Pilhagem à Beira Interior- Parte I

BEIRA INTERIOR - "Lagares de azeite em risco de transformação em museus" - dirigente associativo PDF Imprimir e-mail

O presidente da Associação de Produtores de Azeite da Beira Interior (APABI), João Pereira, manifestou-se hoje preocupado com o futuro dos lagares da região, considerando que se corre o risco de ver "muitos transformados em Museus".


No rescaldo do Festival do Azeite, realizado no fim-de-semana em Proença-a-Velha, João Pereira disse à Agência Lusa que a região abrangida pela Associação - distritos de Castelo Branco e Guarda e concelho de Mação (no distrito de Santarém) - foi a que menos olival plantou nos últimos 20 anos.


"Se nada for feito para contrariar esta tendência, não teremos matéria-prima e os mais de 120 lagares existentes na região acabarão transformados em museus", alertou.
A Associação de Produtores de Azeite da Beira Interior existe desde 2001 e tem 56 Lagares associados, que representam cerca de metade do azeite produzido na região, que ostenta a denominação de origem protegida "Azeite da Beira Baixa".


Para João Pereira, iniciativas como o Festival do Azeite realizado no fim-de-semana são importantes para lançar o apelo aos agentes envolvidos nesta fileira.
Para este responsável, o concelho de Idanha-a-Nova tem condições para a plantação de Olival, pois "é uma região com 6.000 hectares de regadio público e tem o clima e o solo indicados para a plantação de oliveira".


Porém, João Pereira lembra que o investimento nesta cultura é um investimento a médio prazo, uma vez que "quem plantar, tem que saber que só dentro de cinco ou seis anos estará a caminhar para a plena produção".


A celeridade na atribuição de apoios à produção e o estabelecimento de um contrato-programa por parte do Ministério da Agricultura com uma entidade gestora "que pudesse dinamizar a plantação de olival", são duas medidas defendidas pelo presidente da APABI para salvaguardar o futuro do sector na região.


Entretanto, em preparação está já a Feira Nacional do Azeite, a realizar entre 29 e 31 de Maio, em Castelo Branco, com o objectivo de, além de promover o azeite da região, incentivar à aposta no sector.

Rádio Condestável (Cernache do Bonjardim- Sertã- Beira Interior), com Lusa

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Por outro lado, se a pilhagem for auxiliada pela passividade das regiões através da falta de organização empresarial ou cooperativa, da ausência de investimento, da falta de qualidade dos produtos e por outros factores que dificultam a produção própria de cada região, então estamos todos conversados quanto à viabilidade da regionalização.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)