Regionalização: Qualquer passo é «positivo»

Regionalização: Qualquer passo é «positivo» - Mendes Bota

O líder do PSD/Algarve e rosto do movimento «Regiões, sim!» considerou hoje que qualquer passo que se dê no sentido da regionalização é «positivo», mas sublinhou que não basta haver um referendo sobre a questão.

«Não basta um referendo», afirmou, em declarações à Lusa, acrescentando que é preciso «reequilibrar» a questão da reforma administrativa, sujeita ao «espartilho mais duro» que existe em termos constitucionais.

Mendes Bota reagia à moção política apresentada domingo por José Sócrates para o Congresso do partido, que acontece entre 27 de Fevereiro e 01 de Março, em Espinho, segundo a qual o PS assume ser a favor da regionalização com base no modelo das cinco regiões.

O líder da distrital de Faro do PSD é um dos fundadores do movimento cívico «Regiões, sim!», criado no ano passado e que, segundo os seus estatutos, extinguir-se-á no dia em que for realizado o referendo à regionalização.

A moção do secretário-geral do PS, apresentada domingo, define como meta nas legislativas a maioria absoluta, promete reforçar os direitos dos imigrantes, dá abertura ao «casamento civil» homossexual e prevê voltar a referendar a regionalização.

«Há condicionalismos excessivos ao referendo, o que não se passa em relação a nenhuma outra matéria», diz o líder social-democrata, lembrando que para que o resultado seja vinculativo tem que haver com uma participação igual ou superior a 50 por cento.

«O compromisso político do PS é avançar mais na descentralização de competências para as autarquias locais. E é procurar o apoio político e social necessário para colocar com êxito, no quadro da próxima legislatura, e nos termos definidos pela Constituição, a questão da regionalização administrativa, no modelo das cinco regiões», refere a moção.

"Diario Digital"

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

O salário mínimo é uma das regras vigentes no nosso sistema económico, sem qualquer futuro nem condições de exigência.
Por outro lado, os serviços mínimos, como é o caso do texto deste "post", confirmam essa falta permanente de exigência, onde até na delicada e importante questão política da regionalização, admitir que "dar qualquer passo é positivo" anuncia uma resignação e uma falta de inciativa políticas que nunca poderão servir nenhuma estratégia política em direcção ao desenvolvimento.
A partir deste momento, a sociedade portuguesa está perante um dos seus maiores equívocos, sem qualquer perspectiva de mudar qualitativamente, muito ajudada pelo carácter turnista dos nossos políticos que demonstram uma falta dramática de visão política e estratégica.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
O Dr. Mendes Bota não acerta uma.
A regionalização do grande timoneiro é transferir meia dúzia de funções de outros ministérios para as CCDRS e dar-lhe um novo nome. Mais pomposo, mais regional....
E os papalvos vão comendo e rindo...
Anónimo disse…
Caro Anónimo disse ... das 10:35:00 PM,

Sugiro que reaprecie o seu texto. Tem assim tanta certeza disso?
Há tanta gente com os olhos abertos para a realidade, incluindo o partido no poder, mas são olhos inchados de miopia política.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)