Bragança - PCP rejeita Região Norte

|Mensageiro Notícias|

O PCP acusa PS e PSD de não defenderem os interesses do Nordeste Transmontano

A Comissão Concelhia de Bragança do Partido Comunista Português (PCP) acusa os Partido Socialista (PS) e Partido Social Democrata (PSD) de votarem contra os interesses de Bragança e do Nordeste Transmontano, ao reprovarem a moção da CDU que solicitava que a Assembleia Municipal se 
pronunciasse sobre a criação da Região de Trás-os-Montes e Alto Douro, apresentada na Assembleia Municipal de nove de Fevereiro.

Em conferência de imprensa, realizada na semana passada, o PCP refere estar preocupado com o facto de ver “cada vez mais longe a possibilidade de termos uma região própria, Trás-os-Montes e Alto Douro, e cada vez mais vemos autarcas e deputados do distrito a alinharem com o poder central e a aprovarem a Região Norte”, explicou José Castro.

Recuando a 1998, José Castro lembrou que “o PS aprovou a regionalização e a criação da Região de Trás-os-Montes e Alto Douro em Assembleia da República (AR), juntamente com os partidos de esquerda, mas, passados dois dias, traiu com o negócio que fez com Marcelo Rebelo de Sousa ao propor o referendo. A partir daí estrangulou o processo todo.

A AR chegou a aprovar a criação da Região Trás-os-Montes e Alto Douro e depois foi recusada pelo PS e PSD. Em 1998 o PS e PSD recusaram avançar com o processo de regionalização e em 2009 voltam a ir nesse caminho”.

O PCP justifica o desenvolvimento da região na criação da Região Trás-os-Montes e Alto Douro, uma vez que, como sublinhou José Castro, “quando se faz a regionalização o que se pretende é dar voz a circunstâncias, contextos bastante diferenciados uns dos outros.

Esse contexto diferenciado e diverso só fica espelhado no mapa do país se se conseguir separar o Entre Douro e Minho da região Trás-os-Montes e Alto Douro”.

Caso as cinco regiões propostas pelo Governo sejam constituídas, criando-se a Região Norte que abarca Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes e Alto Douro, “vai acontecer o que continua a acontecer neste país, isto é, durante vários quadros comunitários de apoio utilizam-se os índices de baixo nível de desenvolvimento, basicamente conseguidos pelas condições de vida que existem no nordeste transmontano, para conseguir fundos que o Estado posteriormente aplica no grande eixo litoral, entre Braga e Setúbal, onde tem feito o desenvolvimento possível do país”, acrescentou.

O partido considera que apenas a Região de Trás-os-Montes e Alto Douro, eleita democraticamente pelos transmontanos e durienses, poderá decidir o planeamento e gestão do desenvolvimento económico, social, cultural e ambiental do território, bem como sobre os investimentos a realizar e infra-estruturas a criar.

Para o PCP será importante uma tomada de posição dos partidos, como adiantou José Castro: “o partido vai lutar pela região e vai exigir aos seus adversários políticos que se comprometam”.
.

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

A nível partidário, apesar desta solução do Partido Comunista de Bragança ir no bom sentido, as propostas conhecidas ainda se baseiam na solução administrativa da regionalização.
Tais propostas não conseguem ainda vislumbrar as necessidades efectivas das populações, em termos de desenvolvimento, apenas asseguradas pela solução da regionalização autonómica, com novos protagonistas políticos e reestruturação do Estado.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)