Regionalização - Programa do Governo José Socrates

158Programa do XVII Governo Constitucional (Página 20 de 26)

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A regionalização é essencial para que as políticas de desenvolvimento regional sejam efectivamente descentralizadas. Por outro lado, só com regiões fortes é possível alcançar a desejada competitividade no âmbito ibérico e europeu. Aliás, cada vez mais as regiões se assumem como interlocutoras e protagonistas na concepção e desenvolvimento das estratégias europeias e dos diversos programas comunitários. O Governo preconiza, por isso, a instituição, em concreto, de verdadeiras regiões administrativas, enquanto terceira categoria de autarquias locais - tal como as prevê a Constituição portuguesa - com legitimidade democrática, escala, racionalidade territorial e capacidade efectiva de decisão e execução.

Nestes termos, e tendo em conta a experiência do anterior referendo e os respectivos resultados, impõe-se nesta legislatura a adopção de iniciativas tendo em vista a criação de condições políticas para um futuro referendo à regionalização. Antes de avançar para um novo referendo, absolutamente decisivo para o futuro da ideia de regionalização em Portugal, importa procurar e construir um consenso mais alargado quanto à instituição em concreto das regiões e quanto ao modelo a adoptar, tomando como base a proposta das cinco regiões-plano.

Convergentemente, será adoptado um modelo coerente para a administração desconcentrada do Estado, também em torno das cinco regiões-plano, designadamente por via da estabilização do núcleo de competências das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) e da sua valorização como espaço de coordenação das políticas sectoriais à escala regional, obtendo uma escala eficiente para a concertação estratégica, a coordenação de políticas e a contratualização de recursos e metas.

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Comentários

Tarefa difícil, mas que o Governo está a deixar para o fim: é preciso um largo consenso político e SOCIAL antes do próximo Referendo, que envolva os dois maiores Partidos (pelo menos!), o Pres. da República a opinião pública (e publicada...) e, de preferência, também a intelectualidade académica e cultural!


Se o Governo pensa que vai poder chegar ao fim da Legislatura sem cumprir esta promessa e as pessoas se vão esquecer dela, acho que está a ficar muito LONGE dos sentimentos do Povo português...
Anónimo disse…
A política é muito difícil. Há dias, junto de uma escola encerrada, um bêbado gritava.
"Foi fechada pelo Sócrates que é pela educação. Tinha sido construida pelo Salazar, que quase toda a gente diz que era pela ignorância..."
Recorri à minha educação e ignorei...
Mas fiquei a pensar.
Uma ajuda para o ébrio (sem querer interferir com os AA):


- pense nas diferenças entre o País do tempo do Salazar e... o Portugal já não digo do Futuro, que é para onde deve pensar quem governa, mas apenas do Presente.



Será uma tarefa assim tão difícil (talvez para quando ficar sóbrio...)?
Anónimo disse…
Referendo?
outra vez?
Porquê?
não há leis?

a AR não tem poderes?
porque é que nós POVO votamos neles?

Não é para tomar decisões?

Balela o referendo anterior.

Novo referendo? embuste perigoso..
Protestem..
Unam-se Regionalistas.

Quero UM PAIS, como alguem dizia noutro BLOG,
COM VERDADEIRAS POTENCIAS REGIONAIS..
NORTE
CENTRO
LISBOA-VALE DO TEJO
ALENTEJO..que até já votou SIM às duas perguntas.
ALGARVE..que idem aspas, aspas,aspas

cumprimentos

que grande verdade..


cmprimentos