Eleição de Menezes abre a porta à regionalização

Presidente do PSD/Algarve não fala sobre a realização de um referendo

O presidente do PSD/Algarve, Mendes Bota, afirmou hoje que a eleição de Luís Filipe Menezes para a liderança do partido «fica aberto o caminho para encontrar um consenso político em torno da Regionalização».

Sem precisar se esse caminho pressupõe a realização de um referendo, Mendes Bota, que apoiou o líder eleito pelo sufrágio de sexta-feira, recordou que a eleição de Menezes implica a aprovação automática da moção de estratégia que aponta o caminho da regionalização.

«Tive alguma influência nessa moção de estratégia no capítulo que respeita à regionalização», recordou.

O actual presidente dos sociais-democratas algarvios é também presidente do Movimento Cívico Regiões Sim, que defende a aplicação daquela reforma administrativa sem necessidade de novo referendo.

«Só depois do congresso de 12, 13 e 14 de Outubro, no qual a direcção será eleita, será possível delinear uma estratégia», apontou, sustentando que a partir dessa reunião magna «fica aberto o caminho» para um consenso alargado entre os principais partidos políticos.

Comentando os resultados das directas na região, o presidente do PSD no distrito de Faro congratulou-se com a existência de «um alinhamento perfeito» entre as posições que tomou e a vontade expressa pelos militantes.

Sobre a eventual permanência de «feridas abertas» com Macário Correia, que foi porta-voz da candidatura de Marques Mendes, garantiu que, por ele, «a campanha acabou dia 28 de Setembro».

No Algarve, a candidatura vencedora obteve 880 votos (68 por cento), contra 399 (29 por cento) do candidato derrotado.

Dos 16 concelhos algarvios, só nos concelhos de Tavira (onde Macário Correia é presidente de Câmara), Silves e Castro Marim Marques Mendes teve mais votos do que Luís Filipe Menezes.

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