Aposta na Regionalização

Porque são um “instrumento de desenvolvimento territorial e de coesão nacional”, o Partido Socialista irá propor um novo referendo às regiões administrativas. Esta é uma das ideias que José Sócrates concretiza na sua Moção, que irá apresentar no Congresso Nacional do PS, em Fevereiro.

Nas orientações gerais que José Sócrates irá propor ao PS, para os próximos dois anos, assume-se que o PS é um partido a favor da regionalização e que o modelo que será defendido assentará nas cinco regiões administrativas.

Assim, o PS procurará apoio político e social que permita concretizar, na próxima legislatura, a questão da regionalização administrativa.

Lê-se na Moção que essa concretização passará sempre pelos “termos definidos pela Constituição”, pelo que se subentende que os portugueses serão chamados a pronunciar-se, em referendo, sobre esta questão.

Já aqui escrevi que, independentemente da forma, o importante é promover-se a abertura a um amplo consenso para a concretização desta reforma administrativa que o país, numa época marcada pela crise económica e financeira, tanto necessita, uma vez que nela se poderão encontrar alguns motores de desenvolvimento tão necessários à retoma económica.

Apesar da abertura à regionalização, a Moção a apresentar por José Sócrates, aposta ainda no contínuo reforço da descentralização de competências para as autarquias locais (que o PS quer ver com executivos homogéneos).


MARCO MARTINS  "Maia Actual"

Comentários

Anónimo disse…
Como comentário deste "post", vale tudo o que se tem exposto neste blogue, especialmente o mais recente comentário ao "post" anterior".
Por outro lado, é lamentável que se insista em soluções que nada têm a ver com a necessidade de implementar políticas reais de desenvolvimento da sociedade e de emancipação da nossa economia, a partir da regionalização estruturada e estrutural do nosso território como a da versão autonómica, a partir das 11 Rgeiões Natirais ou Históricas.
Por fim, masi lamentável ainda é persistir em soluções de natureza conjuntural para resolver problemas estruturais graves e, ainda mais condenável, é não dar ouvidos a vozes avisadas, tanto independentes como político-partidárias vão ver ás suas consequências nas próximas eleições legislativas, pelomenos) para continuar a atender aos critérios e ao alinhamento de soluções cozinhadas nos ambietens caracterizados por uma assumida e histórica cortesanice.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Marco Martins disse…
Há vários modelos de regionalização na Europa e no Mundo que nos provam o contrário. Alguns deles tornaram-se mesmo bons exemplos de motores de desenvolvimento. Concordo que possam existir, por posição histórica e cultural do país, receios na adopção deste modelo de gestão, mas estou certo que ele é necessário e que o seu atraso é também responsável pelo estado em que nos encontramos.
Marco Martins disse…
Aproveito para informar que o MAIActual (maiactual.blogspot.com) lança hoje um inquérito aos seus leitores sobre a Regionalização, mais propriamente, sobre a possibilidade de se criar um consenso nacional à volta desta questão.
Fica aqui o convite para participarem.