Para reflectir!

O "nosso" TGV aéreo Porto - Madrid

Desde o início da rota Porto - Madrid, em Novembro de 2006, a Ryanair transportou já mais de 100 mil passageiros entre as duas cidades ibéricas.

Via Low Cost Portugal

Se a estes 100 mil juntarmos outros milhares que se deslocaram entre Lisboa e Madrid via Easyjet, coloca-se facilmente a questão de para quê apostar num meio que há-de custar milhares de milhões de euros quando temos algo que não custa nada ao país... Para além de que o bilhete sai mais barato ao utilizador...

no "Portuense"

Comentários

Philipp disse…
Bem visto!
Mas a importância do TGV, para mim, não é só a ligação a Madrid, mas sim a ligação a rede europeia de alta velocidade. Os nossos negócios têm que ir para além de Madrid e Barcelona. Um dia, se é que chegará, teremos rápidas e eficazes ligações a Paris, Milão
Pedro disse…
Caro Philip,

eu quando quero ir a Paris ou a Milão, vou de avião. Nem me passa pela cabeça meter-me no comboio, por muito rápido que ele seja...
Mesmo considerando os tempos de espera antes e depois do voo, deve demorar facilmente metade do tempo de uma viagem de "TGV"...

Cumprimentos,
Pedro
Philipp disse…
Caro Pedro,

O senhor tem noção que os alemães podem apanhar um comboio nocturno de Berlim a Nápoles, ou para Barcelona? Enquanto que para Portugal é um autêntico buraco negro. Eu estou convencido sim, que o TGV iria ajudar a aproximar as cidades portuguesas às cidades europeias. Claro está, quando se tiver uma infrastrutura bem oleada com as diferentes categorias de transportes, aí teremos uma máquina de transporte entre terrinhas portuguesas e terrinhas francesas mais eficaz. O exemplo de Paris e Milão foi ao lado, já que existem ligações RyanAir. Mas se eu falar em Carcassone, ou Andorra, ou sei lá. No entanto tem razão em afirmar que é mais barato e mais rápido de avião (não vamos competir, para já). Mas de um ponto de vista de sustentabilidade futura, os comboios mostram-se uma opção a ter em conta. Não? A não ser que ache tudo normal o que está acontecer com o clima...

Pegando no exemplo de Barcelona, aqui tão perto: tem mais ligações RyanAir do que o Porto (de longe) e não é por isso que dispensa a ligação ferroviária, rodoviária e marítma às cidades que tem voos para. Não basta um laço só.

Conclusão final mais pensada: o TGV, ou sei lá que projecto ferroviário mais eficaz, é para mim urgente num país como Portugal. Às vezes também penso que mais valia era tornar as linhas do alfa mais rápidas e re-estruturar toda a rede nacional para que facilitasse a mobilidade ferroviária ao ponto de realmente valer a pena andar de comboio. Coisa que (deve concordar comigo) hoje não se verifica. Se essa rede se extendesse a Espanha (não a Madrid em exclusivo) que depois nos ligaria a França e consequente Europa, pareceria-me bem jogado.
Não acha?

Philipp
hfrsantos disse…
Precisamos de um comboio mas nao de um TGV.
Precisamos do pendular a circular a 220km/h entre as capitais de distrito portuguesas e para Madrid.
Nao precisamos de um TGV a circular a 300km/h e a gastar mais dinheiro publico, mais investimento em centrais electricas para o TGV consumir e no futuro bem provavel em subsidios do Governo para que a empresa de TGV portuguesa nao abra falencia.
Os paises mais ricos e com a dimensao de Portugal teem Pendular a circular a 220km/h e a parar nas principais cidades e nao um TGV carissimo que so vai parar em 6 a 7 cidades de Portugal.
O Pendular é mais que suficiente para Portugal, é o adequado as necessidades do Pais.
Anónimo disse…
Caros Regionalistas, Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Antes de tudo, haverá que optimizar as infraestruturas ferroviárias actuais, mesmo aquelas que foram escandalosamente desactivadas em tempos idos.
É lamentável que a ligação Porto-Lisboa ainda tenha os constrangimentos conhecidos, desde há anos a esta parte.
O investimento nestas infraestruturas de transporte devem merecer prioridade em relação às restantes, devendo merecer o TGV, no entanto, o maior cuidado na sua análise e decisão, por ser muito controversa a sua viabilidade, mesmo em termos de longo prazo.
Entretano, a linha do Douro, por exemplo, com condições para ser uma ligação internacional (como o foi dezenas de anos atrás) e desdobrar-se em ligações de natureza turística, ambiental e cultural, continua a definhar-se e não há ninguém que lhe queira acorrer.
Nem sequer sabemos valorizar o que ainda temos de bom e útil, só porque é velho.

Sem mais nem menos,

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)