Uma região para existir de facto, tem de entrar na percepção dos que nela habitam. Pressupoe a convicção de um espaço comum partilhado, ideia vivida e protagonizada pelos que se identificam com ela e lhe conferem a razão e sentido de ser.
Exige, certamente, a existência de um campo cultural já alicerçado numa certa identidade comum ou então de um projecto de futuro suficientemente mobilizador e com garantias mínimas de sucesso. É preciso despertar nas pessoas o sentido e gosto de pertença, gerador de uma certa identidade.
São necessários agentes portadores desse ideal de regionalidade capazes de transmitir a mensagem dos valores positivos, que esta iniciativa pode trazer para o bem estar e desenvolvimento das pessoas, designadamente do interior do País. Se a regionalização não passar pelas pessoas, de forma livre e convicta, não sairá das folhas do Diário da República e das burocracias oficiais, tantas vezes asfixiantes da iniciativa privada.
É no domínio da criação de um campo cultural regional, que os meios de comunicação social, têm um papel importante a desempenhar.
A formação da identidade dos homens em relação aos seus grupos de pertença e às regiões onde vivem, é um trabalho moroso e não pode fazer-se por decreto.
Virgilio Ardérius
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Comentários
Os meus parabéns ao snr. Virgílio Ardérius por este contributo.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
gggostttto mmmmuitttto dddda ddddiscussssaaao.
fffforçççça ppppro 7eeera.
Por isso, 7 Regiões Autónomas:
Entre Douro e Minho
Trás-os-Montes e Alto Douro
Beira Interior
Beira Litoral
Estremadura e Ribatejo
Alentejo
Algarve
Anónimo, Beira Interior
ai, ai pró 7...
tanta sabedoria assim ainda vai a Primeiro Ministro...
Este é o primeiro parágrafo do meu último Post, Blog "camaradita.blogs.sapo.pt", título "Portugal é dos "nossos".
E quanto a mim responde em parte à mensagem do autor deste artigo, quanto a mim desajusta da realidade nacional.
"Ideal regionalista"? Pois é esse um dos grandes perigos da regionalização. E o que viria depois... daqui a 20, 50, 80 anos?
Os portugueses têm um ideal de Nação, Estado, indivisível, como colectivo nacional, nunca regional.
É por isso que os nossos historiadores mais respeitados consideram Portugal a-regional.
Mas não tenho dúvidas que se a regionalização fosse implementada em Portugal, o que digo de início iria acontecer, com ou sem êxito não o poderei afirmar, como é bem de ver.
Não será isso que está na visão do autor, mas é isso que irá (ou poderá) acontecer. O desenvolvimento de um espírito regionalista, a que não faltará a colaboração, entre outros, de muitos letrados.
Essa "ideia" é há séculos alimentada por muitas "regiões" espanholas, cujo horizonte é a independência.
Nós como "região" da Península Ibérica tornámo-nos dela independente há séculos, uma região com ideal de Estado, Nação, sem regionalismos, contra os regionalismos, como o demonstraram as "gentes miúdas" em 1383. Destroçar este ideal, seria, na minha opinião, pôr em risco a unidade de pORTUGAL.
Penso que os que defendem a regionalização não gostam muito de ligar este debate à história.
O autor deste Post tem o mérito de ter a franqueza de colocar assim a questão.
Cumprimentos
Como é evidente, cá está o belzebu!.
Anónimo VdA
Quando não se apresentam argumentos objectivos e válidos, apresentam-se os "papões" habituais da nossa história, não como aproveitamentos das suas lições mas como forma de amedrontar.
A Nação portuguesa é regionalista, sempre o foi, apenas interrompida por um período de centenas de anos de reforço obsceno do poder central, até hoje e, ao reconhecê-lo, a história presta um grande serviço a um instrumento de verdadeira política de desígnio nacional como a regionalização.
O resultado de políticas centralizadas e centralizadoras é o que todos conhecemos e continuaremos a conhecer se não se enveredar por um sistema regionalizado com a criação de 7 Regiões Autónomas, como confirma o Anónimo, Beira Interior, sem sequer pôr em causa os princípios em que assenta a nossa Nação, quanto mais destruí-la.
