Elisa Ferreira: Uma mulher do Norte

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Na Assembleia da República, no Governo ou no Parlamento Europeu, nunca deixou de ser catalogada como "mulher do Norte", título que ganhou força na sua passagem pela antiga CCRN, onde foi vice-presidente. Além disso, foi assessora de Fernando Gomes na Câmara do Porto.

Como ministra do Ambiente de António Guterres, resolveu dossiês ligados à área metropolitana, como o abastecimento de água. O Douro Património Mundial e as aldeias históricas são outras marcas desta independente, que, como ministra do Planeamento, estruturou o 3º Quadro Comunitário de Apoio, que incluiu o "Porto 2001" e o metro. Professora universitária, doutorada em Economia, também foi vice da Associação Industrial Portuense e é administradora da Fundação de Serralves.
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Comentários

Luis Melo disse…
Tal como já disse aqui Elisa Ferreira vai fazer um frete ao PS candidatando-se à C.M. Porto nas autárquicas de Outubro, mas ficará aliviada quando perder e voltar para o sossego de Bruxelas. Ela própria disse, que será novamente candidata ás europeias de Junho.

De qualquer das formas, a candidatura terá de ser séria. Elisa Ferreira é uma política credível e habituou-nos a bons desempenhos. No entanto começa mal, por culpa do partido de que é simpatizante e por quem se candidata.

Elisa tinha prometido na sua candidatura um grupo de "mulheres e homens de bem empenhados em relançar o Porto". Ora, o que se viu na sessão de apresentação da candidatura foi: José Sócrates, Mário Soares, Fernando Gomes e... Pinto da Costa.
Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Esta candidatura de Elisa Ferreira à CM do Porto é o canto do cisne relativamente a tomar outras responsabilidades políticas de dimensão regional, não no famigerado Norte, mas no quadro das futuras 2 Regiões Autónomas que o hão-de definir a prazo, trata-se apenas de uma questão de tempo.
Nem a cerimónia de apresentação da candidatura foi aproveitada para evidenciar quem e o que (estrategicamente) poderá vir a ter peso político nas decisões que as futuras regiões irão implicar, dentro da preocupação de o exercício autárquico na CMP poder servir para uma experiência ulterior mais vasta na futura estrutura de governos regionais e autonómicos.
Nada disso, o que se viu foi uma participação massiva de elementos do "estado maior" partidário centralista no "juramento de bandeira" de uma candidatura que do Porto (por se tratar de uma candidatura à Câmara) só teve a candidata, a canção, o intérprete e uma comparência envergonhada do Presidente do FCP (dizem os jornais que estava sentado na última fila).
Esta é a pior forma de se apresentar uma candidatura local; trata-se ainda de um péssimo prenúncio para o que virá em termos de estrutura e estratégia para a constituição das futuras regiões, mesmo administrativas quanto mais autónomas.
Continua o quanto pior melhor, infelizmente.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)

PS - A candidatura do Dr. Rui Rio está a deliciar-se com o que foi dado a ver; o que andam a fazer os estrategas partidários e os consultores de informação e comunicação? A ganhá-lo, somente?
JOSÉ MODESTO disse…
Parafraseando uma celebre frase: Porque no te callas Elisa.
Anónimo disse…
Tenho, ao contrário de certos seus admiradores, uma má opinião como portuense e nortenho sobre Rui Rio, um mau presidente da Câmara da minha cidade, pois só liga à zona da Boavista e Foz, fala muito nela mas parte da reabilitação urbana da baixa tem sido planeada contra os interesses dos proprietários legítimos ameaçados de expropriação se não cederem nas condições que a Porto Vivo decide, um presidente que fez do Porto um deserto cultural (menos as corridas de carrinhos de que gosta)e de aviões, que não respeita muitas das associações da cidade nem os seus habitantes, que só tem aumentado taxas sobre a água e outros serviços, ...
Quanto a Elisa Ferreira acho que a sua candidatura devia ter sido há quatro anos e congregar, ou pelo menos tentar, os cidadãos que ainda se importam com a sua cidade. Agora, depois do exílio dourado de Bruxelas e com Sócrates ao lado, tenho muitas dúvidas sobre o seu sucesso, pois muitos portuenses deverão castigar Sócrates e lá teremos infelizmente outra "grande vitória" enganosa, como as anteriores do actual e insensível presidente. Vai ser como nas legislativas: os dois principais partidos escolhem quem querem, sem dar cavaco, e o zé-povinho vai na conversa, com abstenção elevada.
Pergunta: por que é que se não organiza uma candidatura apartidária que concorra à Câmara, com uma plataforma aceitável e que congregue os portuenses que não são empregados ou lacaios de Rui Rio ou do PS?
Anónimo disse…
Caro Zangado,

É uma ideia.
No entanto, qualquer candidatura exige um mínimo de organização e de objectivos, tanto estratégicos como funcionais para poder ser credibilizada politicamente junto do eleitorado.
Em termos organizacionais, por exemplo foi, proposto que se constituisse uma FRA e uma ACRA, para os objectivos da regionalização autonómica, sem qualquer eco positivo por parte de quem tem da regionalização uma referência política de desenvolvimento.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
JOSÉ MODESTO disse…
Persistir nas duas candidaturas: Câmara e Parlamento Europeu Elisa Ferreira deixa por terra aquilo que um Politico deve fazer.
Não partilho de forma alguma esta candidatura.
Anónimo disse…
Caro José Modesto,

Na política terá de seguir-se também a via da especialização. Com efeito, é normal verificar-se que presidentes de câmara e ministros também estão incluidos nas listas de deputados nacionais e de deputados europeus e não sei se vice-versa (já vi deputados como mebros das assembleias municipais, etc., etc.).
Qual o interesse público de ter um candidato numa lista para a câmara municipal e numa lista para deputado europeu, simultaneamente?
É só para, se não correr bem a primeira, estar seguro na segunda? Isto é uma necessidade política inultrapassável ou uma garantia de emprego?
E se for a segunda hipótese, não estaremos perante injustiças tanto mais inaceitáveis quanto o agravamento dos índices de desemprego, onde um simples trabalhador, competente, especializado e dedicado a um único trabalho, nem sequer hoje ou amanhã consegue garanti-lo?
Ao termos conhecimento destas situações, será que os políticos se convenceram que as populações não estão "a par do assunto"? E não terão os partidos nas suas fileiras mais ninguém que possa servir como alternativa igualmente válida, dando a cada interveniente ou candidato a possibilidade de exercer a função ou cargo político para que tem competências e em que é especialista?
Por isso, a candidatura da Doutora Elisa Ferreira vai ter muitas dificuldades em ser eleita para a Presidência da Câmara Municipal do Porto que bem precisa de outro protagonista político.
Se assim for, "que se lixe", pelo menos o parlamento europeu poderá vir a ficar garantido.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
Leio e não acredito.
Esperava eu, que não voto no Porto, ver por aí aparecer um líder de futuro. Um REGIONALISTA, como candidato à Câmara Municipal. Com grande apoio popular e intelectual.
E o que vejo?
A Dra. Elisa, que conheço bem, por quem tenho estima e consideração, mas que sei que está a fazer um favor, em troca de um bom emprego em Bruxelas.
Basta a ver o seu olhar e o seu sorriso, tudo lindo, mas sem convicção.
Sempre com ar de festa...
Mário Soares e Pinto da Costa já estavam com os dois anteriores candidatos derrotados....
O futuro do PORTO não está nesta JUVENTUDE...