Que Regionalização? (3)

Terminei a crónica anterior afirmando que tudo se devia fazer para aprofundar a ligação às estratégias de desenvolvimento da Guarda, da cooperação transfronteiriça e do eixo urbano Guarda-Belmonte-Covilhã-Fundão-Castelo Branco.

Para isso, venho defendendo um modelo para a envolvente próxima onde o concelho pode e deve desempenhar um novo e mais importante papel, a dois níveis:
  • 1.º nível – No âmbito dos distritos da Guarda e de Castelo Branco e na sua relação com os concelhos vizinhos e, essencialmente com os núcleos urbanos principais, perspectivando a participação numa área diversificada de valências sócio-económicas, e numa óptica de aproximação ao núcleo principal, constituído pelas cidades da Guarda, Covilhã, Fundão e Castelo Branco, mas igualmente aos concelho vizinhos de Belmonte e de Penamacor, integrando deste modo o núcleo líder do desenvolvimento da Beira Interior;
  • 2.º nível – Na relação com Espanha, integrando um novo conceito de centralidade entre o litoral português e as regiões centrais de Espanha, na consideração de que o Eixo urbano Guarda-Castelo Branco e o Eixo Urbano da Raia Central Espanhola Salamanca-Plasência-Cáceres, constituem o «sistema nervoso» raiano e as espinhas dorsais de estratégias de desenvolvimento de todo de todo este território.
Percebe-se deste modo que um modelo de regionalização a que sirva os interesses do Concelho do Sabugal, não pode deixar de comportar os seguintes aspectos essenciais:
  1. Integração nas estratégias de desenvolvimento do Eixo Urbano Guarda-Castelo Branco;
  2. Aprofundamento das relações com os Concelhos de Belmonte e de Penamacor;
  3. Aprofundamento da relação com os Municípios da raia espanhola;
  4. Aposta decisiva na construção de um modelo de desenvolvimento regional que englobe os eixos urbanos Guarda-Castelo Branco e Salamanca-Plasência-Cáceres.
Fica deste modo claro qual o modelo de regionalização que considero melhor para o Concelho do Sabugal e que, naturalmente envolveria os Municípios que hoje integram os Distritos da Guarda e de Castelo Branco, chamando-se Beira Interior ou tendo outro qualquer nome.

Tal significa que a inserção numa Região territorialmente mais alargada não seria boa para o Concelho?

Como o afirmei na primeira crónica, sim e não, como tentarei demonstrar na próxima semana…

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«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
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