Sábado, todos aos Aliados!

contra o centralismo

No sábado, Aliados, lá para as 16h. Eu vou. Alguém quer t-shirt?

no "coisas do gomes"

Comentários

Anónimo disse…
Caros amigos regionalistas:
Este mapa, inocentemente, acaba por mostrar bem aquilo em que alguns querem transformar a Regionalização.
Ainda que haja uma evolução clara em relação ao monocentralismo vigente de Lisboa, este "país normalizado", acaba por ser mais do mesmo. Há uma pequena descentralização, mas as "ondas centralistas" continuam lá. A única diferença é que, em vez de 1, haveria 5 pólos centralistas.
Quais são as consequências deste modelo de "pseudo-regionalização" que nos está a ser implementado à força?
-Positivas para as regiões do Litoral, em particular para as urbes do Porto, Coimbra e Évora, que teriam tendência a desenvolver-se e a criar áreas suburanas em seu torno, atraindo população das áreas mais deprimidas das "regiões" que encabeçariam;
-Negativas para as outras regiões, em particular para o Interior, que continuaria subjugado aos interesses do Litoral, que reteria, como se pode ver, mais uma vez, todos os meios, programas, vontade política e fundos que são necessáros para se modernizar o país.
Há uns tempos atrás, prometi falar sobre os possíveis cenários para a evolução económica e social das diferentes regiões portguesas. Pois bem. Tendo pesquisado bastante sobre o assunto (o que não é difícil, já que qualquer manual escolar de Geografia do Ensino Secundário nos fala destes problemas), verifiquei que os Geógrafos (que, continuo a dizê-lo, estão a ser esquecidos por todos, e já deviam ter sido ouvidos neste processo de Regionalização, em vez de se dar tanta voz aos interessados do costume- políticos e economistas), traçam o seguinte retrato da situação urbana portuguesa:

-Em primeiro lugar, Portugal está marcado por uma tendência de bicefalia, ou seja, uma parte muito grande da população e dos grupos económicos e serviços está desigualmente concentrada em torno das cidades de Lisboa e Porto. Citando os autores de um manual de Geografia para o 11º ano, "Esta tendência de concentração apresenta (...) desvantagens, sendo responsável não apenas por assimetrias perturbadoras na coesão territorial mas também por exageradas pressões urbanísticas sobre áreas ambientalmente sensíveis". Esta é, neste momento, a tendência mais problemática existente em Portugal.

-Em segundo lugar, não se deve ignorar que a população de Lisboa quase dobra a do Porto, pelo que a rede urbana portuguesa se pode considerar macrocéfala e monocêntrica, ou seja, todo o país está dependente e centralizado em Lisboa. Este tipo de distribuição é caso raro na Europa, bastando ver exemplos claros da situação contrária, como os casos da Holanda, da Espanha e da Suíça, entre muitos outros.

-Por outro lado, a tendência mais importante na evolução demográfica e sócio-económica de Portugal é a concentração excessiva e cada vez maior da população nos centros urbanos que estão concentrados na faixa litoral entre Viana do Castelo e Setúbal, e no Algarve. Esta excessiva litoralização provoca um extremo desequilíbrio no nosso país, já que, com o interior desertificado, deixam de estar disponíveis os recursos que lhe são adjacentes, indispensáveis à evolução económica do país (minas, explorações agrícolas e florestais, estâncias turísticas...)

-Por último, tem-se verficado uma grande incapacidade de crescimento das cidades médias: as do litoral não conseguem polarizar as áreas urbanas envolventes nem articular-se com Lisboa e Porto; as do Interior e, particularmente, das zonas raianas, estão numa situação de fragilidade e de perda demográfica, incapazes de estabelecer relações equilibradas com outras cidades interiores.

