Regionalização: Eleição de Menezes não acelera proposta do Governo para reforma do território

O secretário de Estado da Administração Local reafirmou hoje que a proposta de regionalização do país só será apresentada ao país na próxima legislatura, minimizando o facto de Luís Filipe Menezes, um apoiante da reforma, ter sido eleito para o PSD.

Actualmente, "estamos a reorganizar toda a administração desconcentrada do Estado segundo o modelo das cinco regiões no continente" e a regionalização só "será recolocada na próxima legislatura desejando naturalmente um consenso mais alargado possível", afirmou Eduardo Cabrita, à margem de uma cerimónia em Leiria para atribuição de apoios.

Para o secretário de Estado, "é necessário que a própria estrutura de estado se reveja no modelo regional assente nas cinco regiões-plano".

Confrontado com o facto do novo líder do PSD ser apoiante da regionalização, Eduardo Cabrita não quis tecer comentários, reafirmando somente a intenção do Governo obter o "maior consenso possível".

"Todos aqueles que possam contribuir para esse consenso naturalmente que são bem vindos", explicou, salientando que o objectivo do Executivo é ter, "nesta matéria, um diálogo com todos os portugueses".

Entretanto, em breve, será anunciado o modelo de distribuição de serviços estatais em cada uma das cinco regiões, anunciou o secretário de Estado."A presença do Estado deve fazer-se em todas as regiões e de forma equilibrada em cada região", afirmou. Já no que respeita aos concelhos do interior, "o que desenvolvemos foi um modelo de desenvolvimento que privilegiou a criação de infra-estruturas da solidariedade", como as SCUT's.

Contudo, actualmente "é necessário promover o investimento e competitividade", pelo que foram aprovadas de "medidas de descriminação positiva" do interior para as empresas que apostem aí, acrescentou Eduardo Cabrita.

Comentários

Anónimo disse…
Continuem a perder caros governantes que logo verão se o tempo espera por nós. A efectivação da regionalização lá para 2012 ou 2013 será um desastre. Perderemos mais tempo, perderemos competitividade e coincidirá com uma abrupta baixa dos fundos europeus. A Europa e o mundo não esperarão por nós.