PORQUE ESPERAMOS? REGIONALIZAÇÃO E JÁ

Economia perde em toda a linha. Dia a dia, ano a ano, o Norte do país tem sentido a qualidade de vida piorar continuadamente. A percepção é confirmada pelos números oficiais, que retratam uma região cada vez mais pobre.

A riqueza produzida por habitante diminui, o desemprego sobe e o emprego é pouco qualificado, as exportações têm vindo a perder terreno no conjunto nacional e as pessoas têm menos rendimentos e poder de compra. O JN escolheu estes indicadores para traçar o actual cenário vivido na economia da região, a partir de um grande conjunto de critérios sugeridos por Alberto Castro, Daniel Bessa e Miguel Cadilhe.

Riqueza diminui

É este o critério que a União Europeia segue na escolha das as regiões a apoiar por fundos comunitários e o Norte não fica bem na figura. Na última década, a riqueza produzida por habitante, medida por paridade do poder de compra, sofreu uma queda violenta, passando dos 67% da média comunitária para os 59%, a um ritmo que duplica a quebra registada em todo o país e que deixa a região ainda mais longe dos parceiros europeus.

E, ao contrário do que seria de esperar, o Grande Porto não é uma locomotiva a compensar o resto da região. Pelo contrário, a riqueza produzida caiu 18% (uma descida só superada pela Cova da Beira), deixando a região abaixo do patamar dos 75% da riqueza comunitária, o que a torna por si só uma região de apoio prioritário.

Menos poder de compra

No final de 2006, dois terços dos trabalhadores por conta de outrem viviam no Norte, mas o seu nível salarial não acompanhava essa proporção. Mais de metade das pessoas cujo salário ultrapassava os 2500 euros por mês vivia em Lisboa, enquanto que só um quarto estava no Norte. O pequeno número de pessoas a receber salários elevados tem reflexo directo no ordenado médio auferido pelos trabalhadores, e os patrões nortenhos são os que pagam pior. Aqui, em 2006, um trabalhador levava para casa ao final do mês menos 78 euros do que a média nacional e menos 252 euros do que um lisboeta.

Um outro indicador, dado também pelo INE, é o índice de poder de compra. O último, datado de 2004, mostra que só Lisboa e o Algarve tinham um poder de compra superior à média do país. O Norte conta com 84%, estando ao nível de 1997. Ou seja, numa década, a região não convergiu com o resto do país.

por Carlos Pinto "VimaraPeresPorto"
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Comentários

MANUEL HENRIQUES disse…
Bom Dia,

Gostei mesmo muito de conhecer o seu Blogue.

A causa da regionalização merece ser acarinhada. Só que não sai de Lisboa não percebe o que se passa.

Continuação de bom trabalho
Anónimo disse…
Quem não sai de Lisboa não percebe o que se passa?
E quem sai de Lisboa todos os dias?
E quem nunca entra em Lisboa?
Bom trabalho para todos. Que bem precisam...
Anónimo disse…
LOL...
LOL...
Anónimo disse…
Mais um argumento de peso.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
GEF? LOL? Ninguém pia, no galinheiro?