Centro Ambiental em Faro

Foi notícia na edição passada do barlavento: «Parque Expo defende Marina e Centro Ambiental» em Faro, «um pólo de atracção internacional» na zona do Bom João e Porto Comercial. Boas notícias. Desde 2007, inclusivamente nas páginas do «barlavento» de 19 de Julho, que tenho vindo a defender publicamente a ideia de um Oceanário na Ria Formosa, em Faro.

Pode chamar-se Oceanário, Centro Ambiental ou qualquer outra coisa. Deve é ter dimensão, ter infra-estrutura física complementada com exposições vivas na Ria, ter vertente científica e projectos reais de investigação em associação com a Universidade e apoiando actividades novas e as tradicionais de marisqueiro e piscicultura.

Neste contexto, dever-se-ia planear a médio prazo para integrar o Centro Internacional de Ecohidrologia Costeira da UNESCO no Centro Ambiental, em lugar de ficar espartilhado entre Faro, Olhão e Vila Real de Santo António.
No Algarve, temos que pensar alguns equipamentos com dimensão para terem forte impacto internacional ou perdemos pontos em relação a outros destinos turísticos. Por vezes, não temos é liderança regional para escapar à lógica das capelinhas e de cada município a reclamar o seu retalho. E, sem regionalização e um poder regional, é natural que não tenhamos essa liderança.
Faro tem condições únicas no Algarve para complementar a nossa região com um grande complexo de Natureza, Náutica, Ciência e Turismo. Tem a Ria, a Universidade e o aeroporto às suas portas, e tem em marcha o Plano Estratégico de Faro para a Ria Formosa e o Polis da Ria Formosa, incluindo uma Marina Internacional.
Façam-se rapidamente os estudos de viabilidade, funcionamento e de financiamento. É um passo prévio fundamental para uma Câmara em sérias dificuldades financeiras e que não tem sido dado noutras situações.

Sérgio Martins, Técnico Superior de Turismo, in barlavento - semanário regional de 29JAN2009

Comentários

Este é mais um exemplo da falta que faz um poder democrático intermédio que preencha o enorme vazio, hoje existente, entre os níveis infra-estadual e supra-municipal.

Esta escala de decisão (regional) é, actualmente, preenchida (mal) pela chamada administração desconcentrada do Estado Central - CCDRs e Direcções Regionais - e, noutro plano, pelas Associações de Municípios.

É facil concluirmos que, pela natureza destas instituições, em ambos os casos, os interesses regionais não são bem defendidos.
Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Primeiro é preciso definir altos desígnios nacionais a prosseguir, transcrevê-los para políticas regionais (só podem ser diferenciadas e de acordo com as características de cada região - de cada uma das 7 Regiões Autónomas) e, depois, integrar os projectos que satisfaçam os objectivos a prosseguir com tais políticas regionais.
Não o fazer será pura demagogia.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)