O Centralismo Partidário

Distrito Bragança

Silvano indignado com imposição de cabeça de lista no PSD


A imposição de José Ferreira Gomes para cabeça de lista do PSD por Bragança às eleições legislativas está a gerar algum mal-estar no seio da estrutura distrital do partido, já que não são conhecidas ligações do cabeça de lista ao distrito de Bragança.

Além disso, a distrital tinha enviado uma moção à direcção nacional do PSD rejeitando a imposição de um cabeça de lista que não fosse da região e não tivesse provas dadas na luta pelos interesses do distrito.

Uma das vozes de protesto vem do presidente da Assembleia distrital do partido, José Silvano.

Custa-me a aceitar um cabeça de lista venha para o distrito ao arrepio da decisão do partido no distrito, nomeadamente a assembleia distrital onde fizemos aprovar uma moção a dizer que os candidatos tinham de ter uma ligação ao distrito” afirma. “Pelos vistos, a decisão da comissão politica nacional é contrária a essa moção e como presidente da assembleia distrital não posso aceitar isso porque aprovei exactamente o contrário” acrescenta.

Também na qualidade de presidente da concelhia de Mirandela, José Silvano, diz já ter sugerido a António Branco, nome indicado pela concelhia para integrar a lista, que abdique do lugar.

Entendo que o candidato escolhido pela concelhia de Mirandela a esta lista de deputados, que era o engenheiro António Branco, não deve pertencer” refere. “Eu recomendei-lhe isso e ele aceitou porque isso era contrariar os princípios, já que há pessoas no distrito capazes de serem membros da lista de deputados do PSD” afirma, salientando que “para sermos coerentes, não podemos aceitar ir nessa lista quando há um membro imposto pela comissão nacional e não estamos de acordo”.

|Brigantia|

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Este exemplo de candidatos a lugar de deputado por um distrito ou círculo eleitoral de que não é natural, faz-nos entrar nas mais puras entranhas do "ABRANHISMO" que, como sabem, colocou então no Ministério da Marinha que nem sequer sabia localizar no "mapa mundi" o lugar geográfico de Moçambique.
Decisões desta natureza são anti-naturais do ponto de vista político e anti-tudo relativamente ao resto que é o desenvolvimento, a cultura, as tradições, a ecologia, a história, as artes, etc., etc.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Paulo Rocha disse…
Este é a nossa democracia representativa ou a falta dela.

Estes senhores oriundos de outras paragens(paraquedistas)dificilmente podem representar as populações em nome das quais vão ser eleitos.