Reflexões

por, Anónimo pró-7RA.

Há cerca de 30 anos, a instalação de um posto telefónico numa aldeia recôndita da Região Autónoma de Trás-os-Montes, da Região Autónoma do Alentejo ou de qualuqer outra correspondia a um investimento médio de cerca de 1.000€; o tráfego gerado por esta instalação só ao fim de alguns decénios é que gerava receita suficiente para pagar o investimento; logo, foram as zonas territoriais mais densas do ponto de vista telefónico, as mais lucrativas, a pagar o "défice" daquele investimento (e esta situação verifica-se nas restantes actividades prestadoras de serviços às populações, o que leva inevitavelmente à retracção dos investimentos quando as empresas são privadas).

Sempre foi assim e assim continuará, pretendendo-se com a regionalziação a minimização daqueles défices, através do incremento da produção própria com empresas próprias (regionais), da valorização de todos os seus recursos e tudo em conjunto contribuir para reduzir os défices externos de diferente origem e o nível elevado de endividamento externo, em que ambos são gerados, numa elevada percentagem, pelas populações que habitam as regiões situadas no litoral (neste caso, as populações do interior e de norte a sul estão a pagar ao exterior, sem terem beneficiado de um consumo de bens correspondente, uma boa parte do excesso de consumo de bens das gentes do litoral que vai muito para além da produção obtida com recursos nacionais).

Agora apetece perguntar: - Quem paga o quê e de quem?

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