Foi há 10 anos o Referendo!

A Regionalização em Portugal

Ontem, 8 de Novembro de 2008, assinalam-se 10 anos sobre a realização do segundo referendo em Portugal. Este foi o referendo da Regionalização. Foram colocadas duas perguntas: "Concorda com a instituição em concreto das regiões administrativas?" e "Concorda com a instituição em concreto da região administrativa da sua área de recenseamento eleitoral?".

Era proposta a instituição de 8 Regiões Administrativas: Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes e Alto Douro, Beira Litoral, Beira Interior, Estremadura e Ribatejo, Lisboa e Setúbal, Alentejo e Algarve. A consulta pública obteve 34,97% dos votos favoráveis, 60,87% desfavoráveis, sendo contabilizados 76395 votos nulos (1,84%) e mais de metade dos eleitores portugueses abstiveram-se: 51,88% (dados da CNE). Destas percentagens resultou o mapa que se segue, com os resultados da votação por distrito.

Retirado da CNE

Aqui, no Registos Geográficos, foi realizada uma pequena sondagem cuja votação terminou ontem. Em votação: "Concorda com a instituição de regiões administrativas em Portugal?". Resultados: dos 40 votos que a sondagem registou, 10 (25%) foram contra a instituição de regiões administrativas e 30 (75%) foram a favor. Dos 75% dos votos favoráveis, 53,3% concordam com a instituição de 5 regiões administrativas, 30% concordam com a instituição de 8 regiões administrativas e 16,7% com qualquer divisão administrativa.

Embora estes resultados não sejam representativos, transmitem uma possível mudança de opinião. Caso se realizasse novo referendo talvez o 'sim' vencesse, mas as 8 regiões propostas em 1998 talvez não fossem a melhor opção para a proposta de votação.

Regionalização: sim ou não? Continuam a ser necessárias ideias precisas e um debate esclarecedor...

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Apesar de o referendo ter sido realizado há 10 anos, a proposta referendária de regionalização, com base em 8 Regiões Administrativas (mais 1 que as 7 Regiões Autónomas recomendadas e exequíveis) já tinha 22 anos de atraso, encontrando-se presentemente em perfeito estado de desactualização e desajustamento em relação à realidade política, social e económica actuais.
Por todas as razões, a regionalização é o instrumento político, por excelência, para assegurar objectivos políticos importantes e que não parecem inadiáveis para os nossos responsáveis políticos:
(1) Soberania
(2) Equilíbrio económico social
(3) Conhecimento e tecnologia
(4) Equilíbrio social
As palavras-chave que lhe correspondem são:
(a) Desenvolvimento
(b) Simetrais regionais
(c) Fixação das populações
(d) Valorização de recursos próprios
(e) Produção própria diferenciada
(f) Equilíbrio das contas externas
(g) Educação, formação e especialização
(h) Cooperação intra e inter-regional, numa base multipolar.
Um mandato legislativo não é suficiente para cumprir tos os objectivos ou desígnios nacionais e satisfazer todas as palavras-chave associaddas aos principais desígnios nacionais associados ao desenvolvimento.
Imaginem agora a transcrição de tudo o que foi antes exposto para atingir objectivos políticos no plano internacional.
O que pensarão então?

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)