Deste modo, os geógrafos estabelecem três cenários para Portugal a médio-prazo:

1- Rede monocêntrica. A tendência da concentração de pessoas, empregos e serviços em torno de Lisboa acentuar-se-á, sendo que se registárá um despovoamento quase total do Interior do país, e uma diminuição acentuada da população nas cidades do Litoral, em particular o Porto e as cidades do Minho e Douro Litoral, Coimbra, Aveiro, Viseu, Leiria, Santarém e inclusive das cidades algarvias, em contraste com migrações de massas para os subúrbios de Lisboa;

2-Divisão Norte/Sul. Rede bipolar. A população concentra-se cada vez mais em Lisboa, Porto e respectivos subúrbios, afastando-se das zonas litorais e interiores das Beiras em direcção a uma dessas cidades. Esta rede penaliza fundamentalmente as cidades médias do Litoral e do Interior, particularmente Coimbra, Leiria, Aveiro, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Bragança e Chaves.

3- Litoralização. Com o avanço da Regionalização com base nas 5 regiões-plano, verificar-se-ia uma concetração das populações, serviços e agentes económicos em torno das cidades do Porto, Coimbra e Lisboa, sendo que as duas primeiras atrairiam a população de cidades médias do Interiore até do Litoral, onde se registaria uma diminuição da população, face a este "tricentrismo". O Interior ficaria profundamente desertificado, sendo que as suas populações teriam uma grande tendência para se deslocar para Espanha, fazendo com que Trás-os-Montes e a Beira Interior passassem a interligar-se com as regiões espanholas da Galiza e Castilla y León, formando novas "Euro-Regiões".

4-Modelo Policêntrico. Segundo os geógrafos e professores de Geografia, é no reforço deste modelo que reside um futuro mais harmonioso e equilibrado para Portugal. A população distribuir-se-ia mais uniformemente entre o Litoral e o Interior, criando-se eixos urbanos de cooperação entre cidades, que têm como base as 7 Regiões:

*Entre-Douro e Minho:
Área Metropolitana do Porto-Braga-Viana do Castelo-Penafiel;

*Trás-os-Montes e Alto Douro:
Vila Real-Régua-Lamego (Douro)
Chaves-Mirandela-Bragança (Alto Trás-os-Montes;

*Beira Litoral:
Aveiro-Ílhavo-Vagos (Baixo Vouga)
Coimbra-Figueira da Foz-Cantanhede-vilas da Serra da Lousã (Baixo Mondego)
Tondela-Viseu-Mangualde (Dão)

*Beira Interior:
Guarda-Belmonte-Covilhã-Fundão-Castelo Branco

*Estremadura e Ribatejo:
Área Metropolitana de Lisboa-Península de Setúbal
Caldas da Rainha-Peniche (Oeste)
Abrantes-Tomar-Entroncamento (Médio Tejo)
Santarém-Cartaxo-Almeirim (Ribatejo)

*Alentejo
Portalegre
Elvas
Évora
Beja
Sines-Santiago do Cacém

*Algarve
Portimão-Lagoa
Faro-Loulé-Olhão-São Brás de Alportel

Enquanto que os cenários 1 e 2 serão consequência natural da continuação da situação centralista e bicéfala actual, e levarão ao acentuar dos desequilíbrios entre as diferentes regiões do país, e a uma morte anunciada do Interior, o cenário 3
levará a uma litoralização excessiva da população, particularmente em torno das 3 maiores cidades do país, pelo que os desequilíbrios continuarão a existir e a acentuar-se as desigualdades entre o Litoral desenvolvido e o Interior desertificado, que, esquecido por Portugal, se tenderia a articular com a Espanha autonomizada, enquanto que o cenário 4 levaria ao atenuar dos desequilíbrios existentes no nosso país, contribuindo para uma coesão entre as diferentes regiões, do Norte, Sul, Litoral e Interior.
Está nas mãos dos portugueses e dos políticos em particular, esta opção: ou continuam a teimar com o centralismo; ou cedem aos interesses do Porto e avançam com esta regionalização de fantoches, ou então apostam a sério em Portugal e têm a coragem necessária para fazer o que é necessário: dividir o país em 7 regiões, com serviços distribuídos pelas suas cidades médias, e dar-lhes um grau de autonomia que lhes possibilite decidir realmente o seu futuro, sem estarem dependentes de pólos centralistas para tal. Haja coragem.

