Frase (2)

"A regionalização é um pré-requisito para a descentralização que objectiva transformar regiões administrativas em territórios de desenvolvimento, aproximando o Governo dos cidadãos"

Anónimo
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Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros, Municipalistas,

No quadro de uma política de regionalização, teremos sempre a considerar dois tipos distintos:
a) Regionalização Administrativa
b) Regionalização Autonómica
Na primeira, relativamente à qual já deveria existir alguma experiência desde há 32 anos, não existe prática política a que lhe corresponda um inevitável desenvolvimento e muito menos uma aproximação do Governo aos cidadãos.
De qualquer modo, esta aproximação é feita por intermédio dos Governos Administrativos Regionais (as chamadas Juntas Regionais), como braços administrativos regionais do Governo Central e, infelizmente, nada mais. O Governo Central e o Estado Maior dos Partidos Políticos continuarão a "mexer os cordelinhos" em toda a "fileira política", desde a "sugestão" dos candidatos até à respectiva tomada de posse como dirigentes administrativos regionais.
Nestas condições, a frase aplica-se-lhe inteiramente, apenas com a ressalva de dúvida nos "territórios em desenvolvimento".
Relativamente à segunda modalidade de regionalização, ao contrário da descentralização administrativa, trata-se de uma regionalização política e autonómica, onde a principal finalidade é governar junto e com as populações, para as mobilizar para fins reais de desenvolvimento integrado e autosustentado, com candidatos a cargos políticos e nunca administrativos indicados pelas respectivas Regiões Autónomas.
Nos territórios insulares já existe uma experiência muito positiva deste tipo mais recomendável de regionalização, perfeitamente aplicável nos seus aspectos políticos e orgânicos, sem repetição comportamental de alguns dos seus protagonistas políticos, como no caso da Madeira, apesar de alguns elogios recentes fora de tempo e de contexto.
Por isso, a frase inserida no "post", no meu ponto de vista, não se pode aplicar integralmente a esta modalidade de regionalização que é muito mais qualificada, exigente, abrangente e responsabilizante para os respectivos protagonistas políticos, para além de ser um instrumento moderador efectivo, até ao limite do condicionamento, da política do Governo Central, prerrogativa nunca possível numa regionalização administrativa.

Assim é, amen.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)