Criado o movimento cívico "Regiões, Sim"


A regionalização volta à agenda política com a constituição do movimento cívico “Regiões, Sim” que quer apresentar na Assembleia da República uma proposta legislativa para referendar a criação das regiões.

Desta vez, a iniciativa é de cidadãos de todos os quadrantes políticos, que no dia 26 de Abril próximo, em Coimbra, vão formalizar a Associação Movimento Cívico Regiões, Sim.

O objectivo da associação, que se extinguirá logo que se realize o referendo, como está consignado nos estatutos, é pugnar para a criação das regiões administrativas.
Para tal, os 100 membros fundadores, de todos os quadrantes políticos e de todo o país, dispõem-se a recolher as 75 mil assinaturas necessárias para apresentar na Assembleia da República uma proposta legislativa que, após aprovada pelos deputados, determine a realização do referendo para a criação das regiões administrativas, na base das cinco regiões plano existentes.

Entre os fundadores do movimento cívico “Regiões, Sim” contam-se empresários, artistas plásticos, professores, desportistas, jornalistas e políticos. A lista será divulgada na apresentação pública do movimento, após a sua formalização oficial.

Encarada pelos subscritores iniciais como um “projecto de cidadania” que, uma vez cumprido deixa de ter existência, o movimento pretende a realização do referendo até 2009.
Recorde-se que a regionalização está consagrada na Constituição há 31 anos, uma reforma político-administrativa adiada pelos sucessivos Governos desde então. O referendo sobre esta matéria, realizado há 10 anos, em que o mapa previsto suscitou forte controvérsia, ditou a vitória do não.

As fortes assimetrias entre o interior e o litoral, a perda de competitividade e o desemprego que afectam muitas das regiões, assim como a quebra de investimento do próximo Quadro de Referência Estratégica Nacional –QREN, designadamente no Algarve, justificam que a sociedade volte a debater o projecto de regionalização.

Comentários

Anónimo disse…
A região centro, tendo como base a área da CCRC e como capital Coimbra, tudo bem.

É preciso não esquecer a centralidade da nossa cidade, as infra-estruturas instaladas, a liderança secular, a dimensão de Coimbra-cidade, face ás outras cidades da região...

Há p'ra aí uns presidentes de cidades, os tais "caciques parolos", com menos de metade da população que Coimbra, a pretender subalternizar à nossa terra, isso não vamos aceitar...

Se a regionalização for feita, com pés e cabeça, com inteligência, o país só tem a ganhar, o problema é que neste governo, há uns ministros e seus lacaios que não gostam de Coimbra, refiro-me ao "animal" do ministro do ambiente.

Nós, os de Coimbra, estamos alerta...
Caro Anónimo,

Este não é ainda o tempo certo para se discutirem este tipo questões (capital da região).

Pessoalmente sou adepto de regiões policentradas em que as diferentes estruturas regionais se distribuam também por diferentes cidades.

Cumprimentos,
Al Cardoso disse…
SEndo eu da Beira ou Centro, tambem estou de acordo com o Antonio A. Felizes, as estruturas devem ser descentralizadas por toda a regiao.
Que esta regionalizacao nao seja para criar novas centralidades, espero.
Ate serei mais radical, que tal colocar a sede regional numa cidade pequena, para potenciar o seu desenvolvimento?
antonioj disse…
Eu sou de Coimbra, mas não faço questão nenhuma que a capital seja aqui...a forçaa das cidades do Centro reside na sua complementaridade e não na prevalência de umas sobre as outras