Afonso Miguel, Beira Interior
Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Tem de haver coragem, determinação e competência política e técnica para se poder implementar a regionalização com base nas 7 Regiões Autónomas.
Esta solução, como temos andado a defender desde sempre, é a única que pode (o modelo tem o seu mérito absoluto, mas o relativo depende da qualidade dos protagonistas políticos) assegurar um desenvolvimento efectivo equilibrado e autosustentado.
Por isso, será de rejeitar o monocentrismo político a que nos tem submetido, para o converter num policentrismo, o mais possível no quadro das nossas características geográficas, sociológicas e históricas:~. Neste contexto, a regionalização com base nas 7 Regiões Autónomas é a única que pode contemplar a prossecução dos grandes desígnios nacionais associados ao desenvolvimento, já aqui apresentados e catacterizados.
Parabéns ao Afonso Miguel.

Assim seja, amen.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Rui Farinas disse…
Caro Afonso Miguel, este seu comentário é bem interessante mas suscita-me algumas dúvidas (deixe-me esclarecer que sou profundamente anti-centralista e um entusiástico apoiante da regionalização).

Hoje há um pólo centralista e o meu caro Afonso Miguel diz que com cinco regiões tudo continuará na mesma pois passará a haver cinco pólos centralistas. E com as suas sete regiões, porque razão não haverá sete pólos centralistas? Imagino que cada região terá de ter algo como uma capital, e por consequência quantas mais regiões, mais pólos centralistas haverá. Então o problema não está aqui. Vamos transformar cada freguesia do país num região administrativa ou autónoma, numa nova versão de uma espécie de “sociedade sem classes”?

Eu acredito que temos de aceitar três pressupostos:

1 – Cada região terá de ter uma capital, duas no máximo.

2 – Haverá sempre que admitir que a “capital” será mais generosa consigo própria do que com as outras parcelas. Isto é inevitável porque é da natureza humana, e de resto já hoje ocorre com as sedes de concelhos e algumas das suas freguesias que se queixam, provavelmente com alguma razão, de serem preteridas. O problema é evitar que as capitais cheguem a um favorecimento em causa própria que atinja as raias da extorsão, que é aquilo que Lisboa faz, cada vez mais descaradamente, com o resto do país ( aliás com a nossa complacência…).

3 – Concelhos com menor actividade económica, até mesmo com perda demográfica, penso que haverá sempre. Este é um problema comum a muitos países. Olhando para certos concelhos, pergunto-me qual é o modelo para o seu desenvolvimento económico. Não têm indústrias nem condições para as atrair, não têm agricultura válida por falta de condições naturais, não têm elementos de interesse para atrair turismo, vão viver de quê?

O que eu acredito ser primordial é que os “povos” dentro de cada região sejam compatíveis. A sua divisão parece ter algumas fraquezas. Penso que Braga nunca aceitará estar numa região da qual não seja cabeça, e muito menos se essa cabeça for o Porto. Uma região incluindo Aveiro, Coimbra e Viseu, vai ser um “saco de gatos”. Assim a sua divisão não me parece ser a solução, embora pessoalmente a prefira às cinco regiões-plano. O problema é complicado e eu não sei qual a resposta. Tenho no entanto a profunda convicção que este “pormaior” da regionalização não tem sido suficientemente discutido, e que esta ausência de troca de opiniões será um grande handicap num eventual futuro referendo.
hfrsantos disse…
Creio que é importante que os representantes politicos do Norte e Centro se sentem a mesa e discutam se querem 2 ou 4 regioes autonomas para o Centro e Norte de Portugal.

