De facto, o nível excessivo de concentração de poderes no nosso país é uma herança salazarista que sufoca o desenvolvimento do país como um todo.
Para os críticos da regionalização, basta observar que as autarquias transformaram-se em grandes polos dinamizadores da vida das populações no pós.25 de Abril, a partir do momento em que passaram a ser directamente eleitos. Só isso demonstra que a proximidade da administração das populações por via dio sufrágio é um elemento dinamizador da democracia e potencializador do desenvolvimento.
A questão consiste no seguinte: por que não avançar com a regionalização depois da experiência de sucesso com as autarquias? Por que não ampliar o processo de democratização ao criar o órgão intermédio que seriam as regiões autónomas?
A meu ver, isto tem a ver com uma falha no processo democrático.
O Estado central encontra-se capturado por um conjunto de interesses, muitos deles das apregoadas elites portuenses, que ganham muito dinheiro com o presente estado de coisas.
O centralismo interessa a muita gente pois assim conseguem administrar directamente:
(1) os fundos comunitários (veja-se o caso recente dos fundos do QREN que foram desviados para a frente ribeirinha de Lisboa)
(2) as receitas fiscais
(3) as empresas públicas, os empregadores mais generosos de Portugal.
Tudo isto fornece muito poder a esta elite que nunca abrirá mão desse estado de coisas. Bem pelo contrário, vão procurar sufocar cada vez mais as tendências autonómicas ao reforçar o municipalismo e negar as regiões. Afinal: dividir para reinar!!!!
Creio que a regionalização encontra-se eminente e derivará sobretudo de dois âmbitos:
(a) o fim dos fundos comunitários
(b) a obrigação de Portugal desviar fundos fiscais para as regiões mais pobres para cumprir obrigações comunitárias de combate à pobreza.
(c) a emergência de Euro-regiões.
Como dizia um amigo meu constitucionalista, a estratégia dos estados centralizadores consiste em centralizar a riqueza e dispersar a pobreza. Quando os fundos comunitários terminarem os estados centrais vão passar a batata quente para as regiões para se desenvolverem e criarem os próprios fundos.
Isso interessa à região Norte de sobremaneira pois a Euro-região Norte/Galiza vai ser a mais extensa e mais populosa da UE e vai ter um grande potencial de crescimento uma vez libertada das garras de Lisboa/Madrid.
Para mim seria para ontem.......
por "B." (leitor deste Blog)
.
Para os críticos da regionalização, basta observar que as autarquias transformaram-se em grandes polos dinamizadores da vida das populações no pós.25 de Abril, a partir do momento em que passaram a ser directamente eleitos. Só isso demonstra que a proximidade da administração das populações por via dio sufrágio é um elemento dinamizador da democracia e potencializador do desenvolvimento.
A questão consiste no seguinte: por que não avançar com a regionalização depois da experiência de sucesso com as autarquias? Por que não ampliar o processo de democratização ao criar o órgão intermédio que seriam as regiões autónomas?
A meu ver, isto tem a ver com uma falha no processo democrático.
O Estado central encontra-se capturado por um conjunto de interesses, muitos deles das apregoadas elites portuenses, que ganham muito dinheiro com o presente estado de coisas.
O centralismo interessa a muita gente pois assim conseguem administrar directamente:
(1) os fundos comunitários (veja-se o caso recente dos fundos do QREN que foram desviados para a frente ribeirinha de Lisboa)
(2) as receitas fiscais
(3) as empresas públicas, os empregadores mais generosos de Portugal.
Tudo isto fornece muito poder a esta elite que nunca abrirá mão desse estado de coisas. Bem pelo contrário, vão procurar sufocar cada vez mais as tendências autonómicas ao reforçar o municipalismo e negar as regiões. Afinal: dividir para reinar!!!!
Creio que a regionalização encontra-se eminente e derivará sobretudo de dois âmbitos:
(a) o fim dos fundos comunitários
(b) a obrigação de Portugal desviar fundos fiscais para as regiões mais pobres para cumprir obrigações comunitárias de combate à pobreza.
(c) a emergência de Euro-regiões.
Como dizia um amigo meu constitucionalista, a estratégia dos estados centralizadores consiste em centralizar a riqueza e dispersar a pobreza. Quando os fundos comunitários terminarem os estados centrais vão passar a batata quente para as regiões para se desenvolverem e criarem os próprios fundos.
Isso interessa à região Norte de sobremaneira pois a Euro-região Norte/Galiza vai ser a mais extensa e mais populosa da UE e vai ter um grande potencial de crescimento uma vez libertada das garras de Lisboa/Madrid.
Para mim seria para ontem.......
por "B." (leitor deste Blog)
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Comentários
Então o estado é muito controlado por elites do Porto?
Então: já que essa elite está no Porto e a gente do Norte quer a regionalização, façamos uma matança! Escusamos de ir a Lisboa! ;-D
Estou curioso em saber quem são.
Assim, n�o d�...
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,
Enquanto em qualquer cidade ou localidade do nosso País existirem "bibelots" polítricos, como se verifica na cidade do Porto e outras individualidades (não só no Porto) que têm o hábito de "amuar" quando a "vidinha" lhes corre menos mal, não iremos lado nenhum, para toda a infelicidade dos que defendem a regionalização como intrumento político genuíno de desenvolvimento no seu retorno às origens e que bem delas precisamos.
Sem mais nem menos.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)