REGIONALIZAÇÃO - eis a questão?


Dentro de uma visão psicológica, diz-se que o ser humano Maduro, é aquele que tem uma grande experiência de vida e uma visão melhor dessa no sentido filosófico.

Portugal é um País com assimetrias regionais bastante acentuadas, nas áreas mais pobres investimos mais na construção de equipamentos e de infra-estruturas do que na promoção de actividades que permitam a criação de emprego.

Facilmente assiste-se ao encerramento de um centro médico… e á abertura, por exemplo uma piscina municipal!!!

Não tenhamos dúvidas, todos queremos o melhor para a nossa Região.

Apesar de estar firmemente convicto que a instituição das regiões administrativas possam contribuir para reduzir os gastos públicos, o que considero, verdadeiramente, essencial é que, não os aumentam.

Portugal está abaixo da média da UE em termos de autarcas eleitos. É pura demagogia, para não dizer outra coisa, dizer-se que Portugal tem excesso de representação autárquica. Aonde Portugal apresenta indicadores, verdadeiramente, excessivos é em termos de nomeações políticas por parte do poder central e, também, no número de deputados da Assembleia da República.

O acto de Iniciar ou fazer Politica não tem nem deve ser efectuado somente na Capital, poder-se-á fazer ou iniciar na região onde o Futuro Politico dessa fora a escolha dos cidadãos.

O tema Regionalização não terá muita relevância nos próximos debates eleitorais. Em altura de crise, haverá outras prioridades. Além disso, todos sabemos que num momento de crise todos os Estados se Centralizam….

Vamos continuar com o debate aberto, fazendo com que o mesmo Fique Maduro actual e que num futuro próximo se faça a consulta Popular, mas atenção: Se desta vez falhar, então não haverá Regionalização tão depressa. Costuma dizer-se que não há duas sem três.
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Comentários

JOSÉ MODESTO disse…
Agradeço a publicação do meu artigo no vosso blogue. O debate publico é fundamental, precisamos da Regionalização. O vosso Blogue é importante demais no actual contexto, REGIONALIZAÇÃO SEMPRE.
Anónimo disse…
O cenario do iberismo e do regionalismo opoem- se...uma esquerda rica julgando- se iluminada defende o iberismo, uma outra defende o regionalismo.Claro que ha excepcoes mas no compto geral e' isso que sobressai... Ambas teem bons oradores, numeros estatistcos uns melhor emoldurados que outros. No's os pagadores sabemos que a coisa que menos preocupa estas elites que creem que o dinheiro 'nasce' nos bancos e as couves nos super mercados e' quanto vao custar estas suas aventuras... Entre as duas faccoes prefiro os regionalistas... Ao menos deixam-mos uma

identidade... O povo ja respondeu uma vez o que queria e,sendo-lhe dada a oportunidade repetira estou certo da mesma forma!
Dcs
Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Aos defensores da regionalização só resta a intensificação do debate, não de um debate qualquer mas de um debate objectivo e suportado por critérios e métodos o mais exactos possíveis e melhor enquadrados nas expectativas de desenvolvimento das populações que visa concretizar.
Para isso, é necessário uma visão política estrutural e estratégica para o nosso País, enquadrada numa preparação efectiva do futuro das nossas populações regionais e que concretize todo um plano de reestruturação do Estado, de acordo com o princípio organizativao de "baixo para cima" (a partir das freguesias e dos concelhos existentes, esquecendo de vez as organizações "nado-mortas" das CU's, CIM's, AM's, etc.) e no cumprimento das acções políticas a desenvolver "de cima para baixo" (para dar o exemplo e exercitar a competência).
Finalmente, tudo isto se deve enquadrar num PROGRAMA POLÍTICO com altos desígnios nacionais (até hoje inexistente, em democracia, o que é politicamente gravíssimo) e com base na regionalização autonómica (7 Regiões Autónomas) e na consequente e profunda reorganização de todo o Estado, como aqui já tive a oportunidade de apresentar numa proposta que nunca foi comentada pelos frequentadores deste "blogue" e que, como quem cala consente, tem merecido por isso aprovação.
Para tal, precisamos de políticos estadistas e não dos habituais políticos-de-turno, tanto os que estão em funções como os que se perfilam no horizonte mais ou menos longo.

Sem mais nem menos.

Anónomo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
Ai'esta uma coisa que ambos concordamos:- os politicos de turno...e' por isso que temos medo e desconfiamos.
Dcs
Caro Dcs:

A única forma de eliminarmos estes políticos de turno, e de os tornarmos em políticos e governantes de facto, que olhem verdadeiramente para o interesse das pessoas e do país como um todo, é acabar com o centralismo existente, criador dos lobbys que têm sido o cancro da nossa democracia.

A Regionalização não é, assim, uma "ameaça à identidade nacional". Antes pelo contrário, fortalece-a. Se as pessoas sentirem o poder mais próximo e colaborante, o que acontecerá com a Regionalização, e puderem tirar dividendos, protestar e participar activamente nas medidas que construam o futuro da sua terra, da sua região e do seu país, vão ter mais orgulho em serem portuguesas, de um país onde todos estão em circunstâncias mais iguais, onde não acontecem coisas como gastar-se 5 mil milhões de euros a remodelar a frente ribeirinha de Lisboa enquanto se encerram linhas ferroviárias, escolas e serviços de saúde no resto do país.

E não é uma municipalização que resolve o assunto. Os municípios são demasiado pequenos, quase toda a gente se conhece na sua grande maioria, e é fácil a atribuição de "tachos" e a governação em função dos favores pessoais e não dos concelhos e das suas populações; porém Portugal, apesar de não ser um país grande, é-o em demasia para ser governado de uma forma tão centralista como é; e é demasiado heterogéneo e contrastante entre as suas regiões para ser centralizado, o que leva a que grande parte do país e dos portugueses seja prejudicado, esperando e desesperando por decisões fundamentais, enquanto para uma pequena parte é tudo fácil, rápido, cómodo e barato. As regiões têm o tamanho ideal: são suficiente pequenas para se criar uma política de proximidade, e suficientemente grandes e populosas para se evitar a formação de clientelismos; e se optarmos pelas 7 regiões, ainda melhor, porque se evita a formação de novos centralismos, e, com regiões homogéneas, responde-se efectivamente às necessidades das populações, das empresas, da região e do país.

Com os melhores cumprimentos,
Afonso Miguel