Cada Regiao Autonoma tera depois o seu Estatuto de Autonomia que definira a divisao de poderes em:

1- Assembleia Legislativa, cujos integrantes sao eleitos por sufragio universal de acordo com um sistema de representaçao proporcional que assegura a representaçao das diversas zonas que integram o territorio. A Assembleia tem a faculdade legislativa.

2- Um Concelho de Governo, com funçoes executivas e administrativas, dirigido pelo Presidente da Regiao, eleito pela Assembleia entre os seus membros e nomeado pelo Presidente de Portugal, O Presidente da Regiao dirige o Concelho de Governo e é o supremo representante da Regiao. Tanto o presidente como o Concelho de Governo sao responsaveis politicamente diante da Assembleia.

3- O Tribunal Superior de Justiça, que culmina a organizaçao judicial no territorio da Regiao Autonoma.
Anónimo disse…
Este blog está cheio de incoerências e de argumentos descabidos! Quando os bem-instalados do Porto dizem que a "região Norte é pobre" e a Grande Lisboa é rica e desenvolvida, estão certamente a esquecer-se que se separassem a Área Metropolitana do Porto da Região Norte, a diferença entre a AMP e a AML não seria tão grande como a diferença entre a Região Norte e a AML, como é óbvio! Pobres e subdesenvolvidos são os transmontanos e Trás-os-montes, os alentejanos e o Alentejo litoral e interior, e todas as regiões do Interior em geral! Caso a regionalização fosse instaurada e fosse criada a região norte na qual se incluísse também a AMP, ainda se acentuaria mais a pobreza nas regiões do Norte que já são pobres (Trás-os-montes e Alto Minho) para ser beneficiada a AMP. A AMP já é uma área rica e desenvolvida, claro. Pobre é o Interior Norte, e os burgueses interesseiros do Porto e da AMP aproveitam-se disso para dizer que o Norte é pobre e que é em Lisboa que tudo está centralizado e desenvolvido. Como se também não houvesse um centralismo da AMP em relação ao resto do Norte!
As diferenças estão entre Litoral e Interior, e não entre AMP e AML, aí também existem mas são muito menores.
Vamos ser honestos e conscientes e não egoístas! Eu nasci e vivo na Maia e gosto de Portugal. Não sinto que a zona onde vivo seja subdesenvolvida. Uma pergunta:que serviços públicos tem a AML melhores que a AMP? Dificilmente encontro algum. O aeroporto do Porto é muito melhor que o de Lisboa, por exemplo, Lisboa precisa de facto de um novo aeroporto. Não percebem que um aeroporto da dimensão do que vai ser construído em Alcochete irá servir não só a AMP, como Portugal inteiro?!
Subdesenvolvido é o Alentejo e Trás-os-montes, esses é que são pobres, não a AMP! Existe centralismo, sim. Mas esse centralismo está na AML mas também na AMP.
Acho lamentável que se usem os clubes de futebol e o desporto para criar argumentos que não têm nada que ver com o assunto. Estas rivalidades são provincianas, cheias de complexos e preconceitos. Não têm qualquer base racional.
Sou a favor duma melhor distribuição dos recursos e do investimento em Portugal, mas não sou a favor que se faça a regionalização para continuarem os mesmos beneficiados e os mesmos prejudicados. Para além disso, acho que a regionalização é uma grande ameaça à integridade nacional e ao espírito que une os portugueses. Veja-se o caso de Espanha, que eu considero muito negativo. Não gostava de viver num país como Espanha, onde ninguém se entende e onde a Catalunha, a região mais rica e desenvolvida de Espanha, quer a independência! Sou de todo contra a criação de Assembleias e Governos regionais. Acho que a divisão dos recursos pode ser melhorada doutras formas que não a de estes moldes de regionalização.
Mais uma vez: a diferença está entre Litoral e Interior, e não entre Lisboa e Porto! A AMP é muito mais rica e desenvolvida que o resto do Norte. A regionalização como é proposta é um passo para a divisão do país e para o fomento de ódios mesquinhos! Espanha está regionalizada, com Governos e Assembleias Regionais, e as diferenças entre as regiões mantêm-se. Pior: está instaurado um sentimento de ódio e de discórdia, e os espanhóis não estão unidos.
Gosto de Portugal tal como está, só quero que as regiões do INTERIOR (e não a AMP, porque essa já é desenvolvida) se desenvolvam e haja mais justiça nesse aspecto. Mas isso também depende de muitas condicionantes que não podem ser controladas exclusivamente pelo Estado. Existem problemas estruturais muito difíceis de resolver.
Viva PORTUGAL, viva os portugueses, viva o ESTADO-NAÇÃO!!
Anónimo disse…
Caro Anónimo,

