NORTE teria a ganhar com Regionalização


Entrevista

Emilio Pérez Touriño
Presidente da Junta da Galiza


O facto do Norte não ser uma região administrativa como a Galiza constitui um obstáculo à boa cooperação?

Quando há vontade de cooperação por parte do Governo português e da CCDRN, tal permite estabelecer projectos e superar fronteiras. Evidentemente, há aí uma assimetria que tem condicionantes. Sem dúvida que a autonomia da Galiza tem competências exclusivas em matéria de meio ambiente, habitação, saúde e infraestruturas, o que nos dá um nível de decisão elevadíssimo. Tal não acontece com a CCDRN. Mas temos de superar esta situação com vontade política e de cooperação.

Do que conhece do território e crescimento portugueses, a regionalização é vantajosa, como defende Carlos Lage?

Baseando-me na minha experiência própria e sem pretensão de exportar qualquer modelo, tenho de reconhecer que uma parte importantíssima do êxito de Espanha reside na descentralização. Seria inimaginável a evolução político-económica positiva de Espanha, para além da política institucional, sem o processo autonómico. Regiões como a Extremadura, a Andaluzia ou a Galiza deram um salto fundamentalmente graças à capacidade autonómica, a par da solidariedade do estado.

O Norte teria, então, a ganhar com a regionalização?

Sim. Não posso deixar de partilhar essa ideia.

O actual modelo de organização pode explicar o atraso relativamente à Galiza?

Para a Galiza, a regionalização foi, sem dúvida, um processo de transição de primeira ordem. Quero crer que também operaria de forma positiva deste lado da fronteira. Mas, por respeito institucional, não quero fazer uma intervenção política neste sentido.

Ficou zangado com os governos pela sede do secretariado do Grupo de Trabalho Transfronteiriço, que vai gerir os fundos comunitários, ficar em Badajoz e não na Galiza?

A perspectiva tem de ser sempre de colaboração positiva e o que precisamos é de dotar o Norte e a Galiza de uma entidade própria de cooperação, por isso estamos a pôr em marcha, para este ano ainda, o Agrupamento Europeu Transfronteiriço. Quanto à decisão sobre a sede, julgo que se prende com a proximidade aos respectivos centros políticos de Madrid e Lisboa.

Comentários

Anónimo disse…
Por um Império Ocidental da Corunha a Faro - do Cantábrico a Sagres e aos Açores e à Madeira.
Anónimo disse…
outro doido imperialista

ja basta lisboa foder a Galiza sul (norte de portugal) e ainda queres foder tambem a Galiza.

Que acabe mas é a puta do imperialismo lusitano e que a Galiza Sul (Norte de Portugal) se torne independente.
Por uma verdadeira nação Galaica.
Anónimo disse…
Malcriadão!!! Já vi que os regionalistas não têm sentido de humor nem sentido poético eheheh!!!

Por um Império Ocidental sim!!!

E agora é a sério!
Anónimo disse…
"Por um Império Ocidental da Corunha a Faro - do Cantábrico a Sagres e aos Açores e à Madeira"

lol achas que os Galegos da Galiza querem AFUNDAR a sua boa economia e PERDER o seu poder de compra e nivel de vida em troca de formar um império multiracial de Galegos, Lusitanos e Al-Gharbios???
É que sonhas...
Já lhes basta o império Castelhano multiracial de Castelhanos, Catalães, Bascos e Andaluzes.
O que eles querem é independencia, o que eles querem é uma nação de Galegos.

E porque quereriam eles formar país com Portugal quando Lisboa preferiu a capital da UE em Badajoz em vez de Vigo? Lisboa tem medo dos Galegos da Galiza e do Norte de Portugal.

Lisboa que anexe Badajoz e a parte da Lusitania Espanhola e deixe os Galegos em paz.

Afinal de contas, que raio de lusitanos sao estes que dizem-se Lusitanos, adoram o Lusitanismo e depois na hora de anexar preferem anexar Galegos em vez de Lusitanos que vivem na area Espanhola.
Tanta contradição