Bairros Municipais de Lisboa vendem electricidade gerada por painéis solares

Moura (Amareleja) - Central Fotovoltaica / mokkikunta

A Câmara Municipal de Lisboa pode vir a ganhar 160 mil euros/ano com a venda à EDP de electricidade obtida a partir de painéis solares instalados em escolas primárias e edifícios localizados em bairros municipais. O projecto de microgeração do município está a dar os primeiros passos, mas as expectativas são optimistas. A microgeração consiste na geração de calor ou energia de baixo teor em carbono por indivíduos, pequenas empresas ou comunidades.

Alguns benefícios deste tipo de investimentos incluem a criação de postos de trabalho associados à promoção e à evolução do solar fotovoltaico. O investimento na área dos sistemas fotovoltaicos pode criar empresas de produção, engenharia, instalação e manutenção, tendo, o emprego gerado, particular incidência a nível local e regional.

Série de artigos relacionados com o solar fotovoltaico:
  • “Photovoltaic Solar in Portugal”
  • “Moura (Amareleja) Photovoltaic Power Station”
  • “Moura Renewable Energies Project“
  • The world’s largest photovoltaic power station [PICS]
  • Serpa (Brinches) Photovoltaic Power Station [PICS]
  • Comentários

    Anónimo disse…
    Caros Regionalistas,
    Caros Centralistas,
    Caros Municipalistas,

    Trata-se de decisões de investimento com efeitos positivos nas finanças das Câmaras Municipais, ao instalarem equipamnto de de microgeração em edifícios públicos (pelos vistos, escolas e edifícos sob administração das autarquias), neste caso concreto a de Lisboa.
    Não existe autarquia que não tenha como sua propriedade os chamados "bairros sociais" (designação estigmatizante e desprezível para as pessoas e familias que para lá são conduzidas, sendo preferível e desejável que tais bairros passassem a designar-se por "bairros residenciais", com melhorias equivalentes nas condições qualitativas de alojamento, vivência individual, familiar e colectiva).
    Em tais "bairros residenciais" seria óptimo que as autarquias passassem a investir em micro geração, criando-se, pelo menos por esta via, uma "espécie de concorrência" (paga-se por um lado, mas recebe-se por outro) na produção e fornecimento de energia pela quase monopolista EDP (empresa que faz quase o que quer, neste domínio).
    Este tipo de investimentos locais, ao integrar-se numa política de energia regional com desenvolvimentos locais, é um excelente exemplo daquilo que o poder político centralizado se habituou a admitir com atraso de anos e anos, em verdadeiro prejuízo do bem-estar das populações e das condições do seu desenvolvimento.
    Por seu turno, é um exemplo particular do que deve ser feito em termos de políticas regionais, com efeitos multiplicadores para todos os intervenientes e interessados no aprofundamento e aperfeiçoamento das condições de desenvolvimento regional, a partir dos seus próprios recursos endógenos.
    Por isso, se a Câmara Municipal de Lisboa (e aoutras autarquias vierem a) estender aos "bairros sociais" esta política de investimentos em microgeração, para benefício directo dos seus munícipes está a dar um bom contributo para a credibilização de políticas locais e regionais e dos respectivos executantes.
    Estamos apenas perante um exemplo, um simples exemplo; não será difícil imaginar os efeitos da implementação de verdadeiras políticas regionais e locais, com maior sensibilidade em relação às respectivas populações, no quadro da regionalização autonómica.

    Assim seja, amen.

    Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
    Este tipo de iniciativas e outras como a promoção de projectos de desenvolvimento urbano centrados nos domínios da energia e da construção sustentáveis, que potenciem a acumulação de conhecimento e o surgimento de produtos, serviços e soluções inovadores, complementares entre si e induzindo novas funções económicas, poderiam contribuir para nos tornarmos num país melhor.