Como já deve ter reparado, neste blogue nunca se misturou regionalização com futebol, por isso é descabida a referência que fez.
Aqui pretende-se apresentar soluções para a regionalização para melhor se conduzir uma política de desenvolvimento e, para não sermos acusados de egoismo (parece ser o seu eomplexo) até se propõe uma separação entre as regiões do litoral e as regiões do interior, precisamente nas partes do território, nacional e uno, onde as assimetrias são crónicas, mais graves e endémicas (a norte do rio Tejo).
Ambos pertencemos à Província do Douro Litoral (a integrar na Rgeião Autónoma de Entre Douro e Minho)e a referência às àreas Metropolitanas de Lisboa ou do Porto não passam de citação a organizações territoriais tão defuntas como inócuas politicamente.
Por isso, a regionalização autonómica é essencial para assegurar, juntamente com novos protagonistas políticos e de qualidade, um novo tipo de desenvolvimento: subsidiário, autosustentado e equilibrado, a partir de um regresso às origens legitimado pela geografia, história, antropologia, tradições e costumes.
Mesquinhez e egoismo sempre existirão, mas nunca gerados por um movimento regionalista como foi atrás caracterizado. Tal mesquinhez e egoismo, alimentadores da inveja, derivam mais da nossa péssima educação pessoal e cívica e da nossa falta de cultura, as quais ainda sustêem muito do nosso comportamento "bufista" e terceiro-mundista.

Assim não fosse, mas ainda é.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Nuno Gomes Lopes disse…
bem. ao senhor anónimo: a Espanha é um estado constituído por diferentes nações, que já foram, e durante períodos suficientemente grandes para serem estruturantes, nações independentes. é má-fé atribuir à regionalização a (inevitável) fragmentação da Espanha. a regionalização espanhola foi sim uma tentativa de amenizar os âmbitos nacionalistas depois da morte de Franco, dando a mesma autonomia a regiões separatistas, como a Catalunha, e a outras que até à altura não teriam sequer grandes aspirações autonomistas, como Murcia, ou sequer um sentido de comunidade.

e, mais uma vez, e pelo que sei (mas posso estar enganado), o Porto é o distrito com o desemprego mais alto, e com a mais alta taxa de infetados com tuberculose. entre outras coisas más de que não me lembro agora. e lembro também que moro na zona com mais desemprego do país, o vale do Ave (14%). na Póvoa de Varzim, que também faz parte da AM Porto.

já agora, porquê tantos anónimos? o anónimo que me antecedeu cumprimentou o anterior anónimo. não têm gmail?
Nuno Gomes Lopes disse…
ah. e rui farinas, concordo, concordo, concordo.
Anónimo disse…
Caro Nuno Lopes,
Caro Rui Farinas,
Caros ...,

Desde o início verifiquei que assinavam com anonomato.
Dei mais uma passo para assinar:
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final).
Já o disse ainda que se todos tivessem assinado o nome, também o faria.
Mas tal não impediu que tivesse deixado, por várias vezes, indicações sobre a minha identidade ao referenciar os textos sobre a regionalização, residentes no site da Ordem dos Economistas, capítulo dos Grandes Temas e subcapítulo da Economia Regional.
Se compararem as minhas posições neste blogue e os escritos (2) sobre regionalização e desenvolvimento vão direitinhos à minha identificação.
Se o não quiserem fazer, melhor ainda, poupam apenas trabalho, mas perdem o resto.