A sua argumentação, snr. Templário, que já não aparecia há bastante tempo neste blog, não é favorável a nada e impecilha tudo, mesmo na versão das políticas centralizadas e centralizadoras actuais, apesar da coragem de apresentar as suas ideias com franqueza que muito respeitamos, mas demasiado identificadas com "papões" habitualmente destinados a assustar as populações. Não me parece correcto nem intelectualmente honesto apresentar o problema com a configuração que caracterizou no seu post anterior.
Demais, com a implementação da regionalização, o que se pretende menos ou nada é imitar seja quem for, e muito menos os espanhóis donde nunca vir "nem bom vento nem bom casamento".
Por isso, o que se propõe é mais singelo e ibericamente menos ambicioso, neste particular aspecto, ao procurar-se algo que nos permita realizar o aproveitamento de todos os nossos recurso endógenos, a partir da mobilização geral das populações de cada uma das regiões propostas, sempre em obediência ao princípio da subsidiariedade e sem perder a noção de compementaridade de uma para com as restantes regiões. Por esta magna razão, solicito-lhe que reaprecie os seus argumentos e pense só no facto de a regionalização constituir um processo político moderno como última ferramenta para realizar o desenvolviemtno do nosso País num ambiente competitivo entre as Regiões Autónomas a criar no Continente. Desse desenvolvimento, passarão a constar: (1) A reforma principal de todos os serviços da Administração Pública, (2) A reorganização do poder político e do poder legislativo e (3) Como sempre o mais problemático, do poder judicial.
Os meus respeitosos cumprimentos.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Quem se tornou independente por acaso até foi o norte, só o norte.
Voces realmente aí por Sintra também conseguiram uma especie de independencia, tinham a Taifa de Badajoz.
"uma região com ideal de Estado, Nação, sem regionalismos, contra os regionalismos, como o demonstraram as "gentes miúdas" em 1383."
"Nós" no sentido que dás a "nós" não somos UMA região da peninsula Iberica, e quanto às gentes miudas de 1383 deve ser por isso que as gentes miudas do norte de Portugal estavam quase todas por castela nessa data.
Devias ter dito que as gentes miudas DE LISBOA E DO ALENTEJO demonstraram isso em 1383.
Se queres ligar a historia ao debate estás à vontade, mas já sabes que a mim não me enganas.
Bons tempos esses de 1383/1385 em que tínhamos políticos reis esclarecidos, educadores sérios e responsáveis de príncipes de inclita geração, como nunca mais tivemos a seguir, e que foram determinantes para dois objectivos fundamentais:
1) Governar com autonomia regional.
2) Consolidar o território povoado por portugueses como uma Nação, hoje a mais antiga da Europa.
Depois, a partir de D. João II, deu-se o fortalecimento do poder real por razões de determinação histórica importantes nos séculos seguintes, não tendo sido possível aprofundar nem consolidar a regionalização política, até hoje. O resultado óbvio dessa política, com excepção de curtos períodos de governo esclarecido de alguns políticos que foram logo escorraçados, foi e é um subdesenvolvimento atroz em relação aos países europeus mais desenvolvidos. Foram os autores e seguidores dessa política centralizada e centralizadora que permitiram a abertura de condições para nos perdermos como NAÇÃO (a dinastia filipina, o Tratado de Methween com os nossos "aliados" ingleses, as invasões francesas e a fuga do Rei D. João VI para o Brasil, deixando a Nação entregue aos "bichos", o Ultimato inglês do século XIX, o abandono da produção interna (agrícola) e a emigração epidémica, etc., etc., etc.). Estes é que são os factores que nos podem vir a transformar numa região ibérica de definitiva influência espanhola. Na parte que me diz respeito, nunca referi nada da regionalização em termos de "regiões espanholas" mas sim o nosso caro amigo "templário" e, agora, o tão esclarecido "suevo". Vós os dois é que estão sintonizados e a levar o problema para esse campo muito perigoso e envenenado como se a regionalização se vinculasse só a isso mesmo, a um problema de "dependência espanhola", quando o objectivo da REGIONALIZAÇÃO com a criação das 7 Regiões Autónomas NADA TEM A VER COM AQUELAS REGIÕES OU PAÍSES ESTRANGEIROS, MAS SOMENTE COM A NECESSIDADE DE DESENVOLVIMENTO REAL E SOCIALMENTE EQUILIBRADO E DE EMANCIPAÇÂO POLÍTICA SÓ DO NOSSO PAÌS COMO NAÇÃO.
