Ontem enquanto ouvia as escolhas de Marcelo na RTP, crónica semanal do conhecido comentador, professor, político fui confrontado com um argumento que pareceu no mínimo desonesto. O Professor Marcelo Rebelo de Sousa falava de necessidade de adiar a questão da regionalização, trazida a debate pelo Secretário Geral do PS, através da sua Moção de Orientação Política, sob o argumento de que perante a crise económica que estamos a viver devemos ter outras prioridades.
Perdoem-me a virulência da afirmação, mas aquilo que o Professor Marcelo Rebelo de Sousa diz, é falso. Será razoável dizer-se que uma forma intermédia de gestão política entre o governo da república e o poder local possa ser mais ineficiente do que o sistema monocêntrico em que vivemos há mais de 30 anos e cujos resultados não tem sido muito animadores? Parece-me que não!
Será que a competitividade inter-regional a ser promovida pela regionalização não é algo que faz falta a um país que parece ter medo de competir com os outros países porque nunca aprendeu a competir consigo próprio?
Será que não é mais fácil cuidar de uma "propriedade" cujos terrenos a vista alcança, com o conhecimento que apenas a proximidade confere, do que gerir o país através de mapas, números e estatísticas tantas vezes longe da realidade?! Parece-me também que sim.
A isto acresce a comparação com outros países que adoptaram sistemas de governos regionais e que entraram, naturalmente, numa espiral de crescimento e progresso (Espanha é disso um bom exemplo).
A regionalização existe na Constituição da República desde 1976 e, desde então, sempre que alguém a traz para a agenda política muitos são os que a ela se atiram ferozmente!
Não consigo vislumbrar as razões, assentes no superior interesse do Estado e do País, que legitimem estas tomadas de posição; talvez o facto de os corredores do poder ficarem mais largos, mais próximos, mais distribuídos, mais acessíveis, mais plurais e mais participados justifique a fobia de alguns!
Importante é não esquecer que adiar a Regionalização é adiar Portugal!
PEDRO SOUSA
Perdoem-me a virulência da afirmação, mas aquilo que o Professor Marcelo Rebelo de Sousa diz, é falso. Será razoável dizer-se que uma forma intermédia de gestão política entre o governo da república e o poder local possa ser mais ineficiente do que o sistema monocêntrico em que vivemos há mais de 30 anos e cujos resultados não tem sido muito animadores? Parece-me que não!
Será que a competitividade inter-regional a ser promovida pela regionalização não é algo que faz falta a um país que parece ter medo de competir com os outros países porque nunca aprendeu a competir consigo próprio?
Será que não é mais fácil cuidar de uma "propriedade" cujos terrenos a vista alcança, com o conhecimento que apenas a proximidade confere, do que gerir o país através de mapas, números e estatísticas tantas vezes longe da realidade?! Parece-me também que sim.
A isto acresce a comparação com outros países que adoptaram sistemas de governos regionais e que entraram, naturalmente, numa espiral de crescimento e progresso (Espanha é disso um bom exemplo).
A regionalização existe na Constituição da República desde 1976 e, desde então, sempre que alguém a traz para a agenda política muitos são os que a ela se atiram ferozmente!
Não consigo vislumbrar as razões, assentes no superior interesse do Estado e do País, que legitimem estas tomadas de posição; talvez o facto de os corredores do poder ficarem mais largos, mais próximos, mais distribuídos, mais acessíveis, mais plurais e mais participados justifique a fobia de alguns!
Importante é não esquecer que adiar a Regionalização é adiar Portugal!
PEDRO SOUSA
Comentários
Caros Centralistas,
caros Municipalistas,
A intervenção do Professor já aqui foi comentada, no texto do "post" que evidenciou as posições que tem tomado a respeito da regionalização, nomeadamente na sua comparência numa das sessões organizadas pelo senhor Presidente da Câmara Municipal do Porto e da famigerada Área Metropolitana do Porto.
Agradeço que o consultem.
Sem mais nem menos.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)