Os meus cumprimentos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Nuno Gomes Lopes disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Rui Farinas disse…
No dia 5 deste mês postei no blogue Renovar o Porto, uma reflexão intitulada “Os escolhos que podem afundar o referendo (1)”. Nela referia os vários perigos que ameaçam os resultados dum eventual futuro referendo à regionalização, enfatizando que há uma importante fatia do eleitorado que não está consciente da realidade nacional e que portanto não pode compreender o que estará em jogo.

O comentário do Anónimo das 22:53h de ontem, domingo, é um exemplo vivo daquela afirmação. Acredito que tenha sido com total boa intenção que escreveu o que escreveu, mas o facto é que revela uma tremenda ignorância da nossa realidade e da realidade de Espanha (que ele invoca) para além de enorme confusão de ideias. Apetece perguntar em que país tem vivido.

Repito o que disse nesse post: ou se consegue esclarecer o eleitorado que não tem consciência das vantagens da regionalização, ou o próximo referendo pode constituir o requiem dessa indispensável reforma nos 20 ou 30 anos mais próximos.
Anónimo disse…
Caro Rui Farinas,

Quanto ao destino do referendo, o que se pode escrever é apenas isto:

"SEM MAIS NEM MENOS"

Neste blogue, a referência à necessidade de existir um programma eleitoral e político só sobre a regionalização, por ser transversal à sociedade portuguesa, destina-se a utilizá-lo também como fonte explicatica profunda do que se pretende para as futuras regiões autónomas.
Aqui, está o cerne de toda a questão política da regionalização referendável: explicar os objectivos políticos de desenvolvimento a atingir em cada futura REGIÃO AUTÒNOMA.
Como estou habituado a escrever, o resto é "conversa fiada ou confiada".

Assim seja, amen.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
Caros regionalistas (e não-regionalistas):

O artigo do anónimo da Maia (o das 10:53:00), só traz ao de cima aquilo que eu já suspeitava e denunciava há muito.
Grande parte dos anti-regionalistas não é contra a Regionalização por princípio. É, sim, contra uma regionalização que crie novos centralismos. Só isto pode explicar a aparente falta de sentido regionalista em alguns pontos do país, em particular no Interior, embora seja nesta faixa importantíssima do território português que esta medida é mais necessária. Não é por acaso: aqui na Beira Interior, sente-se que, com a instituição das 5 Regiões, esta zona iria ficar dependente de Coimbra. Ora, para ficar tudo como está, para a Beira Interior se continuar a arrastar em relação ao litoral, mais vale deixar tudo na mesma, pensa-se neste beirão planalto.
Este facto, aparentemente estranho, advém das políticas de promoção da Regionalização ao longo dos anos, que não podiam estar mais erradas. A encabeçar os movimentos pró-regiões, aparece sempre um cidadão-tipo: político e residente ou natural da Área Metropolitana do Porto. Só nos últimos tempos têm despoletado movimentos deste tipo noutras regiões do país, nomeadamente no Algarve e em Coimbra.
Mas todos, ou quase, temos culpa no cartório: basta ver que grande parte dos textos deste blogue se referem à zona do Porto: vejam só a força que foi preciso fazer para conseguir que fosse publicado um
artigo sobre a gestão autonomizada dos fundos do QREN na Beira Interior, que tem muito mais interesse para a temática regionalista do que as questões relacionadas com as SCUTS do Porto ou o Aeroporto Sá Carneiro, que têm ocupado grande parte deste blog.
Está na hora de olhar para o nosso país por igual: Portugal é um país uno e não o deixará de ser com a Regionalização; antes pelo contrário, esta fará com que se atenuem os contrastes que tanto revoltam as populações das diferentes regiões. É tempo de deixar as guerrinhas Norte-Sul de parte, e virarmo-nos para os verdadeiros contrastes, entre as áreas metropolitanas cheias de gente e os centros rurais em desertificação, passando pelas estagnadas cidades médias.
Quanto à temática da Espanha, não posso estar mais em desacordo com o anónimo da Maia: a Regionalização foi a chave para o sucesso de Espanha, as divisões foram as mais naturais possíveis, tendo em conta os contrastes económicos e sociais entre as várias áreas do território, e as autonomias consagradas foram as ideais para um país da dimensão da Espanha. Só temos que imitar os bons exemplos e fazer uma Regionalização à nossa maneira, à nossa escala, copiando os bons exemplos de zonas da Europa análogas a Portugal: a Holanda, a República Checa e até o norte de Espanha, entre tantos outros, são exemplos para nós.
A Regionalização em Portugal nunca iria criar separatismos nacionalistas: afinal, falamos a mesma língua, somos uma única nação há 800 anos, e há um grande sentimento de pertença a Portugal. Não estou a ver regiões portuguesas a pedir a independência, issso é uma falsa questão: essa é mais uma vantagem da criação de 7 regiões, mais pequenas.

