REN nas mãos das Autarquias... MAIS UM ESCÂNDALO!
O Ministro da Ambiente e o seu Ministério do Ambiente preparam-se para transferir para as autarquias poderes de delimitação da Rede Ecológica Nacional (REN), com a justificação escandalosa de esta se tratar de uma "medida de clarificação do actual sistema e responsabilização dos vários intervenientes".
Até agora eram as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) que propunham a delimitação da REN, tendo por base propostas das autarquias, mas sem estas terem a decisão final nas suas mãos. Ora se actualmente já não são poucos os casos de abuso de poder, de displicência e atropelo a lei, materializados em construções realizadas ilegalmente em plena Ren (e muitas de arquitectos que se esqueceram do seu papel na sociedade), imaginem a situação depois da revisão da Lei!?
Sendo do domínio público a "permeabilidade" actual das Autarquias e dos Autarcas, o programa de simplificação administrativa chamado Simplex, está a tornar-se perigosamente num EscandaleX! Eu deixo um sugestão:
Simplifique-se realmente, sem tretas, sem subterfúgios, faça-se a regionalização já !
Comentários
Não se pode dizer que não é uma melhoria, para mentes inertes.
Assim não seja, amen.
Sem mais nem menos.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Antes de poisar num ramo de boa sustentabilidade, o nosso pássaro permaneceu em vôo parado, tanto tempo que bem se receou que as asas não suportassem tamanho esforço de batimento, só para apreciar de ângulo privilegiado aquele dom da Natureza. Não resistiu a pensar:
"Grande sorte a de D. Pedro ao deixar-se apaixonar por criatura tão esbelta e tão doce".
De repente, poisou no tal ramo e cumprimentou a fidalga galega que nem sequer se apercebeu daquela aproximação, assim:
"Senhora minha, é minha felicidade maior encontrar-vos neste local tão paradisíaco como a vossa aparência física".
Respondeu-lhe a amante de D. Pedro:
"Não vos perdais em lisonjas excessivas meu bom rouxinol, pois vos aproximarias das "cocabichices" da corte para com o senhor nosso Rei".
Replicou o lindo rouxinol:
"Sabeis que não exagero e essas "cocabichices" sempre existirão; mas saberei até algo mais sobre os futuros próximos desta nação, princesa".
D. Inês de Castro neste preciso momento estancou os seus gestos suaves, os seus pensamentos coloridos e atenuou as arfagens ascendentes que estava a sentir por prever a aproximação de D. Pedro, para interpelar o rounixol:
"Prevejo que tenhais poderes adivinhos, meu doce e colorido pássaro; podereis dizer-me o que os futuros reservarão a esta nação, se mo permitis?".
Desta vez foi o rouxinol que entrou em pose de quase transe, depois do abanão causado pela pergunta que o ia deitando abaixo da árvore, apesar da boa sustentabilidade do ramo. Porém, não quereria também demorar muito tempo para evitar que a chegada de D. Pedro testemunhasse o falatório da princesa como se fosse para si própria, de forma a evitar que pensasse mal dela em termos de perturbação mental e evitar também que ele mesmo fosse atingido por qualquer seta arremessada por um impulso de ciúme cego, à boa maneira dos lusitanos.
"O futuro desta Nação, princesa, não passará muito por vós, por má sina vossa e nossa, mas o vosso amado dará à Nação uma ínclita geração como nunca outro rei o fará; de alguns infantes dessa geração irá nascer uma das grandes empresas que qualquer uma gostaria de botar na prática; mas quis o destino que fosse a nação lusitana e sabeis o que vai acontecer?".
Respondeu-lhe a princesa atónita e expectante:
"Não, meu dedicado rouxinol, dizei-mo, estais a colocar-me em ânsias políticas nunca esperadas!".
Continuou o rouxinol:
"Serão largas as riquezas acumuladas ao longo dos tempos futuros mas serão maiores as expensas em luxos e comezainas; com a passagem dos tempos as riquezas irão ser ainda maiores mas tais expensas também não deixarão de crescer em rolantes novas e outras coisas de espécie, para os "cocabichinhos" se deleitarem ainda com os trocos fartos da corte que lhes chegarão sempre às mãos; oh! minha bela princesa, ainda bem não podereis assistir às guerras que o povo vai ter de suportar e levar no toutiço e certas revoluções de luas em luas para sentir que jamais lhe trarão benefícios; os tempos vincendos só terão despeito pelas benesses das regiões para com os seus povos que o vosso amado protege por respeito de cada local e nunca encontrarão paladinos da defesa dos seus interesses como nestes tempos vosso e nosso".
Aturdida com o que estava a ouvir do bico do pássaro, D. Inês de Castro, sem preocupações de maior, viu a Natureza ajustar-lhe a simetria volumosa e bela dos seus seios ao levantar-se e inquiriu:
"Como será isso possível, nesse tempo já não haverá nem leis, nem costumes, nem tradições?".
Atrapalhado, num primeiro e irracional impulso, o rouxinol arranhou a cabeça com a pata direita, correu-lhe um fio finíssimo de sangue, corou de preocupação ao sentir o ferimento ligeiro, mas depressa concluiu que de nada lhe valia recorrer à urgência do hospital porque tinha sido encerrada. Mesmo assim, tentou retomar o fio à meada, acabou por se concentrar e continuou:
"Princesa amada de todos nós, as invenções do futuro vão abanar as tradições e os costumes mais remotos tão sentidos pelos povos que vos amam de todo o coração; as leis já não serão assinadas pelos reis com as suas penas de pavão e a sua feitura será entregue a quem entende de tais assuntos para dar um andamento mais rápido as coisas do reinado; até consigo prever que daqui a muitas centenas de anos irão fazer um documento de lei para dar novo alento aos povos do reino e dar-lhes direito a resolver os problemas nos seus locais sem interferências de ninguém; e adivinho até que passados 32 anos dessa lei ainda nada está amanhado dessa coisa mal parida".
Um esvoaçar rápido e assustado para as maiores alturas já nem permitiu à galega surpreender o rouxional com novas interpelações, acabando por se abalançar para os braços fortes e ternos de atitudes de D. Pedro para com a sua amante que não deixou de baixar as guardas peitorais e ancais, num bailado de arfagens e beijos sucessivos que durou a tarde toda e ainda penetrou no lusco-fusco mais sensual desse dia primaveril.
Assim poderia ter sido, amen.
Sem mais nem menos.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Está corrigida mais acima...
Então, não é feita a triagem dos textos para comentar, indicando as fontes (autores e orgão editorial?
Ou é só para experimentar, para ver a reacção do "pessoal"?
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Então, não é feita a triagem dos textos para comentar, indicando as fontes (autores e orgão editorial?
Ou é só para experimentar, para ver a reacção do "pessoal"?
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)