Regionalização e desenvolvimento

(...) “Sem se pretender dar um fio condutor a este texto, optou-se por dar azo a uma análise sequencial de alguns termos escolhidos e, por aí, construir um todo unitário com alguma sequência lógica em torno da preocupação fundamental, do ponto de vista político: a necessidade urgente da regionalização.”

Por: Justino Manuel de Oliveira Marques


A tentação do discurso quando se trata de medidas com implicações na organização estratégica ou política da vida das pessoas, numa perspectiva duradoura de desenvolvimento, nunca trás nada de novo nem de útil para os desígnios regionais e nacionais de um grande projecto político como o da regionalização.

É assim porque a regionalização é a derradeira ferramenta política e estratégica (a acção, por excelência e quanto menos discursos, melhor) que falta utilizar para se poder implementar um sistema de governação que potencie o que existe de mais relevante na mobilização das populações de regiões em concreto, designadas com acerto e de acordo com critérios objectivos baseados na antropologia e na geografia.

Por outro lado, é a única que pode contribuir para nos fazer aproximar dos mecanismos políticos modernos e mais avançados utilizados pelos países que já estão muitas décadas para além do nosso nível de desenvolvimento e, relativamente aos quais, continuamos a atrasar-nos. Por isso, o valor político dos discursos é nulo quando não tem consequências práticas, isto é, nas condições de desenvolvimento e de melhoria de vida de uma determinada região ou do país como um todo unitário e equilibrado.

No fim, só é relevante a acção política real que, boa ou má, acaba por induzir consequências no quadro quotidiano e futuro das populações.
(...)

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Identificação a 100%.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)