PS: Outro facto que me causa estranheza é não ver o meu primeiro comentário postado neste blog. Em seu lugar, está um artigo parecido, que defende, veja-se bem, 3 Regiões!!! É a tentativa de asfixiar esta posição da Regionalização a 7, que tem cada vez mais adeptos. É a censura das "posições dominantes" e oficiais. É bonito, sim senhor.

Afonso Miguel, Beira Interior
Anónimo disse…
Caro Nuno Gomes Lopes,

Passo a transcrever:

"Ohpá isso dá muito trabalho. deixa lá".

Esta sentença, no mínimo, é um prenúncio de má educação, e revela a forma como muito compatriotas se comportam perante o esforço exigido peloos desafios da modernidade e do desenvolvimento: "deixa lá, dá muito trabalho".
Claro que o que é relevante dá mesmo muito trabalho, mas deixem o mau hábito de se queixarem por tudo e por nada, para se concentrarem naquilo que é relevante para o todo social e nacional que, sendo-o, vai também abranger a esfera familiar e individual do povo a quer pertencemos.
Por isso, espero que nunca mais relevem a questão do anonimato porque muitos identificados acabam por fazer figura muito triste na forma como colocam aqui a sua intervenção.
O problema continua a não ser meu, nem quero que o seja.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
Caro Afonso Miguel,

A questão da regionalização passará a constituir um assunto magno d apolítica portuguesa, nomeadamente na parte relativa ao número de regiões a criar e, fundamentalmente, na tipologia da cada uma das regiões compatível com as exigências de desenvolvimento, nas condições que aqui tenho caracterizado.
Os políticos vindouros que não tiverem a lucidez, mais que coragem, de admitir que a regionalização autonómica é a única via instrumental e transversal de política capaz de nos livrar de (ou amenizar as)crises económicas e sociais cíclicas e de cada vez maior intensidade, vão ter de reservar verbas excepcionais no Orçamento de Estado para poderem lutar contra as próximas e graves convulsões sociais.
É pessimismo? Vamos esperar para ver e não vai faltar muito tempo (não pensem que a "questão financeira" já está resolvida - não me estou a referir aqui à questão do défice orçamental).
A mentalidade política dominante tem assestado baterias na política de curto prazo ou casuística e mais ninguém (órgãos de soberania, autarquias, partidos, órgãos de comunicação social, empresas, outras organizações, universidades, tribunais, hospitais, escolas, blogues, etc.) parece interessado em dar-lhe um rumo novo, de maior qualidade e melhor conteúdo político.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final
Nuno Gomes Lopes disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Nuno Gomes Lopes disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Nuno Gomes Lopes disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Rui Farinas disse…
Meu caro Afonso Miguel. O facto de eu ter tido intervenção neste interessante fórum de discussão, leva-me a entrar de novo para, com todo o respeito, dizer o seguinte. O seu comentário revela uma certa confusão acerca da finalidade da regionalização, não se percebendo bem qual é o seu conceito. Tem nomeadamente uma frase que me fez saltar, quando fala das “guerrinhas Norte-Sul”. Afinal o senhor está a alinhar com um dos slogans preferido dos anti-regionalistas e demonstra que está a leste do que se passa no Porto e na sua Área Metropolitana.

