A criação de um «cluster» na área do Turismo, através da articulação das diferentes actividades existentes, podiam potenciar em muitos milhões de euros as receitas proveninetes deste sector. A opinião é do consultor empresarial Jack Soifer. As receitas turísticas da região Norte poderiam aumentar de 450 para 650 milhões de euros este ano e somar 1.100 milhões em 2011 se os agentes locais se articulassem num «cluster». De acordo com o consultor empresarial Jack Soifer, autor do livro “Empreender Turismo de Natureza”, apresentado há dias, a alteração de “pequenos detalhes” na forma de actuar dos diversos actores do sector poderia tornar os vários produtos disponíveis “extremamente atractivos” e prolongar a estadia dos turistas na região.
“É necessária uma melhor integração das rotas culturais que já existem, por exemplo, dentro da cidade do Porto, com as rotas de enoturismo no Douro”, defendeu em declarações à agência Lusa. É que, explicou, “dificilmente um turista nórdico fica dois ou três dias só para ver o Porto, mas, com pacotes integrados, com passeios pelo Douro e enoturismo, será muito mais fácil trazer os turistas por um período mais longo”. Segundo Jack Soifer, estes destinos têm vindo a ser promovidos “separadamente” e, apesar de “se estarem a envidar esforços para os articular, na prática [esta articulação] ainda não funciona”.
Outro dos aspectos apontados pelo consultor, que já acompanhou 295 empresas em 11 países, é a falta de qualidade de alguns dos barcos turísticos que percorrem o rio Douro. “Há alguns com uma qualidade excepcional, mas que são caríssimos”, afirmou, defendendo que, “muitas vezes, com medidas de controlo de qualidade, poderiam tornar-se esses passeios, a um preço intermédio e mudando pequenos detalhes, extremamente atractivos”.
Conforme referiu Jack Soifer, são muitos os “elos” na cadeia de turismo e basta um não apresentar o mesmo “nível de excelência” para que fique no turista uma “impressão final negativa”. “Apenas um elo pode estragar tudo”, alertou, defendendo que os agentes turísticos e culturais recorram à “consultadoria de algumas associações que, a troco de uma pequena tarifa, poderão fazer um trabalho de actualização das competências dos vários actores”. “É importante transformar a teoria das escolas de turismo em práticas de desempenho, porque é pouco interessante ter diplomas e conhecimentos teóricos se estes não forem transpostos para a prática”, acrescentou.
Entre o “enorme potencial” turístico da região Norte, desde Ovar ao Minho, o consultor destaca a “natureza, património, vinhos, gastronomia, vistas e simpatia das pessoas”. “Mas é preciso criar um ‘cluster’ de empresários da hotelaria, guias e agências que ouça o que precisam os muitos pequenos empresários empreendedores dispostos a investir em vários nichos com potencial”, sustentou.
no "Primeiro Janeiro" .
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Comentários
Isto é um bocado demais para o meu entendimento.
Anónimo VdA
muito bem "V" d'"A"
Nós somos muito inteligentes e sobretudo gostamos de aplicar muito bem o "nosso" dinheiro; já alguém disse que isto é um oásis ou um paraíso. Por isso, hoje sentia-me muito feliz se não fosse 4ª. feira de cinzas, mas é sempre.
Venha a regionalização das 5 e depressa.
Anónimo VdA
Massena é Português, fez um projecto excelente há 10 anos e o seu ZÁS..toca a entregar aos Holandeses..
Note-se, para exploração!!!
Se ele quer entregar aos holandeses porque será? os portugueses de certeza que concorreram e porque é que não ganharam? Será por quererem ganhá-lo todo de uma vez e depressa como é costume?
Quem souber que me diga.
Anónimo VdA
Isto é um bocado demais para o meu entendimento."
Parece-me a mim que não é no conhecimento que devemos ser "proteccionistas". Devemos aprender com quem mais sabe. Em Portugal quase não há criação de conhecimento turístico. Estamos a começar agora. E isto digo-lhe eu, que até sou especialista em turismo...
Agora, o que o Jack Soifer diz aqui, especificamente neste texto, não é novidade nenhuma. Venho-o eu a defender há 2 anos: é preciso integrar os destinos turísticos no Norte, e usar o aeroporto e o Douro como pivots (e futuramente o TGV). É preciso mudar o modelo da residencial + restaurante. Mas a verdade é que ainda não há integração nenhuma no terreno...
Isto é um bocado demais para o meu entendimento."
Parece-me a mim que não é no conhecimento que devemos ser "proteccionistas". Devemos aprender com quem mais sabe. Em Portugal quase não há criação de conhecimento turístico. Estamos a começar agora. E isto digo-lhe eu, que até sou especialista em turismo...
Agora, o que o Jack Soifer diz aqui, especificamente neste texto, não é novidade nenhuma. Venho-o eu a defender há 2 anos: é preciso integrar os destinos turísticos no Norte, e usar o aeroporto e o Douro como pivots (e futuramente o TGV). É preciso mudar o modelo da residencial + restaurante. Mas a verdade é que ainda não há integração nenhuma no terreno...
No nosso País há pessoas conhecedoras de turismo, das características do nosso sector só que só são ouvidos os mesmos, nacionais ou estrangeiros, a dar os seus "bitaites" e nunca outros, especialmente os das gerações mais novas que já estão a dar cartas. Mas se forem estrangeiros, ex-governantes, ex-qualquer coisa só porque o nome deles foi badalado na comunicação social e são conhecidos, são sempre mais ouvidos e atendidos, porquê?
Não é por estas e por outras que lemos nos jornais quase todos os dias reportagens de portugueses que são azes no estrangeiro e que se estivessem cá não passavam da cepa torta porque se isto continua assim é porque convém não à generalidade das pessoas mas a algumas delas.
Anónimo VdA
No nosso País há pessoas conhecedoras de turismo, das características do nosso sector só que só são ouvidos os mesmos, nacionais ou estrangeiros, a dar os seus "bitaites" e nunca outros, especialmente os das gerações mais novas que já estão a dar cartas. Mas se forem estrangeiros, ex-governantes, ex-qualquer coisa só porque o nome deles foi badalado na comunicação social e são conhecidos, são sempre mais ouvidos e atendidos, porquê?
Não é por estas e por outras que lemos nos jornais quase todos os dias reportagens de portugueses que são azes no estrangeiro e que se estivessem cá não passavam da cepa torta porque se isto continua assim é porque convém não à generalidade das pessoas mas a algumas delas.
Anónimo VdA