isso...
Anónimo disse…
Porque não? Só teria a ganhar. Aveiro faz parte da mesma rede de cidades de que o porto, braga, guimarães, etc. Lembro-lhe que os comboios urbanos do Porto chegam a Aveiro. Mas enfim, isso fica à consideração dos aveirenses. Não é assunto muito relevante para o futuro da região norte. julgo mesmo que seria Aveiro a obter mais ganhos com isso. Afinal juntar-se-ia à realidade socioeconómica a que já pertence: a região industrializada do noroeste. tal como já o fizeram vários concelhos (Arouca, Espinho,Santa Maria da Feira e S. João da Madeira) do distrito de Aveiro que se juntaram à Grande Área Metropolitana do Porto
Anónimo disse…
Vale de Cambra e Azeméis passam-se para o Porto.

http://www.jornalregional.com/?p=cfcd208495d565ef66e7dff9f98764da&distrito=&concelho=&op=noticia&n=44927ab952d92b206bc37e695dea13af

Afinal parece-me que eu tenho razão.
antonioj disse…
Caro António Alves, de acordo, no caso desses concelhos, é perfeitamente natural. E eu não contrariei de modo algum essa situação...de resto, salvo erro, esses dois concelhos pertencem à CCDRN, portanto...

Quanto a Aveiro, e a parte central e sul do distrito, parece-me que faz parte da rede de cidades do Centro, e não das que citou...mas enfim, se Aveiro se se quiser subalternizar ao Porto ( e talvez Braga) em vez de ser um dos polos de motores da unica verdadeira região multi-polar...
Anónimo disse…
Eu, como Bracarense, não posso concordar com a visão de centralizar tudo numa só região. Alias, eu gostava de referir que o distrito de Braga tem cerca 1 milhão de habitantes, e cidades com Braga, Famalicão, Guimarães e Barcelos têm uma dinâmica muito própria e não deviam ser “sufocados” pelo o Porto.
Os indicadores dizem que o distrito de Braga será dos pouco distritos do Pais em que a população vai continuar a crescer. A cidade de Braga no ano 2025 deverá ter cerca de 200 mil habitantes ou seja mais ou menos a mesma população que a cidade do Porto terá em 2025.
Defendo sim que seja dinamizada a área metropolitana Minho sem relação com a área metropolitana do porto.

A única forma da região norte ter sucesso é se por exemplo a capital “politica” ficasse por exemplo em Braga de outra forma não faz sentido para os minhotos concordarem com essa região politica
Anónimo disse…
Pouca gente no Norte quer fazer uma região com o Porto...
Se calhar deveria-mos tentar perceber o porquê?
Anónimo disse…
NAO!!! No lo hagan!!!! Olhar para Espanha…não tem sentido algumo…catalães, vascos, galegos…querem só romper Espanha por umas moedas….Eu admiro Portugal pelo seu sentimento nacional…se regionalizam…abriram o debate e Porto ou o Norte será mais importante que a idea de Portugal para alguns.