Pensamento de Domingo

A Regionalização é já uma velha questão, cercada de vícios centralistas e de medos de partilha do poder. E, no entanto, toda a gente sabe – a começar pelo Governo – que a ausência de uma visão regional do território e a incapacidade de dar poder decisório (e voz) às regiões, têm sido pesadas limitações à construção do desenvolvimento. E têm sido, também, factores de resistência à racionalidade de algumas políticas reformistas, como se viu, por exemplo, com a saúde. Mas para o Tereiro do Paço é sempre mais útil e fácil dividir o mal pelas aldeias.

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

O processo político da regionalização está cercado do pior que existe nos seus condicionamentos, limitações e, pior que tudo, SUSPEITAS. Como não há forma eficaz e segura de se obter as condenações justas (aqui não existe profissionalismo) e CORAGEM para efectuar os reajustamentos necessários (aqui somos hipócritas, cínicos e cobardes), em tempo útil, só resta SUSPEITAR, logo desde o início, em relação a quem quer que seja. No nosso País, estar sob suspeita é regra e não excepção, seja qual for a circunstância da nossa vida, tanto para o bem como para o mal. E esta característica do nosso País não é e nunca foi um bom sintoma, é revelador de uma doença social crónica que tem como virus alimentador os defeitos indicados antes, a inveja e a falta de educação (pela família) e de cultura (pela familia e pela sociedade).
No entanto, os que menos suspeitas apresentam, logo de início, são geralmente os que mais prejuízos (individuais e sociais) causam logo a seguir, a prazo. O nosso relacionamento é sempre pautado pelo princípio das "más intenções" ou das "suspeitas" (tantas vezes infundadas), na grande maioria dos casos, tanto sobre pessoas exemplares como sobre vigaristas. O processo político da regionalização não foge a estes estigmas, os quais só podem ser ultrapassados pela intensificação de movimentos cívicos (os partidos que se adaptem) que preparem e accionem a formação de regionalistas em cada Região Autónoma na consciência de que o desenvolvimento do nosso País só pode assentar na implementação da regionalização e, dentro desta, com a regionalização autonómica: criação e implementação de 7 Regiões Autónomas, com obediência ao princípio da subsidiariedade e complementaridade inter-regional.
Mas este processo NÃO PODE ficar só por aqui e terá de dar uma forte sacudidela no funcionamento e estrutura dos Órgãos de Soberania (nos termos em que aqui já foi explicado e definido), para que todo o processo de regionalização possa surtir os seus reais efeitos na nossa sociedade, sempre com a participação de novos protagonistas políticos.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)

PS - Atente-se, agora, no tipo de País que somos ao publicitar-se a realização de um programa televisivo dedicado a uma só pessoa, com a profissão e reputação conhecida individualmente em muitos pontos do globo mas que pelo nosso País não fez ainda absolutamente nada, excepto ser campeão de companhia sexual de muitas meninas que, estas sim, costumam estar sob suspeita (não sei se justa ou injustamente). Isto diz tudo.
Será para nos afastar dos maus pensamentos que possam resultar de nos vermos cercados pela crise em fase de início? Se a intenção for essa de nada adiantará e será um péssimo serviço prestado ao País.
Agora, imaginem o que teria já acontecido se não pertencêssmos à União Europeia? Imaginem todos vós porque não o digo, mas tenho a certeza que já era facto consumado.