Seria para mim uma desilusão se esta nova lei eleitoral para a Assembleia da República, voltasse a assentar nos actuais distritos, há tanto tempo em vias de extinção.
Agora que a actual liderança do PSD é manifestamente pro regionalização e o actual Governo mantem o seu empenhamento em reorganizar toda a Administração Pública em função de cinco regiões (basta ler o PRACE), penso que é quase natural prever a nova territorialização da lei eleitoral para as legislativas em função do “desenho” das cinco regiões que se configuram ser a base para uma futura regionalização.
Isto, se este assunto for para levar a sério…
.
Agora que a actual liderança do PSD é manifestamente pro regionalização e o actual Governo mantem o seu empenhamento em reorganizar toda a Administração Pública em função de cinco regiões (basta ler o PRACE), penso que é quase natural prever a nova territorialização da lei eleitoral para as legislativas em função do “desenho” das cinco regiões que se configuram ser a base para uma futura regionalização.
Isto, se este assunto for para levar a sério…
.
Comentários
Recordemos que em 1998, as pessoas diziam "Mais Terreiros do Paço, não", e com toda a razão... Porquê fazer uma divisão tão merceeira do país??? Qual a lógica da proposta que defende a divisão em Norte, Centro; Lisboa, Alentejo e Algarve??? Três mega-regiões e duas micro... Esta proposta é um contrasenso...
Outro dos argumentos apresentados é a descentralização do caciquismo... pois bem, isso só acontece se as pessoas não souberem ser democráticas, e não depende do tamanho da região... E, mesmo neste modelo das 5 regiões, segundo essa lógica, aconteceria isso nas regiões de Lisboa e do Algarve, de reduzidas dimensões... Esse modelo esquece mais uma vez o Interior do nosso país...
Por outro lado, não vejo qual é o medo em apresentar novamente um modelo de 7 regiões a votos, porque, a meu ver, o que foi rejeitado em 1998 não foi a regionalização em si, nem o modelo apresentado... foi, isso sim, um voto contra as guerras políticas, causado pela partidarização desta questão... tal como na questão do aborto, é esse o erro que não devemos voltar a cometer... se deixarmos os portugueses escolher livremente, tenho a certeza que a maioria optaria pelas 7 regiões... agora, se apresentarmos um projecto de 5 regiões, com as quais a maioria não se identifica, com muita pena minha, a regionalização seria provavelmente arrumada na gaveta...
Já repararam que somos o único país na Europa que não tem um modelo de regionalização definido... E que, se este modelo de 5 regiões fosse em frente, seríamos o único país dividido em Norte, Centro e Sul, com duas excepções à regra... estranho mapa este... Atente-se no que dizem os geógrafos, eles é que devem ser ouvidos nesta matéria...
Bom Natal...é pena que não lhe possa endereçar uma prendinha com as 5 Regiões...fica para o próximo..
Anonimo 4
Concordo consigo quando se refere às causas dos resultados do referendo de 1998.
Convem agora perceber, que tendo o Governo actual optado por organizar a sua administração central desconcentrada (PRACE) em torno do modelo das 5 regiões, numa primeira fase, dificilmente, a instituição das regiões administrativas poderão fugir a este modelo. Todavia e veja-se o caso francês, as coisas não acabam aqui, isto é um processo dinâmico e evolutivo.
Cumprimentos,
Para si também o meu comentário anterior.
O meu modelo ideal passaria por acrescentar às 5 regiões administrativas as duas áreas metropolitanas, não como regiões, mas como entidades territoriais com poderes administrativos alargados e adaptados à sua especificidade.
Cumprimentos,
Um abraco regionalista e votos de Boas Festas.
Assim sendo, nem círculos distritais, nem regionais: um só círculo NACIONAL mais uma miríade de círculos uni-nominais, os tais das candidaturas "uni-pessoais"...
Podem estar seguros de que "eles" levam isto muito a sério, porque assim conseguem obter maiorias absolutas mais facilmente ainda, com MENOS DE 40% dos votos do eleitorado (marcador: A NOSSA DEMOCRACIA PODE TRANFORMAR-SE NUMA FARSA!).
António das Neves Castanho.
Creio que os políticos (Sócrates e Menezes, incluídos) estão interessados no número de lugares, 230, porque não podem ser mais.
Os técnicos, tanto do lado do PS como do PSD, pelo que tem vindo a público, são mesmo muito fraquinhos.
Penso, receio, que esta revisão da lei eleitoral vai ser um fiasco...
Estas 3 regiões midi e 2 mini, existem há 30 anos.
E há quase 40 anos o marcelismo tinha criado 4 regiões plano, deixando o Algarve pendurado no Alentejo, constituindo uma única região.
Por essa EUROPA existem muitas regiões como nomes norte, centro sul, noroeste, nordeste, sudeste, sudoeste e coisas piores.
Uma autêntica VIGARICE.
A intuição do Snr. Castell Bom está no caminho certo e o que disse em relação aos referendos, também.
Por isso: 7 Regiões Autónomas, com referendo à mistura.
Anónimo pró-7RA