Pensamentos!

Presidência da República à portuguesa

Isto de ser PR, nesta país, é uma maravilha. Mandam-se umas bocas de cima da burra sobre as banalidades mais óbvias ou imaginárias, sacode-se a água do capote, lavam-se as mãos e ala que são horas da Santa Trincadeira! Há uns tempos era a desertificação do interior que preocupava Sua Excelência, ele que rasgou um capítulo inteiro da Constituição em 1993 - o da regionalização, sendo um dos fautores da situação actual;
(...)

no "servir o Porto"
.

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Relativamente ao exercício das funções de Presidente da República, tal depende muito ou tudo da personalidade que em determinado momento está nelas investido.
Relativamente ao actual, deve escrever-se que não há declaração pública que não seja medida, antes de proferida, com a máxima precisão, para causar boa impressão junto do eleitorado. Por outro lado, com este Presidente da República e com o devido respeito institucional, nunca se assistiu tanto a vulgaridade no pensamento político como a intervenções sem qualquer estatuto ou relevância culturais.
Tudo foi e tem sido determinado por uma exigência de carreira política tendente a conduzir a personalidade em causa ao topo da hierarquia da República, sem o mínimo deslize, independentemente da justeza ou não justeza das causas políticas.
Provavelmente ainda muitos se lembrarão da candidatura a primeiro ministro do Dr. Fernando Nogueira com um apoio pessoal do actual Presidente que, se não foi nulo, revelou-se insuficiente para a sua eleição como chefe do governo, em mistura com o "tabu", durante meses, relativamente à sua então candidatura à eleição para a Presidência da República que acabaria por perder em favor do Dr. Jorge Sampaio.
Por tudo, não admira que se tenha oposto a uma política de regionalização, fosse qual fosse a versão escolhida, mesmo a mais encolhida e tímida.
E, ainda relativamente ao exercício das funções de Presidente da República, deve ser a única posição política de Estado perspectivada em termos de médio e longo prazo, em que o primeiro mandato fica sempre condiconado pela manutenção da elevada probabilidade de eleição no segundo, obrigando a tomadas de posição politicamente correctas para nunca provocar o desgaste da preferência do eleitorado.
Um Presidente da República objectivamente atento a políticas de desenvolvimento (a obrigação do actual é majorada, apenas pela sua formação académica), já teria invectivado o Governo da República, pelo menos, a ensaiar novas políticas assentes na regionalização como factor de mobilização das populações e de criação de novas e melhores condições de desenvolvimento económico, social, cultural, tecnológico e outros, sem ceder à prática do casuismo político.
Está provado que a estratégia política dos "recados" mais ou menos sistemáticos ao Governo não dá resultados práticos e só serve o gaúdio da comunicação social que prefere aproveitar a polémica política (e as desgraças), bom exercício intelectual mas sem interesse para a melhoria das condições de vida das populações.
Com efeito, continuamos qualitativamente atrasados e começam a chegar notícias que seremos ultrapassados, quase em todos os indicadores, por países como a Estónia e a Eslováquia, em que este último teve de suportar os custos económicos e sociais da cisão política e territorial do anterior País a que pertenceu: a Checoslováquia.
Os nossos dirigentes políticos e outros (empresariais, culturais, educacionais, sanitários, judiciários, corporativos, etc., etc., etc.), na proporção que lhes compete, não começam já a ter sentimentos de vergonha por esta incapacidade ancestral de permanecermos na "cepa torta", indefinidiamente?

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)