Lisboa quer sempre mais !...

António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, põe condições para aprovar nova ponte

Costa, quer que o Governo pague obras na cidade

Para que o município aprove a obra, o presidente defende uma ponte com um tabuleiro mais baixo, que entre em túnel no local de amarração e que o Governo pague todas as obras necessárias a minimizar o impacte desta grande infra-estrutura no sistema de mobilidade de Lisboa.

A proposta municipal passa por baixar o tirante de água em 4,5 metros e fazer a ponte entrar em Lisboa em túnel ferroviário para a linha de comboio convencional e para a linha de alta velocidade e ainda outro túnel para a rodovia, acrescentando igualmente na lista de contrapartidas a apresentar ao Governo, a execução de três eixos rodoviários capazes de aguentar com o impacte de mais 38 mil carros em Lisboa.

É por estas e por outras que neste país tudo funciona ao contrário. Em vez de Lisboa, como cidade e região mais rica de Portugal, ser solidária com o resto do país, não, tem que ser o resto do país, mais uma vez, a ser solidário com Lisboa. Até quando?...

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Em sociedades intuitivas e insuficientes educadas (ou mal formadas), quem mais mais tem (poder, dinheiro, mordomias ou seja lá o que for) quer ainda muitíssimo mais, muitas vezes para consolidação de poder pessoal num ambiente político até democrático.
Estas tendências que se vão tornando realidade são as principais causas de desequilíbrios políticos e sociais nessas sociedades e o factor principal de atitudes rectificadoras, umas vezes pacíficas outras vezes violentas e destruidoras, sob o "espanto" cínico e cobarde dos políticos responsáveis pela sua eclosão.
No caso da nossa sociedade, é lamentável a insensibilidade social e cultural de quem exerce o poder político (central, "regional" ou local), por diversas vezes demasiado incapaz de compreender as razões objectivas que podem conduzir ao desenvolvimento equilibrado e autosustentado (há quem afirme, com segurança, que os nossos políticos ainda se encontram mergulhados nos ambientes característicos do século XIX - MENTALIDAEDES PAROQUIAIS E MESQUINHAS - quanto mais nos bem exigentes do século XXI).
Por isso, não nos surpreendamos com os comportamento de um dirigente municipal do calibre político do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e até de outras municipalidades, colocando todos os outros a pagar aquilo que compete aos municípios que dirigem. Se há 10 anos existia um "pântano político", actualmente não há nem substância, nem forma, nem estratégia políticas capazes de alterar o seu exercício em direcção ao desenvolvimento.
Desta forma, a única possibilidade, se entretanto não formos integrados numa Federação Ibérica em posição historicamente subalterna (é que, embora prevista há 32 anos, a regionalização nem sequer foi delineada), é enveredar por uma política de regionalização efectiva que prossiga altos desígnios nacionais e que valorize a utilização dos recursos regionais diferenciados para uma produção que assegure crescimento económico, cooperação intra e inter-regional, autosustentabilidade, equilíbrio inter-regional para eliminar as assimetrias de desenvolvimento existentes, a partir da mobilização de novos e melhores protagonistas políticos. E tão rápido quanto possível, colocando os políticos a olhar mais para o que precisa a sociedade do que para eles próprios.
Quando tudo isto estiver assegurado, não poderá ser dispensado o estabelecimento de políticas internacionais, viradas para o exterior, onde a COOPERAÇÃO INTERNACIONAL, EM TODOS OS DOMÍNIOS, DEVERÁ SER A REGRA FUNDAMENTAL DO EXERCÍCIO POLÍTICO DE TODAS AS SUAS DIMENSÕES.
Esta constitui uma viragem política essencial e mais que necessária para acompanhar os tempos actuais e futuros de forma a não perdermos a moderniadade exigente e vigente, sem renunciarmos (desistirmos da) à nossa identidade cultural, linguística, tradicional, ambiental e geográfica, a qual exige políticos de nova geração e preenchidos de ainda melhores qualificações políticas, técnicas, culturais e pessoais (carácter, personalidade, etc.).

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Teófilo M. disse…
E onde estará a teoria do 'utilizador-pagador' terá ficado no tinteiro ou é só para as auto-estradas do Norte e Centro.
Anónimo disse…
Caro Teófico M.

Essa teoria do "utilizador-pagador" só poderá ser encarada como uma boa anedota, mas trágica. São mais as vezes em que pagamos sem utilizar do que o contrário.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)