PS Porto - outras ideias

Lusa

Pedro Baptista
, um dos candidatos à liderança do PS/Porto nas eleição marcadas para 25 de Outubro

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Pedro Baptista defende que o líder do PS/Porto "tinha que estar atentíssimo" a dossiês como a gestão do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, a expansão do metro ou a aplicação dos fundos comunitários e ser "uma força de pressão junto do Governo".

"O presidente da Federação não tem que estar aos gritos, mas tem que defender os interesses regionais", sublinha Pedro Baptista, afirmando que "centenas de milhares de milhões destinados ao Norte foram aspirados por Lisboa" e Renato Sampaio nada disse.

O ex-deputado garante que se for eleito travará "batalhas duras" pela defesa do Porto e da região.

"O secretário-geral do PS, comigo, terá um presidente leal, mas não absolutamente fiel", salienta.
Renato Sampaio prometeu bater-se pela regionalização administrativa se for reeleito para o cargo e Pedro Baptista diz-se "satisfeito" com este compromisso, mas acrescenta que o líder do PS/Porto, com a sua "cumplicidade" com o poder central, "entregou já todas as bandeiras regionais ao PSD".

Pedro Baptista assegura que, caso vença as eleições para a Distrital socialista, "a batalha será no sentido de que a regionalização seja um compromisso sagrado do PS para o próximo quadriénio".

No plano interno, Pedro Baptista compromete-se também a alterar o modo como são escolhidos os candidatos a deputados. Numa primeira fase, pretende seguir o "modelo holandês", em que os militantes locais indicam os seus candidatos após estes exporem as suas ideias.

Esse modelo seria aplicado "já em 2009", evoluindo depois para um sistema tipo "primárias americanas", em que qualquer eleitor, seja qual for a sua opção partidária, pode intervir na escolha dos possíveis candidatos.

"Estou convencido de que, com este método, grande pare dos actuais deputados serão substituídos e os novos terão uma posição muito mais activa e intensa, na defesa dos interesses daqueles que os elegeram", sustenta.

Pedro Baptista sustenta que o PS precisa de uma "sublevação democrática".

"Não tem sentido nenhum que os deputados que são eleitos pelos círculos sejam nomeados pelos directórios, porque se transformam nuns verbos de encher", salienta.
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Comentários

Anónimo disse…
Não se trata de travar "batalhas duras" pela região (a do Porto) mas de dar passos concretos e decisivos a favor da regionalização do País, em especial da implementação das regiões autónomas (7).
Mais um importante que um "compromisso sagrado" é uma responsabilidade assumida para implementar a regionalização, não de uma determinada região do País mas de todo o território nacional.
Um dirigente regional ou distrital, ou lá o que for, só atinge DIMENSÃO POLÍTICA se for defensor de causas vanguarda que beneficiem e contribuam para o desenvolvimento de todas as regiões e, como tal, da própria região em que é dirigente; de outro modo, nunca conseguirá créditos políticos a seu favor nem dará garantias políticas efectivas para executar os programas a que se propõe (é, sobretudo, mais importante fazer o que se propõe do que propôr).
Quanto ao resto, é muito mais importante "estar atento" aos problemas genuinos de dimensão política regional do que dar importância aos interesses alfaiáticos de projectos desenraizados e desintegrados de qualquer política regional como a anedótica proposta de "gestão privada do aeroporto de Pedras Rubras".
Estas poderão ser, propriamente ideias com outras origens.

Assim seja, amen.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
templario disse…
Caro pró-7RA,
Tirante a regionalização e autonomias (sou contra), concordo consigo na crítica à "Dimensão Política" do candidato do PS à concelhia do Porto.

Cheira a oportunismo político, chafurdando numa questão que está na moda em parte da nossa "classe" política. Cheira mal esta colagem para sobressair, pondo-se nos bicos dos pés.

Afinal quem anda a defender a regionalização? Onde se verificou até hoje um movimento popular nesse sentido? Qual o presidente de câmara que possa dizer que tem um movimento dos seus munícipes nesse sentido? Se alguém a defende com honestidade e patriotismo (supondo que disso está convencido), deve fazê-lo na dimensão nacional, de interesse nacional e não vir com esta demagogia.

O povo português não quer a regionalização, tem um saber de experiência feito e sabe que essa dimensão só serve os interesses de alguns e para lhes alienar o único e verdadeiro poder de proximidade que dispõe.

Elisa Ferreira, Fernando Gomes, LFMenezes e Companhia estão nessa via irresponsável para criar as condições de AMEAÇA SEPARATISTA a médio e longo prazo.

Cabe aos presidentes de câmara e de juntas de freguesia levantarem-se contra esta demagogia perigosa.
Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,
Caro Templário (em especial),

Os 3 primeiros parágrafos traduzem uma síntese política adequada.
Os 3 últimos parágrafos podem não corresponder bem à verdade, dado que os dirigentes municipais também enfermam da doença do curto prazo (idêntica à sequência das obras concelhias imitada uns pelos outros: estradas, pavilhões desportivos ou multi-usos, rotundas, lares de dia, auditórios, etc.), distraindo-se cada um por si e tentando distrair as populações (estas não se deixam distrair e, habitualmente, não costumam manifestar-se, preferem "falar" entre si - lembre-se que quem se manifesta tem sempre, por detrás, um sólido apoio sindical, para já).
Não tinha necessidade de mencionar os nomes que indicou porque tais protagonistas, no seu tempo político, nenhuma acção puseram em prática a favor da regionalização, mesmo na versão administrativa (e, agora, com o acantonamento da Doutora Elisa Ferreira na candidatura à Câmara Municipal do Porto, a situação a favor da regionalização COM DESTINO AO DESENVOLVIMENTO vai complicar-se, para nossa infelicidade colectiva, tanto regional como nacional; e investimentos como o Metro do Porto ou a gestão privada do aeroporto de Pedras Rubras - sei do que escrevo - não são exemplos consolidadores de uma política de regionalização com os protagonistas políticos actuais, podendo até ter (já tem) efeitos contrários). Uma maravilha da Natureza, estas andanças actuais da política portuguesa.
E, repare, tudo isto "A BEM DA NAÇÃO".

Como seria bom se assim não fosse, amen.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)