Norte tem 173 mil desempregados

O desemprego é um dos principais problemas do Norte. Apesar de ter diminuído em relação ao ano passado, as inscrições nos centros de emprego atingem as 173 mil pessoas.


Como descreveria o mapa do desemprego a Norte?

É um mapa com diferente realidades, temos situações diversas. As duas sub-regiões com maiores problemas de desemprego são o Grande Porto e Braga. No outro extremo, temos uma sub-região onde à partida o desemprego não preocupa porque tem até falta de mão-de-obra, que é o Alto Minho. Trás-os-Montes e Alto Douro, que vive uma situação muito específica, sem grandes ofertas de emprego atendendo à densidade populacional, o desemprego não é contudo o grande problema. Depois temos uma outra sub-região, o Entre Douro e Vouga que gerou muito desemprego, nomeadamente com o fecho das multinacionais do calçado e dos componentes automóveis, mas que a própria dinâmica da região também tende a absorver os desempregados de forma muito rápida.

O Norte continua a ser a região com a maior taxa de desemprego?

De facto ainda assim é. O volume de desempregados na região corresponde a cerca de 45 por cento de todo o País, mas também temos de reconhecer que é aqui que tem sido feita a reestruturação dos sectores tradicionais, principalmente do têxtil, já que o calçado por outros motivos conseguiu aguentar-se – pelo menos as empresas portuguesas, porque as multinacionais saíram quase todas à procura de salários mais baixos. A deslocalização das empresas que estavam em Portugal em direcção ao Leste e Norte de África deu-se fundamentalmente nas que se concentravam a Norte. Isto aconteceu no Norte porque é a região da indústria transformadora. Não é por acaso que a nossa contribuição para as exportações do País é fundamental.

Quantos desempregados existem actualmente no Norte?

Inscritas nos centros de emprego da região estão 173 mil pessoas. São menos 30 mil do que em 2006. Isto acontece porque começa a haver mais emprego, mas também porque há cada vez mais rigor na aplicação da lei do subsídio de desemprego. As apresentações periódicas vieram ajudar a limpar os nossos ficheiros. Porque muitas vezes aconteciam casos em que o desempregado estava inscrito no centro de emprego da sua localidade mas encontrava-se no estrangeiro a trabalhar. E estas apresentações periódicas conseguiram detectar alguns casos em que isso acontecia, em que existia um falso desemprego. Nunca recebemos uma única queixa de má anulação de inscrição no centro de emprego.

(...)

Fonte "Primeiro Janeiro"
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Comentários

Anónimo disse…
Já respondi acerca do post "Mais um número negro para o Porto".

Assim não fosse, mas é.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
Digam-me, se puderem, 1 coisa: como se pode ser flexível e deslocar-mo-nos para 1 cidade/região onde haja falta de mão-de-obra se o salário "normal" (semi-qualificado/maioritário no país/ex. administrativo) é de + - 550€/600€ e o custo mínimo de arrendamento mínimo de 1 casa custa + - 400€ ???

???
Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Estas incongruências e outras dificilmente poderão ser resolvidas com celeridade pela regionalização, mesmo autonómica, dado que a sua resolução implica um enquadramento qualitativamente diferente das políticas de produção nacional, ponderada pelas potencialidades e especializações de cada região autónoma.
Mas NUNCA poderão ser resolvidas se, quem detiver o poder, nunca tiver, antes do exercício das respectivas funções governativas (centrais, regionais e locais), demonstrado experiência favorável na gestão ou administração de pequenas e médias empresas industriais ou outras organizações do tipo, credoras de confiança do mercado e das populações, respectivamente. Mas todas em luta permanente com dificuldades sistémicas de desenvolvimento por nunca lhes ter sido atribuido qualquer tipo de ajuda: fiscal, financeira, organizativa, habitualmente dirigida para os "suspeitos do costume", por mais relevante e justificada que tenha sido a sua estratégia e a sua actividade.
Tudo tem sido feito pelos "mesmos", com o apoio dos "mesmos", com destino para os "mesmos", entrevistados pelos "mesmos", comentados pelos "mesmos" e com os "mesmos" em tudo.
Para além dos "mesmos", não há nada para ninguém.

Infelizmente, mas tem sido assim.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)