Neste momento não tenho disponibilidade de tempo para esmiuçar os seus argumentos, mas vou aproveitar o pretexto e dentro de um ou dois dias vou postar um texto no “Renovar o Porto” onde, caso lhe interesse, o poderá ler.

Cumprimentos

p.s. Justíssimas as suas considerações sobre Espanha.
Nuno Gomes Lopes disse…
decidi apagar alguns comentários para não fazer a discussão divergir do essencial. espero que façam todos o mesmo.
Al Cardoso disse…
Caro Afonso Miguel:

O amigo esta quase como os "lisbetas", que olham para o mapa actual e toca a dividir por onde lhes parece melhor!
Quanto ao "Centro" ou "Beiras" que e o que mais me interessa;
Voce nao cre que por exemplo que municipios como Seia, Gouveia, Fornos de Algodres e Aguiar da Beira, que tem muito mais ligacoes com Viseu, mas que estupidamente foram incluidos no Distrito da Guarda no seculo XIX, nao tem nada que ver nem com uma regiao "Beira Litoral" nem com uma "Beira Interior"? Ainda tambem poderia incluir a estes, tambem os municipios de Mangualde e Penalva do Castelo!

A haver uma regionalizacao nos os "serranos" da aba norte da "Estrela", so poderemos concordar com uma grande regiao das "Beiras".
E ja agora eu pessoalmente gostaria de ver a sede dessa regiao, numa localidade de menor dimensao, nao posso concordar com novos centralismos!

Um abraco regionalista dalgodrense.
Anónimo disse…
Espanha continua com zonas mais ricas e zonas muio mais pobres, mesmo depois da regionalização.
Catalunha e Madrid= zonas ricas.
Estremadura e Andaluzia= zonas pobres e atrasadas!

As cidades em espanha são centralizadas. Basta sairmos 2 kms do centro de Sevilha e só vemos campos de girassóis, não vemos casas, nem fábricas, nem equipamentos ou infra-estruturas.
Só para dar um exemplo...

Também ainda não percebo porque é que a Catalunha continua a reivindicar direitos e a sentir-se injustiçada quando já é a região mais rica de Espanha!

Não sou a favor da divisão em Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, pois, como já disse, isso iria aumentar e criar novos centralismos, mas, desta vez, o centralismo da região Norte iria ficar na cidade do Porto... e isso sim, isso já agrada a muitos "defensores do equilíbrio da nação" e "anti-centralistas"

Deixem-se de hipocrisias, por favor! Vamos ser honestos!

Anónimo, Maia.
Nuno Gomes Lopes disse…
anónimo da maia: que hipocrisias?

uma cidade não é centralista por si; uma cidade é uma cidade. e esse é um modelo de cidade muito interessante, vigente em muitas zonas do estado espanhol. acaba a cidade, acaba o urbano.

muito ao invés de entre douro e minho: não há cidade, não há campo. há alguma coisa de intermédio, sempre presente.

e, já agora, não é de mais lembrar que o estado espanhol não é homogéneo. outra das zonas mais pobres (4ª mais pobre), a galiza, repete os erros urbanísticos do norte de portugal. excepto santiago, o que se vê é uma rurbanização contínua. é isto que defendes?

e a catalunha, algum dia, será uma nação independente. junto com valencia e as baleares. é por isso que eles lutam. para já, maior autonomia dentro do estado espanhol. no futuro, indepedência.