O Próximo Grande Terremoto
Portugal sofre de macrocefalia demográfica, económica e política: tudo se concentra na área metropolitana de Lisboa.
Além de ser ineficiente e irracional organizar desta forma a orgânica do País, é também extremamente perigoso e imprudente, já que os recentes acontecimentos em Itália nos recordam de que a nossa Capital está sujeita a desastres sísmicos.
Desastres como os de 1755 repetir-se-hão no futuro. Esta afirmação é apoiada pela evidência estatística: se o acontecimento é possível ainda que remotamente, ele tem 100% de probabilidade de ocorrer num horizonte temporal tendencialmente infinito.
Ou seja o Terramoto acontecerá, mais cedo ou mais tarde.
Recentemente o PCP propôs a criação de um plano nacional de redução da vulnerabilidade sísmica, que incluiria um diagnóstico do estado dos edifícios públicos, o reforço da fiscalização da construção dos prédios novos e campanhas de prevenção junto da população.
É sem dúvida algo que deveria ser seriamente ponderado sem partidarismos - aproveitando o facto de nos encontrarmos em fase de investimento público anti-cíclico.
Não menos importante seria a a regionalização do País. Da mesma forma que as plantas combatem as agressões externas isolando e compartimentando o agente nefasto, também um Portugal regionalizado poderia sobreviver à decapitação Lisboa.
O que aconteceria se de repente todos os serviços do Estado central deixassem de funcionar amanhã? Teriam as regiões meios, autonomia ou quadros para garantir o funcionamento das áreas não afectadas?
por, Egitaniense
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