Efeitos da Regionalização - o caso da Galiza

Sobre os indicadores económicos da Galiza, lemos no JN de hoje :

A produtividade dispara, impulsionada pelos sectores da indústria e serviços. O contraste com a crise que se vive na Região Norte de Portugal é evidente. Dois exemplos: o salário médio galego já vai nos 1240 euros, o dobro da Região Norte, que se fica pelos 635 euros. A taxa de desemprego da Galiza desceu para o nível mais baixo dos últimos 25 anos, enquanto no Norte continua a subir e a bater recordes pela negativa.

A taxa de crescimento do PIB atingiu 4,1%, superando a do conjunto da economia espanhola (3,9%

Uma das grandes surpresas que porventura deixaram boquiabertos analistas e estudiosos que trabalham em Lisboa foi ter percebido que a Galiza é o quinto mercado para as exportações portuguesas .



Para melhor enquadrarmos estes factos, transcrevo agora algumas declarações de
Emilio Pérez Touriño
Presidente da Junta da Galiza

"Para a Galiza, a regionalização foi, sem dúvida, um processo de transição de primeira ordem. Quero crer que também operaria de forma positiva deste lado da fronteira. Mas, por respeito institucional, não quero fazer uma intervenção política neste sentido".


"Baseando-me na minha experiência própria e sem pretensão de exportar qualquer modelo, tenho de reconhecer que uma parte importantíssima do êxito de Espanha reside na descentralização".

Agora acrescento eu, também em Portugal, no último quinquénio, foram as regiões autónomas, Açores e Madeira, aquelas que apresentaram um crescimento claramente acima da média nacional .
Então, o que tudo isto significa?
Certamente não será preciso ser-se um grande economista para perceber que há uma relação, muito estreita, entre crescimento, desenvolvimento e regionalização.

Comentários

Al Cardoso disse…
So nao ve quem nao quer!
Sam disse…
Só não vê quem se sente beneficiado pela actual situação e que vê a regionalização como um atentado ao seu bem-estar...