Tão só e nada mais. O que lhe quiserem acrescentar não constitui uma atitude séria intelectualmente.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
fica mais barata a compra.
O que essa geração dita de Aviz fez foi esvaziar o nosso território, e não foi à toa que a expansão para Africa foi realizada, muito menos tal expansão foi ingénua.
Depois falas da Dinastia Filipina.
Ora foi precisamente na Dinastia Filipina que foi criada a Relação do Porto, se não fosse a União Ibéria o Porto nem relação tinha.
Quanto aos franceses, relembro-te que segundo o tratado de Fontainbleu Entre Douro e Minho ficaria independente, o estado português seria dividido em três.
Como vês, andas um bocado mal informado.
Nota, eu defendo o oposto do templário, ele é que defende Portugal do Minho ao Algarve como uma região Ibérica. Portanto interpretaste mal, até porque sou favorável à regionalização.
ihihih (sempre com ponto)
Coitados! Não sabem o que dizer, obviamente que estão a aprender. Vai levar muito tempo, mas ainda bem, enquanto isso, são como as crianças, andam entretidos com este brinquedo.
Anónimo pró-7RA (sempre com ponto final)
As incursões na história são-no sempre na base das consequências de práticas políticas centralizadas e centralizadoras e nada mais. De qualquer modo, o seu cognome até agrada, por ser um fevrvoroso leitor da época das invasões germânicas que puseram em debandada os romanos e deram início à constituição dos feudos europeus e de toda a civilização europeia até hoje.
Da foma como escreveu e respondeu ao Templário não foi clara a exposição de uma posição pró regionalização, dado o texto todo emaranhado nas regiões espanholas, introduzidas pelo residente no centro gravitacional e geográfico do nosso País.
Dos factos históricos tenho deles conhecimento e, no meu entender, não interessa muito uma excessiva pormenorização, mas o enunciado dos principais factores que têm determinado uma subdesenvolvimento relativo ao longo dos séculos.
Já que estou em contacto com alguém que também vê na História algo de interesse para os tempos futuros, sugiro-lhe que leia "AS OPV'S", bastando para isso aceder ao "google" e procurar aquele título.
Regozijo-me, não por nos estarem a acompanhar aficionados do "belzebu", mas por verificar que é também partidário da regionalização, de 5, 6, 7 ou 11 regiões, passa a ser secundário.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
até no numero das regiões!!!
passa ser secundário!!!
pode estar tranquilo que não o engano com a História.
Confesso que para perceber bem os seus comentários tive que visitar o seu Blog.
Posso, assim, dizer o mesmo de si: O "Suevo" é dos que não enganam.
Amen.
Anónimo VdA
PS: Só não gosto é do "sempre com ponto final", acho disparatado e raisparta o gajo, que presunção! De resto, até pensa muitíssimo bem e está a apertar os manhositos. Ele é de fibra, caramba!. Havia de haver muitos assim que isto ía ao sítio. Se ía.
ESTOU FELIZ (desculpe Sr. Almeida)
O SUEVO ENTENDEU-SE COM O TEMPLÁRIO..
NÃO QUEREM UM PRÓ-7RA(.) PARA LANCEIRO?
O que eu vos digo é que é preciso muito cuidado com certo tipo de "historiadores". São muito letrados, muito jeitosos, parece até que vieram dos júniores.
Anínimo VdA
Convém não exagerar, não sou daqueles que embarcam em arco. Já passei por muitas experiências e as coisas e as pessoas já me aparecem de "carrinho". A minha preocupação é conseguir o maior número de apoiantes para o movimento de criação das 7 Regiões Autónomas como a única slução para implementar a regionalziação que tem já um atraso, pelo menos, de 32anos.
Este é que é o objectivo principal, o resto é formado por balelas, especialmente os elogios e os pangíricos. Deixemos isso, já temos "pavões" que cheguem, sem precisarmos de muito esforço para os localizar. Basta ver a televisão, as revistas mundanas e os camarotes reservados de qualquer espectáculo.
Sem mais nem menos.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)