Calados é que não!

Rui Moreira, no Porto Canal, foi claro: "Suspeito que vamos ter Regionalização quando já não houver dinheiros do QREN para distribuir".

Claro e directo, o presidente da Associação Comercial do Porto foi ao cerne, ao fundo da questão. O centralismo (existe mesmo, não é nenhum "papão") não está disposto a abdicar da gestão dos milhares de milhões de euros que desaguam em Portugal supostamente para ajudar as regiões mais deprimidas da Europa. Competência que, obviamente, teria que partilhar, se em Portugal, como está previsto constitucionalmente, existissem regiões administrativas.

A verdade é que, entre subterfúgios e dilações, os fundos que deveriam ser aplicados no Alentejo, no Algarve ou no Norte continuam a ser gastos na Grande Lisboa, canalizados para os grandes projectos "nacionais" como a travessia do Tejo, o aeroporto de Alcochete ou o TGV Lisboa-Madrid.

Nós, por cá, assistimos. Pelo menos, não fiquemos calados.

Fonte:
Correio da Manhã

Comentários

Anónimo disse…
É mesmo. Tem toda a razão. Mas este país está mesmo virado. Agora é o Luis Filipe Menezes a dizer que não foi ele o inventor da expressão "nem à bomba". É a Judite de Sousa a dizer que foi o Luis Filipe Vieira o inventpor da alternadeira que visitou o Papa. E outras coisas assim. Com a regionalização nada disto acontecia. Ciganos fugidos de africanos, é falta da regionalização... Gondomar, é... é... isso, Portugal no seu melhor, sem regionalização.
Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Em termos de ditos e reditos, uma vez por ano e pelo período de férias, os ósgãos de comunicação social devriam encerrar para dar férias completas aos jornalistas, editores, subdirectores, directores-adjuntos e directores.
Tenho a certeza que diminuía consideravelmente o consumo de ansiolíticos e outros remédios para a pré-demência e os factos eram reduzidos às suas dimensões reais, com a vantagem de nos livrarmos durante o mês dos "suspeitos do costume" em termos de notícias, análises políticas, económicas, sociais, etc.
Relativamente à transcrição da frase do dr. Rui Moreira, é lamentável que se subordine uma política de regionalização, administrativa ou autonómica, a critérios de distribuição de verbas. Na verdade, com este tipo de comportamentos continuaremos a assitir "ad aeternum", mesmo que se berre mais alto para os lados sulistas.
Enfim, ...

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)